Anderson Torres diz à PF que quer depor na 2ª, após acesso a investigações

Anderson Torres

Torres preferiu permanecer em silêncio e não responder aos questionamentos que lhe foram feitos na manhã de quarta-feira, (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ex-ministro da 💥️Justiça do governo 💥️Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, 💥️Anderson Torres, disse à 💥️Polícia Federal que está disposto a responder “todas as perguntas” e que quer depor na próxima segunda-feira caso seus advogados consigam acesso aos autos de três inquéritos que o envolveriam.

Torres preferiu permanecer em silêncio e não responder aos questionamentos que lhe foram feitos na manhã de quarta-feira, mas deu sinais de que pretende colaborar.

“O declarante se mostrou disposto em responder as todas as perguntas que forem formuladas pela Autoridade Policial o mais rápido possível”, segundo o termo de declarações feito pela PF e encaminhado ao 💥️Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante o depoimento, a defesa de Torres pediu a palavra e sugeriu a remarcação das declarações do seu cliente para segunda-feira, acrescentando que o próprio gabinete de Alexandre de Moraes informou que o acesso aos autos iria ocorrer até a sexta.

O ex-ministro foi preso no sábado por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes após ter tido uma atuação considerada leniente para impedir a invasão e destruição das sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.

Torres, então secretário de Segurança Pública do DF, estava nos Estados Unidos quando ocorreram os atos de vandalismo. Ele, o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, e Bolsonaro são investigados pelo Supremo por envolvimento direto ou indireto no episódio.

Em uma busca e apreensão feita na casa de Torres, a Polícia Federal encontrou uma minuta de um decreto que procurava estabelecer as condições para a reversão da vitória eleitoral do agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva por meio de um estado de defesa do 💥️Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em um indicativo de que poderia haver um golpe de Estado em curso por extremistas.

Férias

Outro depoimento tomado foi o do ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do DF Fernando de Sousa Oliveira, também preso por ordem do STF.

O chamado número 2 de Torres, que depôs na quarta, disse que o secretário era o titular da pasta no dia 8 e que ele só sairia de férias na segunda-feira.

Oliveira afirmou ainda que Torres não deixou nenhuma diretriz específica a ele, tendo ficado combinado que iria acioná-lo em caso de necessidade.

Ele informou no depoimento que, pelas informações iniciais de inteligência, o ambiente estava controlado e tranquilo. Destacou que até as 13h do domingo não havia nenhum movimento atípico.

O número 2 disse que, diante da ausência do secretário, a partir da violência em Brasília acionou o gabinete de crise convocando os comandantes para agir e prender invasores dos prédios públicos.

Afirmou ainda que se colocou à disposição do interventor federal, Ricardo Capelli, após a decretação do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

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