Lula volta a criticar Selic a 13,75% e ainda alfinetou a Fiesp

Lula

Lula já criticou mais de uma vez postura restritiva do Banco central em relação à Selic. (Imagem: Flickr/ Lula Oficial/ Ricardo Stuckert/PR)

O presidente 💥️Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a política monetária adotada pelo 💥️Banco Central.

Durante a posse de 💥️Aloizio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (💥️BNDES), Lula disse que a decisão do Copom é uma “vergonha” e que não há motivos para a taxa 💥️Selic estar tão alta.

“Não existe justificativa nenhuma para que a taxa de juros esteja em 13,5% ✅[ao ano]. É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juro”, disse o presidente.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária optou pela manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano. Trata-se do maior patamar da Selic desde janeiro de 2017, onde está estacionada desde agosto.

Em seu comunicado, o Copom justifica que as incertas no âmbito fiscal e piora das expectativas de inflação demandam uma taxa mais restritiva por mais tempo. A postura do Banco Central vem sendo vista por Lula como uma traição do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Lula também afirmou que a classe empresarial precisa começar a pedir por juros menores.

“Quando o Banco Central era dependente de mim, todo mundo reclamava. A Fiesp ✅[Federação das Indústrias do Estado de São Paulo] só se pronunciava no dia em que o Banco Central aumentava os juros. Agora não falam mais”, criticou. “No meu tempo, 10% era muito, hoje 13% é pouco. Se a classe empresarial não se manifestar, vão achar que estão felizes.”

Lula vs Banco Central

Em relação à autonomia do Banco Central, Lula disse que o problema é que o Brasil está acostumado com uma cultura de juros altos.

“O problema não é de banco independente, não é de banco ligado ao governo. Problema é que esse país tem uma cultura de viver com os juros altos”, afirmou.

Vale lembrar que, na semana passada, Lula voltou a criticar a autonomia do 💥️Banco Central e sinalizou que pode reverter a independência da autoridade monetárias com o fim do mandato de 💥️Campos Neto em dezembro de 2024.

“Quero saber do que serviu a independência. Eu vou esperar esse cidadão ✅[Campos Neto] terminar o mandato dele para a gente fazer uma avaliação do que significou o 💥️Banco Central independente”, disse 💥️Lula em entrevista à ✅RedeTV!, na noite de quinta-feira (2).

Ao ser questionado diretamente sobre o fim da autonomia, 💥️Lula disse que pode acontecer, mas que isso é irrelevante para ele. “Isso não está na minha pauta. O que está na pauta é a questão da taxa de juros.”

O presidente afirmou que não existe razão para taxa de juro estar em 13,75% e que começará a cobrar o 💥️Banco Central.

“O presidente do 💥️Banco Central tem que explicar por que aumenta juro se não tem inflação de demanda”, afirmou 💥️Lula, que alega que inflação de 4,5% ou 4,0% no Brasil “é de bom tamanho”.

No começo do ano, em entrevista à ✅GloboNews, 💥️Lula afirmou que “a inflação está do jeito que está e o juro está do jeito que está” mesmo com a autonomia da autoridade monetária.

Na ocasião, ele também questionou a meta de inflação. “Você estabeleceu uma meta de inflação de 3,7% ✅[a meta estipulada para 2023 é de 3,25%] e quando faz isso é obrigado a arrochar mais a economia para poder atingir a meta. Por que não 4,5%, como nós fizemos?”

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