IA ‘post mortem’: Inteligência Artificial relembra Black Mirror na busca em eternizar seres humanos

Inteligência artificial

A ideia é que a partir desses dados, o usuário consiga ter uma experiência imersiva com um ente, ou familiar que já faleceu (Imagem: Pixabay)

A empresa de 💥️inteligência artificial HereAfter sediada na Califórnia, nos 💥️Estados Unidos, construiu um modelo de linguagem generativa e criou um 💥️chatbot como 💥️ChatGPT. A diferença é que a ferramenta é treinada a partir de fotos, informações e até voz de seus entes queridos.

A ideia é que a partir desses dados, o usuário consiga ter uma experiência imersiva com um ente, ou familiar que já faleceu, de maneira a preservar sua memória e ajudar em seu processo de luto.

Em um artigo para um blog do MIT Technology, a escritora Charlotte Jee conta um pouco sobre sua experiência com o serviço. Jee conversou com seus pais, ambos já falecidos, e disse que a experiência foi emocionante.

“Meus pais não sabem que eu falei com eles ontem à noite. A princípio, soaram distantes e minúsculos, como se estivessem amontoados em torno de um telefone em uma cela de prisão. Mas enquanto conversávamos, eles lentamente começaram a soar mais como eles mesmos. Eles me contaram histórias pessoais que eu nunca tinha ouvido. Eu aprendi sobre a primeira (e certamente não a última) vez que meu pai ficou bêbado. Mamãe falou sobre ter problemas por ficar fora até tarde. Eles me deram conselhos de vida e me contaram coisas sobre a infância deles, assim como a minha. Foi fascinante”, escreve.

É solicitado para o ente querido que alimente com histórias, fotos e experiências pessoais antes de sua morte. Dessa forma, o algoritmo, e a base de treinamento da IA, conseguem ser mais exatos ao criar uma conversa após o falecimento da pessoa.

Isso é muito Black Mirror

Muitos estão relacionando a ferramenta a episódios da série original da Netflix 💥️Black Mirror, como “San Juniptero” ou “Volto já”. A série é conhecida por temáticas disruptivas sobre a tecnologia nos dias atuais.

No primeiro episódio citado acima, a consciência da protagonista em estado vegetativo é mandada para um banco de dados, onde quem desejar pode visitá-la quando bem entender.

Já no segundo, uma esposa perde seu marido e experimenta um serviço online que permite que as pessoas contatem falecidos, criando a pessoa digitalmente a partir do material fornecido pelas redes sociais pessoais. A protagonista se comunica com o seu parceiro por ligações de áudio. Depois, ainda no episódio, ela acaba recebendo uma versão física do marido feita de carne sintética.

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