12 vezes sem juros: Credit Suisse vai parcelar bônus em meio à crise

Credit Suisse

O banco considerou cortar o pacote de bônus referente a 2022 pela metade, disseram fontes (Imagem: REUTERS/Arnd Wiegmann/File Photo)

Alguns funcionários de nível médio e júnior do 💥️Credit Suisse vão receber bônus em parcelas, em mais uma medida turbulenta na gestão da remuneração de trabalhadores do banco suíço, que busca reorganizar as operações após uma série de escândalos e fortes perdas.

Alguns profissionais e vice-presidentes do banco com sede em Zurique foram informados na terça-feira que os tão esperados bônus serão pagos pouco a pouco, de acordo com pessoas a par do assunto. Cada uma das três parcelas será depositada cerca de 40 dias após 1º de abril, 1º de julho e 1º de outubro, disseram as pessoas, que pediram anonimato.

Nesta semana, a instituição financeira também adiou o tão esperado “dia da remuneração” para alguns funcionários no nível de diretor-gerente ou diretor, estremecendo sua relação com a equipe à medida que reestrutura suas operações em 💥️Wall Street.

O 💥️Credit Suisse tenta segurar talentos em meio à reorganização depois que uma série de escândalos e perdas de bilhões de dólares provocaram uma onda de pedidos de demissão.

Um representante do Credit Suisse não quis comentar.

O banco considerou cortar o pacote de bônus referente a 2022 pela metade, disseram fontes anteriormente. A redução de custos parece ser mais profunda do que em rivais de Wall Street, incluindo💥️ JPMorgan Chase e 💥️Citigroup, que reduzem os bônus após a queda em acordos de fusão e aquisição e vendas de novos valores mobiliários.

O Credit Suisse também tem pagado bônus em dinheiro adiantado para segurar os melhores profissionais, com a ressalva de que permaneçam por três anos ou devolvam parte da remuneração. Esse programa agora enfrenta dificuldades, já que alguns ex-funcionários na Europa e na Ásia avaliam abrir processos sobre essas devoluções, segundo apurado pela Bloomberg.

O Credit Suisse planeja unir o braço do banco de investimento com a boutique de consultoria de Michael Klein. A combinação deve formar uma unidade do First Boston que será desmembrada futuramente. A Apollo Global Management, o ex-CEO do Barclays, Bob Diamond, agora na Atlas Merchant Capital, e o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, estão entre os investidores que avaliam investir, informou a Bloomberg.

A equipe da unidade do banco de investimento do Credit Suisse enfrenta incertezas em meio aos planos do banco de unir as operações com a consultoria de Klein.

O banco suíço disse em outubro que recebeu um compromisso de investimento de US$ 500 milhões no negócio, mas ainda não identificou o investidor. A empresa informou que pretende trazer outros investidores para o Credit Suisse First Boston e reduzir sua participação ao longo do tempo.

O Credit Suisse, que tenta deixar para trás anos de perdas e escândalos, quer encaixar sua unidade de acordos sob a conhecida marca First Boston e contratou Klein para tentar retornar à antiga glória. O Credit Suisse First Boston deve funcionar como uma parceria, dando a funcionários com cargos sênior participações na empresa.

O balanço trimestral do banco está programado para esta quinta-feira.

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