Se milagre falhar contra a gripe aviária, água é a principal blindagem das granjas do Sul
Aves brasileiras de granjas comerciais estão blindadas de água de superfície (Imagem: Arquivo/Agência Brasil)
A gripe aviária não chegou no Brasil, mas vai chegar. Só por algum milagre não acontecerá.
As aves silvestres brasileiras muito improvavelmente não escaparão do vírus trazidos pelas aves migratórias, como ocorreu já em oito países da América do Sul e, há dois dias, detectada no Uruguai e, pouco antes, na Argentina.
Até pelo tamanho do país, não há como controlar.
Mas, entre algumas possibilidades de contenção da doença nas granjas comerciais, o Brasil leva até vantagem sobre outras regiões produtoras de países mais desenvolvidos. Sobre os Estados Unidos, por exemplo.
A água é considerada o principal vetor de transmissão e, nas granjas do Sul, pelo menos, as aves não consomem água de superfície, isto é, levadas de lagos, açudes e demais locais onde a fonte está exposta aos animais silvestres.
Os demais protocolos de biossegurança já são bastante presentes no maior mercado exportador de carne de frango do mundo, dono de aproximadamente 35% do consumo mundial, saídos de uma produção estimada em torno 14 milhões de toneladas.
Várias fontes do setor, mesmo temerosos, lembram dessa característica importante no cuidado com a água, enquanto os demais pontos de controle são mantidos em clima de guerra.
Agora, redobradamente.
Desinfecção dos veículos que circulam nos locais de produção, proibição da presença de estranhos, banhos constantes nos funcionários e equipamentos de segurança, telas – quando não nas unidades mais modernas nem janelas possuem.
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