Ministro nega fecho e fala de reorganização de urgências em Loures e Barreiro Montijo
“Sempre que as coisas não estão a funcionar como devem, eu fico preocupado com esse facto. Devo dizer que, no caso concreto da região de Lisboa, isso tem de ser tratado no contexto da organização das urgências metropolitanas, porque foi isso que nós fizemos noutras regiões do país”, afirmou o ministro Manuel Pizarro.
Em Alcácer do Sal (Setúbal), no arranque da iniciativa Saúde Aberta pelos concelhos do litoral alentejano, promovida pelo Ministério da Saúde, o governante reagia a uma notícia avançada hoje pela RTP, sobre a urgência pediátrica do Hospital de Loures.
Segundo esta notícia, baseada numa denúncia do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), “a urgência de pediatria do Hospital de Loures passa a encerrar já em março durante a noite e aos fins de semana devido à falta de pediatras”.
O SIM considerou o assunto “grave” e recordou “que esta é a segunda maior urgência da área metropolitana de Lisboa.
Aludindo ao trabalho em curso pela direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para a implementação de um novo modelo para as urgências, o ministro da Saúde lembrou que esta reorganização já está no terreno na área metropolitana do Porto, “há muitos anos” e “com sucesso”.
A mesma passa por “garantir um modelo de organização que, simultaneamente, seja acessível aos utentes, que saibam exatamente onde procurar cuidados, e que permita uma organização dos profissionais disponíveis que também não os leve à exaustão profissional”, disse.
“Eu estou a acompanhar essa situação, mas a direção executiva está a trabalhar no modelo das urgências metropolitanas para a região de Lisboa e vai ser nesse contexto que isso [Loures] vai ser resolvido”, afiançou.
Questionado sobre como poderá funcionar esse modelo, Manuel Pizarro frisou não ter ainda “a resposta para essa pergunta”.
“Na cidade do Porto, a urgência metropolitana de pediatria está em funcionamento há quase 20 anos. Durante o dia ela funciona nos dois hospitais, no Hospital de Santo António, no centro maternoinfantil, e no Hospital de são João, e depois durante a noite a urgência pediátrica é concentrada no Hospital de São João”, explicou.
Esta organização “responde à procura que existe das pessoas” e não cria “dificuldades”, acrescentou.
Quanto à região de Lisboa, indicou, “é um tema que está em trabalho, porque isso tem que ser dialogado também com os autarcas, os profissionais, as direções dos hospitais”, ou seja, “tem de se ouvir as pessoas todas para se proporem medidas que sejam adequadas e seguras”.
Questionado pela agência Lusa sobre qual a situação da urgência pediátrica noturna do Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM), que o SIM disse ter conhecimento de que vai encerrar a partir desta quarta-feira, o ministro afiançou que “não vai fechar, pelo menos não se pode dizer assim”.
“A resposta é a mesma em relação ao tema da margem norte do Tejo. Está a ser feito um trabalho pela direção executiva, em diálogo com os diferentes hospitais, Garcia de Orta, Setúbal, Barreiro, com os profissionais, com os autarcas, para encontrar um modelo de funcionamento que dê qualidade e segurança. Isso é o que é mais relevante”, argumentou.
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