Mariana Mortágua sobre ter uma irmã gémea. "Corta-nos um bocadinho a individualidade&a
Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) e candidata a primeira-ministra de Portugal, esteve esta quarta-feira, 28 de fevereiro, no “Dois às 10”, à conversa com Cristina Ferreira e Cláudio Ramos. A política de 37 anos, que nasceu em Alvito, no Alentejo, contou quais são as partes boas e más de ter uma irmã gémea.
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Ver artigoMariana Mortágua é mais velha do que Joana Mortágua por apenas dois minutos. Joana filiou-se no BE, que assinala esta quarta-feira 25 anos, em 2004, e Mariana em 2009. 💥️As irmãs gémeas, com apenas 6 anos de idade, pediram ao então presidente da Câmara uma passadeira junto à escola que frequentavam e conseguiram.
“Não havia uma passadeira e havia uma escola e havia uma estrada. Não é que Alvito seja uma terra muito grande, mas temos avenidas. (...) Nós sentimos que havia ali um... é chato, porque uma pessoa quer passar a rua e não consegue. E os meus pais tinham uma coisa que era: ‘tens um problema, filha? Arranja-te’”, contou, acrescentando que percebeu que quando se tem “um problema”, deve-se “tentar tratá-lo”.
💥️“Os problemas que temos nem sempre são problemas só da nossa vida, às vezes são problemas coletivos. E esse sentimento e o sentido de coletivo, de fazer uma coisa por toda a gente e em conjunto com outras pessoas, isso também ficou em mim”, afirmou.
Mariana Mortágua contou como era ter uma pessoa “igual” a si. “Para mim, ela nunca foi igual. Para mim, é uma pessoa diferente, mas para as pessoas... Houve fases. 💥️Houve fases em que as pessoas mais próximas diziam que nos distinguiam porque uma tinha um arranhão na cara. Depois fomos crescendo, isso tornou-se muito mais óbvio, hoje é muito mais fácil distinguir-nos”, disse.
As irmãs gémeas Joana e Mariana Mortágua. créditos: @anamendes.jpgPara a política, ter uma irmã gémea tem “coisas boas e coisas más”.💥️ “Coisas boas: ninguém, a não ser que tenha uma irmã gémea ou um irmão, sabe o que é que é ter uma relação tão próxima com alguém. Crescer ao lado de alguém, passar pelas mesmas experiências, estar dentro da mesma barriga, isso é um elo muito, muito forte, e muito especial”, explicou.
Por outro lado, também tem “os seus problemas”. 💥️“Corta-nos um bocadinho a individualidade, no sentido em que ‘elas fizeram, elas aconteceram’. Qual elas? Fui eu, fui eu, bem ou mal fui eu que fiz. As gémeas são uma entidade”, confessou.
Tal como Luís Montenegro e Paulo Raimundo, que estiveram anteriormente no programa, Mariana Mortágua também partilha o gosto pela cozinha e há uma sobremesa que parece conquistar todos os que a provam: pavlova. Apesar da política ser mais de doces, preparou uma “açorda de alho”, um prato típico alentejano, em direto no “Dois às 10”.
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