Ferrari muda sina dos últimos anos e aparece como elemento surpresa na F1

Charles Leclerc, da Ferrari, durante o GP dos EUA de F1

Charles Leclerc, da Ferrari, durante o GP dos EUA de F1 Imagem: ANGELA WEISS / AFP

A dobradinha do GP dos Estados Unidos colocou a Ferrari como o fator surpresa desta reta final de campeonato da Fórmula 1. E isso é algo que a Scuderia não vive há muito tempo. Mesmo em anos em que começou rivalizando, seja com a Mercedes em 2023, seja com a Red Bull em 2022, eles vinham tendo dificuldade de manter o ritmo de desenvolvimento do carro até o final. Agora, a história é bem diferente.

Da Hungria, quando começou a segunda metade do campeonato, para cá, a Ferrari é a segunda equipe que mais pontuou, atrás apenas da McLaren. O time laranja fez 249 pontos, contra 194 da Ferrari, 131 da Red Bull e 123 da Mercedes.

E isso inclui três corridas em que eles ainda estavam correndo com uma configuração antiga do carro, depois de uma atualização, que estreou no GP da Espanha, prejudicar principalmente o rendimento em curvas de alta velocidade e ser deixada de lado. Um novo assoalho, peça fundamental para a performance na F1, só passou a ser usado em Monza, mas só no último final de semana, em Austin, ficou comprovado que os problemas ficaram para trás.

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Isso porque a pista norte-americana tem uma sequência de curvas de alta velocidade que testaria justamente o ponto fraco da Ferrari até aqui. E, embora eles ainda fiquem devendo para Red Bull e McLaren nos trechos mais velozes, a diferença agora é bem menor. E, em Austin, foi compensada pela ótima performance no setor de baixa velocidade, no qual a Ferrari tem o melhor carro do grid.

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Junte-se a isso uma boa economia de pneus e está explicada a dobradinha de Leclerc e Sainz no GP dos Estados Unidos.

Neste fim de semana, no GP da Cidade do México, a Ferrari tem tudo para voltar a estar entre os protagonistas. Por conta da altitude e da menor resistência ao ar, usa-se uma configuração aerodinâmica semelhante à de Mônaco no carro, mesmo com o circuito sendo recheado de retas. E quem venceu Mônaco? Leclerc.

"Se eu tivesse que apostar, diria que México e Las Vegas são boas pistas com base no ano passado", disse Carlos Sainz. "Estou me baseando um pouco no ano passado. Este ano tudo parece um pouco diferente. Mas sim, e então acho que o Catar será um pouco nossa pista mais difícil e depois em Abu Dhabi, não tenho certeza. Não tenho certeza do que podemos conseguir em Abu Dhabi, mas vamos ver. Só espero que este ritmo apareça novamente antes do final da temporada e me dê outra chance de continuar."

A Ferrari também tem Leclerc firme na disputa pelo vice-campeonato e teoricamente vivo na luta pelo título. Ele tem 79 pontos a menos que Max Verstappen, com 146 ainda em jogo. Mas o mais realista é que ele ameace Lando Norris, que tem 22 pontos de vantagem para o monegasco.

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É claro que a McLaren vem demonstrando ser o carro com a janela de funcionamento mais ampla, ou seja, aquele que funciona bem no maior número de condições ( e aí entram condições climáticas e características de pista), e a Red Bull levou para Austin atualizações que pareceram ter ‘acalmado’ o carro, embora as saídas de frente tenham reaparecido durante o GP dos Estados Unidos no domingo. Mas isso não é anormal quando se faz alterações no carro e agora depende mais da compreensão que a equipe tem do carro que tem em mãos.

A concorrência é forte, mas o que é encorajador para a Ferrari é a mudança de uma tendência que vem de muito tempo para cá.

A queda de desempenho na segunda metade do campeonato vinha sendo uma constante desde os tempos de Fernando Alonso na Scuderia no início da década de 2010. Anos depois, quando a Ferrari passou a lutar mais frequentemente pela vitória com Vettel em 2017, 2018 e 2023, a queda ao longo do ano foi bastante clara. E voltou a ocorrer em 2022, quando foi a Ferrari quem despontou bem no início do novo regulamento, mas logo foi superada pela Red Bull e não conseguiu reagir.

Ano passado o time já havia esboçado uma temporada diferente, melhorando nas últimas provas, e começaram bem 2024 também, mas o assoalho que estreou na Espanha atrapalhou bastante os resultados no meio da temporada.

Mas o chefe da equipe, Fred Vasseur, não quer pensar em lutar pelo título, pelo menos no momento. "Não estamos pensando no campeonato e quero manter a equipe nesse clima porque acho importante estar focado no desempenho puro, sessão após sessão, e não ter o campeonato na cabeça", explicou.

"Uma ou duas semanas atrás, todo mundo falava da McLaren, antes disso era a Mercedes e antes disso era a Red Bull. Temos que encarar isso com um pouco de distanciamento, nunca falamos de algo assim porque sabemos que ainda é um longo caminho", disse ele ao podcast oficial da F1.

Reportagem

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