AtletismoEuropeus: Portugal com 38 medalhas em 13 edições, num total de 24 presenças - Atletism
Portugal arrebatou 38 medalhas nas 13 mais recentes edições de Campeonatos da Europa de atletismo, nas quais só por duas vezes ‘falhou’ o mais alto lugar do pódio, num total de 24 presenças.
É com essa responsabilidade, e de títulos europeus nos três últimos Campeonatos - um, por Pedro Pichardo, em Munique2022, e dois, por Nelson Évora e Inês Henriques, em Berlim2018, e por Patrícia Mamona e Sara Moreira, em Amesterdão2016 -, que a seleção apresenta a maior delegação de sempre, em Roma2024.
São 50 os convocados para a competição que vai ser disputada entre sexta-feira e 12 de junho no Estádio Olímpico da capital italiana, mais seis do que os apresentados em Munique2022, o anterior máximo, com 24 homens e 26 mulheres, e mais oito do que os selecionados para Barcelona2010.
Além de Pichardo, campeão olímpico no triplo salto, Portugal apresenta-se no triplo salto de Roma2024 com Tiago Luís Pereira, medalha de prata nos Mundiais ‘indoor’ Glasgow2024.
As esperanças de resultados de pódio são ainda ‘alimentadas’ por Isaac Nader, quarto nos 1.500 metros nos Mundiais ‘indoor’ escoceses, mas também pela estreia absoluta da são-tomense Agate Sousa com as cores lusas, detentora do quinto melhor salto em comprimento do ano.
Portugal apenas faltou em 1946, no pós II Guerra Mundial, aos Europeus, cuja primeira edição foi disputada em 1934, em Turim.
Esta vai ser a terceira vez da competição em Itália, depois da estreia e dos Europeus de 1974, no mesmo palco que acolheu os Jogos Olímpicos em 1960 e os Mundiais de atletismo em 1987, antes da renovação para o Campeonato do Mundo de futebol em 1990.
Roma, e o seu estádio com capacidade para 70.000 espetadores, foi escolhida em 10 de novembro de 2023, em detrimento da cidade polaca de Katowice, após duas edições disputadas em solo alemão, face ao cancelamento da competição prevista para Paris em 2023, devido à pandemia de covid-19.
Organizados de dois em dois anos desde 2010, os Europeus de atletismo autonomizam-se em anos olímpicos e agregam-se nas competições multimodalidades nos outros, como foi em Berlim e Munique, em 2018 e 2022, respetivamente.
Em Munique, além da medalha de ouro de Pichardo, Portugal arrecadou ainda uma prata, por Auriol Dongmo, uma das grandes ausentes de Roma2024, enquanto recupera de uma fratura numa perna sofrida no final do ano passado.
Na edição anterior foi Nelson Évora, também no triplo, e Inês Henriques, na estreia e entretanto extinta distância de 50 quilómetros marcha, a subirem ao mais alto lugar do pódio, em Berlim, tal como tinha feito outra das grandes ausentes na capital italiana em 2016.
Patrícia Mamona, atual vice-campeã olímpica, conquistou o ouro no triplo em Amesterdão, numa das melhores presenças lusas em Europeus, com o título de Sara Moreira na meia maratona, a prata de Dulce Félix nos 10.000 metros e os bronzes de Tsanko Arnaudov e Jessica Augusto, no peso e na meia maratona, respetivamente.
Este desempenho seguiu-se ao mais modesto desde que Portugal se estreou no medalheiro, com a solitária medalha de bronze de Jessica Augusto na maratona de Zurique2014.
Rosa Mota foi a protagonista da primeira medalha de ouro em Europeus, ao vencer a maratona em Atenas1982, mas também da segunda e da terceira, com as conquistas em Estugarda1986 e Split1990, onde já teve a ‘companhia’ de Mário Silva, com o bronze nos 1.500 metros.
Antes destes triunfos, ao longo das 12 primeiras edições (até 1978), o melhor que Portugal conseguiu foi um quarto lugar, por Álvaro Dias, no salto em comprimento, em 1950, e um oitavo lugar, por José Araújo, na maratona, em 1954.
Em Budapeste1998, Portugal conseguiu o seu recorde de medalhas, seis (duas de ouro, três de prata e uma de bronze), sem superar a pontuação que alcançou em Barcelona2010 – 57 contra 48 -, apesar de na cidade espanhola não ter conquistado qualquer título (quatro pratas e um bronze), então a primeira vez no pós-Atenas1982, a que se juntaria Zurique2014.
A maratona, que entretanto deixou de ser disputada nos Europeus em ano olímpico, continua a destacar-se na contabilidade dos 'ouros' portugueses, com o 'tri' de Rosa Mota e o 'bis' de Manuela Machado, apesar do maior número de 'metais' nos 10.000 metros, graças a Fernanda Ribeiro, António Pinto, Dulce Félix e Jessica Augusto, que divide o estatuto de luso mais medalhado com Francis Obikwelu, ambos com quatro.
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