Duas guerras, duas medidas: Macron explica participação de israelitas e exclusão de russos dos
O presidente francês, Emmanuel Macron, justificou esta segunda-feira (15) o tratamento diferenciado aplicado á Rússia, excluída dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 como nação por ter optado por "uma guerra agressiva" na Ucrânia, e de Israel, cuja bandeira estará presente por não ser o país agressor, durante os Jogos Olímpicos.
"Há uma situação muito diferente" entre Rússia e Israel, afirmou Macron, numa entrevista para o canal BFM TV e a rádio RMC.
Alguns deputados da oposição francesa de esquerda tinham pedido no final de fevereiro ao Comité Olímpico Internacional (COI) que nos próximos Jogos "aplique a Israel (...) as mesmas sanções que à Rússia e Bielorrússia", país aliado de Moscovo.
"Israel foi vítima de um ataque terrorista. Podemos discordar de Israel sobre a forma em que responde e se protege, mas não podemos dizer que Israel é um agressor. Há uma clara diferença", defende Macron.
"Por esse motivo, a bandeira israelita estará presente. Os seus atletas também vão estar presentes e espero que sejam vetores da paz, já que deverão competir com muitos participantes da região", acrescentou.
Devido à ofensiva russa na Ucrânia, o COI decidiu proibir a presença da Rússia nos Jogos de Paris-2024 e permitirá apenas que os atletas russos participem de provas individuais sob bandeira neutra.
Em contraste, este órgão olímpico, que reconhece o comité olímpico israelita e o palestino, mantém uma posição mais distante em relação ao conflito em Gaza.
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