Operação Pretoriano: Juiz pretende acelerar conclusão dos oito interrogatórios

Na quarta-feira, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira -, no âmbito da Operação Pretoriano. Operação Pretoriano: Juiz pretende acelerar conclusão dos oito interrogatórios Chegada ao Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de veículos celulares da Polícia com alguns de detidos da operação "Pretoriano", no Porto, 02 de fevereiro de 2024. FERNANDO VELUDO/LUSA

A advogada de José Pereira, um dos 12 detidos da Operação Pretoriano, disse hoje que o juiz de instrução criminal Pedro Miguel Vieira deseja acabar com urgência a realização dos oito interrogatórios, eventualmente já no fim de semana.

“O juiz tem manifestado muita preocupação sobre tentar fazer os interrogatórios todos o mais rapidamente possível. Ele está preocupado com o tempo em que as pessoas estão detidas e [quer] dar uma solução final no menor tempo possível”, apontou Adélia Moreira, em declarações aos jornalistas à saída do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.

A advogada falava no final do interrogatório de José Pereira, que demorou “cerca de uma hora” e incidiu em “factos relacionados” com uma Assembleia Geral extraordinária do FC Porto, frisando a “vontade” do seu cliente em “esclarecer tudo o que o tribunal pretendia”.

“O juiz tinha dito ontem [quinta-feira] que o timing dele [para a aplicação das medidas de coação] iria ser, no máximo, segunda-feira, mas não nos falou de domingo. Hoje já disse para estarmos alerta todo o fim de semana”, adiantou, convicta de que o andamento dos três interrogatórios agendados para sábado ajudarão a perceber qual a data da decisão.

José Pereira foi o terceiro arguido a ser ouvido no TIC, depois de António Moreira de Sá, que hoje completou o depoimento prestado na quinta-feira, e Tiago Aguiar, um dos dois funcionários do clube implicados, seguindo-se Vítor Aleixo antes da pausa para o jantar.

Os interrogatórios vão ser retomados às 21:30, com Fernando Saul, oficial de ligação aos adeptos do FC Porto, a prestar declarações, ao passo que as restantes três diligências, incluindo a de Fernando Madureira, líder da claque Super Dragões, ocorrem no sábado.

Sandra Madureira, mulher de Fernando Madureira e vice-presidente dos Super Dragões, permaneceu durante o dia esquadra da PSP de Santo Tirso, já que, tal como outros três arguidos, não quer prestar declarações no primeiro interrogatório judicial, que está a ser efetuado pelo juiz Pedro Miguel Vieira no TIC e visa a aplicação de medidas de coação.

Na quarta-feira, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira -, no âmbito da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes observados na última Assembleia Geral extraordinária do clube.

De acordo com documentos judiciais, aos quais a agência Lusa teve acesso, o Ministério Público sustenta que a claque Super Dragões pretendeu “criar um clima de intimidação e medo” na AG do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, “do interesse da atual direção” ‘azul e branca’.

A Procuradoria-Geral Distrital do Porto divulgou que estão em causa “crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação”.

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