Vuelta: Jumbo-Visma estampa autoridade e Sepp Kuss alicerça candidatura à geral - Ciclismo
A Jumbo-Visma demonstrou hoje uma superioridade tal na 13.ª etapa da Volta a Espanha, ocupando os três primeiros lugares, que a corrida pode estar já praticamente decidida, com o norte-americano Sepp Kuss a defender-se na camisola vermelha.
O dinamarquês Jonas Vingegaard, vencedor das últimas duas edições da Volta a França, liderou o ‘tri’ da Jumbo-Visma’, ao cumprir os 134,7 quilómetros entre o Formigal e o Tourmalet em 3:51.10 horas, batendo o norte-americano Sepp Kuss, segundo, por 30 segundos, com o esloveno Primoz Roglic, campeão do Giro, em terceiro a 33.
A nova geral mantém Kuss na frente, agora com 1.37 minutos de vantagem para Roglic, segundo, e 1.44 para Vingegaard. O espanhol Juan Ayuso (UAE Emirates) é quarto, a 2.37.
Antes do domínio da Jumbo-Visma em toda a linha, o dia começou cedo com um João Almeida (UAE Emirates) doente a ficar para trás, com sintomas de gripe a afetá-lo – a equipa seguiu, protegendo Ayuso e o também espanhol Marc Soler, então segundo à geral.
Se o português caiu para o 10.º posto da geral, já a mais de oito minutos, não foi por falta de tentativa e sofrimento, uma vez que passou grande parte da ‘etapa rainha’ desta Vuelta sozinho a tentar limitar perdas, chegando em 15.º.
Muito pior foi o ‘tombo’ do campeão de 2022, o belga Remco Evenepoel (Soudal-QuickStep), que acabou rodeado pela equipa, mas caiu para o 19.º lugar, a ‘intransponíveis’ 27.50 minutos da camisola vermelha.
Na frente, então, ‘só deu’ Jumbo-Visma, com um domínio total da formação neerlandesa que venceu a Volta a Itália, com Roglic, o Tour, com Vingegaard, e se prepara para ganhar a Vuelta, com um destes dois ou o ‘supergregário’ por detrás de ambos os triunfos, Sepp Kuss, que pode ser o primeiro norte-americano a ganhar uma grande Volta desde o ‘veterano’ Chris Horner, aqui em Espanha em 2013.
O dinamarquês mostrou por que é o bicampeão da Volta a França e, na subida até um dos seus picos mais míticos, ‘brilhou’ na Vuelta, em que se estreou a vencer com um ataque a 7,6 quilómetros da meta.
O grupo de elite que então se formava continha ainda os outros dois candidatos da equipa, que viram apenas Enric Mas (Movistar) tentar ameaçar, com Ayuso sem forças para atacar e os restantes contentes em ‘aguentar’ montanha acima.
Contas feitas, o dinamarquês ergueu os braços, mas Kuss cortou a meta a sorrir, por ter segurado a ‘roja’ mais um dia, e afastando quase todos os rivais de fora da equipa, e Roglic também não passou mal, com um terceiro lugar muito próximo do companheiro de equipa a deixá-lo ainda a ‘sonhar’ com um quarto triunfo na Vuelta.
Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty) segue em 45.º à geral, com Nelson Oliveira (Movistar) em 49.º, André Carvalho (Cofidis) em 143.º e Rui Oliveira (UAE Emirates) em 156.º.
No sábado, a toada de alta montanha continua na 14.ª etapa, que liga Sauveterre-de-Béar a Larra em 156,2 quilómetros.
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