Diário da Missão Portuguesa nos FISU World University Games: Um dia que nem fotografias ou v&
Dia 1 - 28/07/23
💥️Pedro Cary, Chefe da missão portuguesa descreve a sensação de entrar com a comitiva na cerimónia de abertura do Jogos Mundiais Universitários:
“É um evento que vai para sempre ficar marcado nas nossas memórias, não há fotografia nem vídeo que consiga explicar o sentimento de ter feito parte deste evento extraordinário e de dimensão mundial.
Espero que todos tenhamos a noção do quão privilegiados somos por termos a oportunidade de elevar a bandeira portuguesa ao mais alto patamar do desporto universitário. Se por um lado somos privilegiados, por outro, considero que fizemos de tudo, e que somos merecedores de aqui estar. Somos merecedores, pelo trabalho árduo, paixão e dedicação que colocamos em cada dia das nossas vidas para estarmos presentes em eventos desta dimensão.
Que tenhamos a noção de que foi um espetáculo único. Pessoalmente, é o maior espetáculo no qual já estive presente, e não vai ser fácil bater o sentimento de entrar com a comitiva portuguesa no estádio. Entrar ao lado da Susana, a nossa porta-estandarte, a elevar a nossa bandeira.
Por tudo isto, temos um sentimento de orgulho e de missão por tudo aquilo que fizemos ontem ao transportar os valores do desporto universitário português, que muito se identifica com os valores do desporto olímpico. A minha mensagem para toda a delegação é que é um orgulho estar presente, mas essencialmente é um orgulho podermos desfrutar deste momento todos juntos.”
💥️Susana Carvalheiro, atleta da seleção nacional universitária de Basquetebol Feminino, conta a sua experiência no primeiro dia do evento:
“O dia começou muito cedo. Acordámos às 6:30, tomámos o pequeno almoço e fomos para o pavilhão. Quando lá chegámos, foi tudo um pouco surreal, eu nunca tinha visto nada assim. Os voluntários eram muito simpáticos, sempre prontos a ajudar e nunca nos deixavam sozinhos. O pavilhão e os balneários são enormes, e basicamente tudo o que vemos à nossa volta tem o dobro do tamanho de qualquer coisa a que estejamos habituados. As condições são incríveis, o público é espetacular, e termos jogado contra a China ajudou a que as bancadas estivessem cheias, sempre a vibrar com cada cesto.
O jogo foi difícil, sabíamos que ia ser assim desde o início. Claro que queríamos ter ganho, mas não foi possível. Fizemos uma primeira parte muito boa, mas depois do intervalo andámos sempre a correr atrás do prejuízo e não conseguimos responder à defesa delas. No fim tivemos uma conversa entre todas e partilhamos o pensamento de que estamos cá para dar o nosso melhor e ganhar as restantes partidas.
Depois do jogo voltámos à base e almoçámos. A comida aqui é um pouco adaptada ao que é a nossa cultura, não há muitas opções mas é boa o suficiente. Antes da cerimónia estávamos todos dentro de um pavilhão à espera que chamassem o nosso país para ao pé da nossa bandeira. Fomos dos últimos. Quando começámos a desfilar senti-me um pouco nervosa por estar segurar a nossa bandeira num momento tão importante, mas lá consegui que desse tudo certo e de facto foi uma sensação inexplicável. Havia muita gente ao nosso lado a apoiar, e a vibrar por Portugal, inclusive muitas pessoas a gritar o “SIM” do Cristiano Ronaldo.
Fiquei pessoalmente deliciada com tudo o que se passou durante e depois da cerimónia e foi um orgulho poder levar a bandeira Portuguesa durante um momento que certamente não vou esquecer. Houve muitas danças, performances, muita gente a atuar, e correu tudo muito bem, com uma organização excepcional por parte dos anfitriões.”
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