Seleção feminina de andebol sub-19 regressa com sentimento de “dever cumprido” - Andeb

A seleção nacional feminina sub-19 de andebol regressou hoje a Portugal com sentimento de “dever cumprido”, depois do histórico quarto lugar no campeonato da Europa da categoria. Seleção feminina de andebol sub-19 regressa com sentimento de “dever cumprido” Andebol geral © 2017 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

A seleção nacional feminina sub-19 de andebol regressou hoje a Portugal com sentimento de “dever cumprido”, depois do histórico quarto lugar no campeonato da Europa da categoria, disputado na Roménia.

Apesar de ter falhado a passagem à final da competição, após perder com a Dinamarca, no prolongamento, e da derrota, perante a Roménia, no jogo de atribuição do terceiro lugar, o selecionador nacional mostrou-se “orgulhoso” com a prestação das atletas.

“É um sentimento de dever cumprido, mas, nestes momentos, é preciso ter noção da realidade, e dizer que conseguimos uma prestação de muito bom nível. Superámos as expectativas, mesmo ficando a sensação de que podíamos ter ido mais além”, disse à agência Lusa José António Silva, na chegada da equipa ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto

O técnico, e coordenador, confessou que o grande lamento foi a derrota com as dinamarquesas, na meia-final, por 38-35, já no tempo extra, num jogo em que as lusas se transcenderam perante um adversário melhor cotado.

“Estivemos a 20 segundos da final, e senti que levamos a equipa a até ao limite. Depois, frente a Roménia, não conseguimos dar a resposta que tínhamos vindo a dar, sobretudo do ponto de vista físico, mas o que importa é ver a visão global, com resultados muito bons, que nos devem motivar a continuar a evoluir”, partilhou o selecionador nacional.

José António Silva considerou que este Europeu provou que Portugal tem matéria-prima para trilhar uma afirmação num elevado patamar da modalidade, mas reconheceu que é preciso haver um trabalho de conjunto para elevar, ainda mais, a fasquia nas condições de trabalho das atletas.

“Temos quatro ou cinco jogadores com características diferenciadas do que é habitual no nosso país, outras com muito talento. Está na hora dos clubes, federação, treinadores e dirigentes serem chamados à responsabilidade e proporcionar condições para que elas continuem a evoluir. Temos de refletir sobre a forma de extrair todo o potencial destas atletas”, disse o técnico.

Luciana Rebelo, lateral de 17 anos que foi considerada uma das melhores jogadoras deste campeonato da Europa, considerou que o quarto lugar atingido, que vale o apuramento para o Mundial de 2024, “foi uma marca incrível”.

“Fizemos tudo o que estava a nosso alcance, apesar do último jogo [frente a Roménia] não ter sido reflexo do que somos capazes. Tivemos uma excelente prestação e mostramos um grupo muito unido”, disse a jogadora.

Luciana Rebelo acredita que esta prestação pode inspirar novas gerações de andebolistas a trilhar um percurso de sucesso, e aponta a mais sucessos para esta equipa.

“Penso que podemos inspirar as gerações mais novas com estes bons resultados. É um orgulho para nós. Agora temos de continuar a trabalhar fortalecer o grupo e dar o máximo para continuar as boas prestações”, concluiu.

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