João Almeida: "Roglic e Remco são os favoritos, mas a corrida é longa e tudo pode acon
O português João Almeida (UAE Emirates) disse hoje confiar que a sua regularidade e experiência prevaleça sobre os favoritos Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) e Primoz Roglic (Jumbo-Visma), na edição de 2023 da Volta a Itália em bicicleta.
“Eu acho que o Roglic e o Remco são os favoritos, mostraram que são os mais fortes, mas a corrida é longa e tudo pode acontecer. Eu vou para o pódio, mas vamos manter a postura e ver como as coisas correm, que é o mais importante. Eu não espero mais nada além da sorte”, afirmou o corredor português, em conferência de imprensa.
Aos 24 anos, João Almeida vai alinhar, a partir de sábado, pela quarta vez no Giro, depois do quarto lugar na estreia em 2023, quando conseguiu a melhor classificação lusa na corrida, do sexto em 2023 e da desistência no ano passado, após um diagnóstico de covid-19, quando seguia no quarto posto.
“Só poderemos ver [se os consigo bater] durante a corrida. Vou tentar estar no meu melhor. Eles parecem mais fortes, mas numa terceira semana de uma grande volta tudo pode acontecer. Eu tenho uma grande equipa ao meu lado, por isso, temos de ser pacientes e dar tudo, só aí saberemos se é para vencer ou não”, explicou.
O português natural de A-dos-Francos, no concelho de Caldas da Rainha, vai enfrentar o antigo companheiro de equipa Remco Evenepoel, vencedor da Vuelta em 2022, reconhecendo que esta é uma rivalidade diferente.
“Nós fomos colegas de equipa, claro que é diferente, porque conhecemo-nos melhor do que os outros oponentes, mas posso dizer que é agradável. É um bom adversário, é superforte, e faz o desafio ainda maior”, reconheceu.
E, assumindo a ambição, sem se apresentar como favorito, até pela oposição de Roglic, três vezes vencedor da Vuelta e ‘vice’ do Tour em 2023, João Almeida apresentou as suas possibilidades.
“Eu penso que, na terceira semana, posso ainda ter pernas e sentir-me bem, pode ser essa a minha vantagem. Sou bastante consistente, talvez não seja melhor no contrarrelógio do que o Remco ou o Roglic, mas acho que vou estar na luta pela classificação geral. Acho que é altura de começar a correr e procurar as respostas a estas perguntas”, referiu.
Na conferência de imprensa da UAE Emirates, na qual participou Almeida, o australiano Jay Vine e o italiano Diego Ulissi, os dois primeiros consideraram “uma boa vantagem” a equipa apresentá-los como “plano A e plano B” para a 106.ª edição do Giro, enquanto o transalpino assegurou total apoio ao português.
Almeida, quinto na Vuelta em 2022, chega à ‘corsa rosa’ depois de ter sido segundo no Tirreno-Adriático e terceiro na Volta à Catalunha, numa época que avalia positivamente.
“As corridas recentes correram muito bem, estive sempre com os melhores e isso foi o mais importante. Acho que fizemos um bom estágio e estamos preparados para um bom Giro, pelo que só falta começar a correr”, rematou.
A 106.ª edição do Giro arranca no sábado com um contrarrelógio de 19,6 quilómetros, entre Fossacesia e Ortona, na região de Abruzzo, e termina em 28 de maio, em Roma, após 21 etapas.
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