Paris2024: Judo permite regresso de russos e bielorrussos - Jogos Olímpicos

A decisão garante "participação justa" e "oportunidades por igual" sem discriminar "quem persegue o sonho olímpico", assentando a decisão nas bases dadas pelo Comité Olímpico Internacional (COI) e na noção das Nações Unidas, que "apoia a ideia de que todos devem poder participar no desporto". Paris2024: Judo permite regresso de russos e bielorrussos YASUYOSHI CHIBA

A Federação Internacional de Judo (IJF, na sigla inglesa) disse hoje que vai permitir o regresso de atletas russos e bielorrussos já em maio, podendo participar nos Mundiais decisivos para a qualificação olímpica para Paris2024.

A IJF divulgou hoje uma resolução que permite que atletas russos e bielorrussos possam regressar, como neutros, a tempo dos próximos campeonatos do Mundo em Doha, de 07 a 14 de maio, que destacam como atribuindo “pontos significativos na qualificação”, que arrancou já em junho de 2022.

A decisão garante “participação justa” e “oportunidades por igual” sem discriminar “quem persegue o sonho olímpico”, assentando a decisão nas bases dadas pelo Comité Olímpico Internacional (COI) e na noção das Nações Unidas, que “apoia a ideia de que todos devem poder participar no desporto”, citando uma resolução de 2023 deste organismo mundial.

O COI permitiu, em março, que atletas russos e bielorrussos voltassem à prática competitiva internacional, sob condições apertadas de neutralidade, sem terem apoiado a guerra ou estarem inscritos nas forças militares, deixando aberto a cada federação internacional a decisão sobre de que forma se processaria esse regresso.

No caso da IJF, foram feitas “verificações por uma empresa independente” quanto ao passado de todos os atletas que se propõem a participar nos Mundiais, incluindo publicações nas redes sociais, e só aqueles que passarem essa confirmação poderão participar em eventos mundiais.

“A IJF é uma organização inclusiva e fundada em valores, dedicada a promover e proteger o judo enquanto forma pacífica de respeitar os direitos humanos e promover a unidade internacional, a amizade e a paz”, pode ler-se na resolução.

Até aqui, o judo tinha sido das poucas modalidades olímpicas a não seguir imediatamente as recomendações do COI de 2022, quanto à invasão da Ucrânia pela Rússia, permitindo-lhes competir sob bandeira neutra.

A Ucrânia boicotou vários eventos e tinha ameaçado fazer o mesmo nos Mundiais desse ano, o que levou a IJF a recuar, banindo judocas daqueles países até janeiro deste ano.

Agora, essa questão é levantada, o que já aconteceu também no tiro com arco, esgrima, pentatlo moderno, skate, ténis de mesa, taekwondo, triatlo e luta livre, ao contrário do atletismo, badminton, basquetebol, equestre, escalada e surf, que mantiveram a suspensão.

A ofensiva militar russa lançada em 24 de fevereiro de 2022 na Ucrânia foi justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 430.º dia, 8.574 civis mortos e 14.441 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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