Cuca promete Corinthians melhor em até 15 dias, mas cobra "atitude diferente" na Copa do Brasil

Com um semblante abatido, o técnico Cuca concedeu sua primeira entrevista coletiva depois de um jogo como treinador do Corinthians.

Derrotado pelo Goiás pelo placar de 3 a 1, de virada, neste domingo, Cuca explicou suas opções na estreia e prometeu uma equipe melhor em cerca de 10 a 15 dias.

– O que eu tiver que falar com jogador, vou falar dentro do vestiário. Não saio nada satisfeito. Não é esse o nosso jogo, não é o jogo que quero e nem o que quero ter. Agora, com jogo quarta e domingo, ter meu trabalho. Te garanto que em dez, 15 dias vai ter um time com minha cara. A equipe está espaçada, sem saída de bola. Uma série de coisas que precisa melhorar.

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1 de 1 Cuca em Goiás x Corinthians — Foto: Isabela Azine/AGIF

Cuca em Goiás x Corinthians — Foto: Isabela Azine/AGIF

– A responsabilidade é minha e vou assumir. O Goiás chegou quase meia-noite na sexta e correu mais que a gente. Não pode. Tem que ser diferente se quiser ganhar, tem que começar por mim. Vou cobrar, assim como serei cobrado. Hoje está todo mundo triste e sabedor que pode e tem que melhorar muito.

O treinador foi perguntado sobre o jogo de quarta-feira, diante do Remo, pela Copa do Brasil, em partida em que o Timão precisa reverter uma derrota por 2 a 0 no jogo de ida, em Belém. Na visão de Cuca, o Timão terá de mudar completamente a sua postura.

– Acho que a preparação nem é técnica, é mais emocional. Temos que encontrar o remédio para colocar a alma o espírito. É o conceito básico do futebol, falei com eles no vestiário. A parte principal é comportamental, e eles sabem disso.

– Vamos ter que ser totalmente diferentes. Se jogar como hoje, não vamos nem ganhar o jogo, imagina então fazer os três gols. Não vou falar meia dúzia de coisas bonitas. A responsabilidade é toda nossa. É minha também. A atitude quarta tem que ser totalmente diferente.

– Acho que foi justa a derrota, em poucos momentos do jogo fomos bem, bem pouco. Começamos muito aquém. Fizemos o gol, melhoramos, pensamos que íamos tomar conta do jogo, mas tivemos muitos problemas, principalmente no lado direito. A gente tinha feito a marcação com o Barletta e Fábio. Fizeram cruzamento e empataram.

– No segundo tempo, eles foram melhores. Senti que não estava tendo velocidade nas pontas. Abri o Róger e coloquei o Pedro na outra. O meio foi bem marcado. O Roni no Bruno (Méndez) deu mais consistência no meio. Pensamos em ter profundidade maior. Pensamos no Paulinho chegando na frente com o Maycon, mas não surtiu efeito. Coloquei o Junior Moraes no Balbuena. Não me arrependo, tento colocar os jogadores. Tomamos o gol.

– Não sei, não foi feita avaliação, nem tem como te precisar isso. Às vezes é o jogador que não está conseguindo colocar para fora. O preparador é ótimo, a equipe técnica é ótima, às vezes tem que achar o que o jogador pode desempenhar. Esse é o meu trabalho.

– Eu, sinceramente, não vi o torcedor pedindo para eu sair. Apoiou o jogo todo. Faixa? Eu não vi. Uma faixa não é a torcida. É um torcedor. Eu trabalho em um clube democrático, o mais democrático do país. Todas as manifestações que ocorrerem tem que saber lidar com isso. Eu sou Corinthians e estou aqui para trabalhar. Já trabalhei em 500 times e em todos eles tive começos bons, ruins, médios e vinguei. E, aqui no Corinthians, espero vingar e ganhar títulos.

– Para isso que vim aqui. Se as coisas estivessem organizadas e certas eu não teria sido contratado. Hoje eu senti o que é o Corinthians, o que estou passando. Mas vai mudar. Pode cobrar que vai mudar.

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