Retrospectiva 2022: Volta Redonda leva tombo, adia sonhos, mas termina temporada com dignidade

Volta Redonda é campeão do Carioca Série A2 — Foto: Daniel Silva/Daniel Silva Fotografia 1 de 4 Volta Redonda é campeão do Carioca Série A2 — Foto: Daniel Silva/Daniel Silva Fotografia

Volta Redonda é campeão do Carioca Série A2 — Foto: Daniel Silva/Daniel Silva Fotografia

A vida do torcedor do Volta Redonda em 2022 foi repleta de altos e baixos. Durante a temporada, o clube passeou pelos dois extremos do futebol: desde o desespero e tristeza de um rebaixamento até a euforia de erguer uma taça. Uma não, duas!

As conquistas não foram as mais sonhadas, é verdade. Mas a sensação que ficou é de que o clube, pelo menos, conseguiu encerrar o ano no exato ponto onde começou: na elite carioca e com calendário cheio para a temporada seguinte.

💥️Relembre a temporada em três momentos que contam a história do Volta Redonda em 2022.

Volta Redonda é eliminado da Copa do Brasil pelo estreante Tuntum — Foto: @wrproducoes14 2 de 4 Volta Redonda é eliminado da Copa do Brasil pelo estreante Tuntum — Foto: @wrproducoes14

Volta Redonda é eliminado da Copa do Brasil pelo estreante Tuntum — Foto: @wrproducoes14

O primeiro baque aconteceu bem cedo, na Copa do Brasil. O Voltaço visitou o estreante e jovem Tuntum, do Maranhão, e foi goleado por 4 a 2 — resultado com impacto direto, inclusive, no orçamento do clube, já que a premiação por passar da primeira fase não caiu na conta.

No Campeonato Carioca, uma campanha muito ruim culminou na lanterna, com apenas 6 pontos conquistados em 11 jogos. Em campo, o time parecia agonizar, sem dar vestígios de uma reação. Fora dele, a trajetória ainda ganhou episódios nos tribunais, já que o Boavista chegou a perder pontos na Justiça, que equilibrariam a briga contra o rebaixamento. Os pontos, no entanto, foram recuperados.

O clima era de terra arrasada. A maioria das contratações não correspondeu e não justificou uma permanência para a sequência da temporada. O treinador Neto Colucci foi demitido antes do final da competição e o clube seguiu com o interino Wilson Leite no cargo. Nada mudou. Em março, o Volta Redonda caiu para Segundona depois de 18 anos na primeira divisão.

Ao lado do presidente Flávio Horta, Rogério Corrêa é apresentado como novo treinador do Voltaço — Foto: André Moreira/Volta Redonda F.C. 3 de 4 Ao lado do presidente Flávio Horta, Rogério Corrêa é apresentado como novo treinador do Voltaço — Foto: André Moreira/Volta Redonda F.C.

Ao lado do presidente Flávio Horta, Rogério Corrêa é apresentado como novo treinador do Voltaço — Foto: André Moreira/Volta Redonda F.C.

Depois de resultados ruins no primeiro semestre, não parecia haver outro caminho se não a reformulação. Poucos dias depois da queda, o clube dispensou oito jogadores de uma só vez, incluindo atletas que atuaram como titulares no Estadual e na Copa do Brasil.

O regulamento da Série A2 do Carioca trouxe um fio de esperança, com a oportunidade de conquistar o acesso à elite do Rio no mesmo ano. O Voltaço sabia que voltar para a primeira divisão estadual o quanto antes era trivial para um futuro melhor.

O clube, então, se jogou novamente no mercado, com o objetivo de reforçar o elenco e prepará-lo para disputar até três competições paralelas: Série C do Brasileirão, Segundona do Carioca e Copa Rio.

Outro ponto chave foi a definição do treinador. Rogério Corrêa foi o escolhido para reerguer uma terra arrasada e lidar com a desconfiança do torcedor. Com ele, algumas peças reforçaram o time, com direito até a jogador exclusivo para os torneios estaduais, como foi o caso do centroavante Bruno Santos, que não podia disputar a Série C do Brasileirão por já ter jogado competições nacionais por dois times diferentes em 2022.

Volta Redonda vence a Portuguesa e é pentacampeão da Copa Rio — Foto: André Moreira/VRFC 4 de 4 Volta Redonda vence a Portuguesa e é pentacampeão da Copa Rio — Foto: André Moreira/VRFC

Volta Redonda vence a Portuguesa e é pentacampeão da Copa Rio — Foto: André Moreira/VRFC

Na Série C do Brasileirão, a primeira preocupação do torcedor era não cair mais uma vez. Mas o clube começou bem e manteve um desempenho constante, flertando com o segundo objetivo na competição: avançar para a próxima fase, o quadrangular final.

Na Série B do Carioca, não tinha conversa. Era subir ou subir. E assim o clube seguiu implacável, com uma campanha superior aos adversários. O Voltaço era o favorito e foi encarado como a equipe a ser batida. Bruno Santos desandou a marcar e assumiu a responsabilidade de fazer os gols, enquanto o time ganhava forma, consistência e confiança sob o comando de Rogério Corrêa.

E na Copa Rio, que estava longe de ser uma prioridade, o time foi passando de fase e comendo pelas beiradas. Times mistos e reservas entraram em campo e fizeram o "arroz com feijão" para o Voltaço avançar. Não havia expectativa ou nenhum peso sobre a competição — e talvez por isso o clube subiu degraus discretamente.

Por fim, no Brasileirão pesaram os projetos mais qualificados e em melhor momento. O Voltaço até lutou até a última rodada no quadrangular final, com chances matemáticas de subir à Série B, mas o acesso não veio e o sonho foi adiado. O time terminou a competição frustrado sem a vaga, mas com a cabeça erguida.

Na Segundona, dever de casa feito. O Volta Redonda superou o Olaria na final e ficou com a vaga na primeira divisão e com o título da Série A2 do Campeonato Carioca.

E por falar em troféu, ainda teve a grata surpresa da Copa Rio. O Voltaço venceu a Portuguesa na decisão pelo placar agregado de 4 a 2 e ficou com mais um título, além da vaga na Copa do Brasil de 2023. O clube se tornou pentacampeão da competição.

Pedrinho - 17 golsLelê - 16 golsBruno Santos - 15 gols

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