Moradores da Rua Pelé lamentam que Rei não tenha conhecido a via no interior de SP: “Pararia a cidade”
Os 350 quilômetros de distância entre Salto e Três Corações, cidade natal de Pelé, se tornaram interligados em 1970, dias após o tri da Copa, quando foi criada a rua que imortaliza o Rei do Futebol, no interior de São Paulo.
Há 17 anos, João Rodrigues é um dos centenas de moradores da Rua Pelé que, até 28 de dezembro de 2022, era a única que homenageava uma pessoa viva. O saltense lamentou a morte do rei, que não teve a oportunidade de conhecer a rua de paralelepípedos.
– Há muitos anos, teve um papo de que ele viria conhecer. Para a gente aqui seria muito maravilhoso, mas, infelizmente, não rolou. Seria uma coisa muito importante e gratificante, poder dar um abraço no Pelé, ver o Pelé, acho que pararia a cidade – conta o morador.
1 de 2 João Rodrigues e seu neto, moradores da Rua Pelé — Foto: João Rodrigues/Arquivo pessoalJoão Rodrigues e seu neto, moradores da Rua Pelé — Foto: João Rodrigues/Arquivo pessoal
Após a eufórica conquista do tri, 22 jogadores que foram disputar a Copa, além do técnico Zagallo e do massagista Mário Américo, foram homenageados. Porém, os moradores não concordaram com o prefeito da época, e o pressionaram, até ele voltar atrás na decisão, deixando apenas a Rua Edson Arantes do Nascimento para lembrar a conquista.
O morador Valter de Oliveira contou ao 💥️ge que a via é uma rua tranquila para morar.
– Me sinto bem, é uma rua tranquila de morar, fácil de achar, me sinto muito feliz por ela receber o nome do imortal Edson Arantes do Nascimento.
Em 1985, a Prefeitura de Salto fez uma pequena mudança no nome da rua, que deixou de ser Edson Arantes do Nascimento passando a ser somente Pelé. Isso aconteceu porque, segundo os moradores, o nome inteiro do ídolo não era tão conhecido como o apelido.
2 de 2 Rua de Salto homenageia Rei do Futebol — Foto: Valdir Líbero/DivulgaçãoRua de Salto homenageia Rei do Futebol — Foto: Valdir Líbero/Divulgação
Além da Rua Pelé, também há vias com o nome México, da taça Jules de Rimet e da cidade onde o Brasil ficou hospedado.
O secretário de esportes de Salto, Valdir Líbero, ressalta que Pelé foi eternizado.
– Pelé era o único ser humano vivo que tinha nome de rua aqui na Estância Turística de Salto. Hoje a morte o eterniza, literalmente. Infelizmente, não deu tempo da visita dele à famosa rua, mas ficam o respeito e o reconhecimento por tudo o que ele representou, não apenas pelo futebol brasileiro, mas pelo Brasil como nação, perante o mundo inteiro – disse Valdir.
Tristes pela morte do Rei, os moradores da rua reconhecem a importância de terem homenageado Pelé ainda em vida.
– Estou muito triste pela morte dele. Espero que Deus ilumine a família dele, que ele tenha um lugar para descansar, pois ele é merecedor de tudo isso – completa o morador João Rodrigues.
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