Athletico reforça crescimento e fecha 2022 com vice da Libertadores e despedida de Felipão

O Athletico fechou 2022 sem título, mas manteve o crescimento nos cenários nacional e sul-americano. O Furacão foi vice da Libertadores e conseguiu vaga direta na fase de grupos para 2023, além de ser o clube que marcou a despedida do técnico 💥️Luiz Felipe Scolari.

Diferente de 2023, quando conquistou o bi da Sul-Americana, o time rubro-negro passou em branco neste ano. Mesmo assim, o clube reforçou sua forte competitividade e esteve na briga por títulos, além de ter gastado R$ 83,6 milhões no mercado.

O Athletico começou mal o ano com o vice da Recopa Sul-Americana para o Palmeiras e a eliminação na semifinal do Campeonato Paranaense para o rival Coritiba. Depois, com as saídas de Alberto Valentim e Fábio Carille para a chegada de Felipão, o rumo foi consertado.

Embora tenha caído nas quartas de final da Copa do Brasil, o Furacão se recuperou na Libertadores e chegou até a final, perdida contra o Flamengo, em Guayaquil. Por fim, a equipe atleticana conseguiu terminar dentro do G-6 na Série A.

Com todo o desempenho, a premiação de 2022 foi recorde: R$ 118,75 milhões. 💥️Relembre abaixo a temporada do Athletico:

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Felipão recebe placa de homenagem do presidente do Athletico, Petraglia, pela aposentadoria — Foto: José Tramontin/Athletico 1 de 1 Felipão recebe placa de homenagem do presidente do Athletico, Petraglia, pela aposentadoria — Foto: José Tramontin/Athletico

Felipão recebe placa de homenagem do presidente do Athletico, Petraglia, pela aposentadoria — Foto: José Tramontin/Athletico

A diretoria atleticana optou por manter Alberto Valentim no comando e passou por turbulências dentro e fora de campo. Com a limitação de inscritos no estadual, o elenco ficou divido entre aspirantes e elenco principal.

Jaimes Freitas foi demitido com cinco jogos (uma vitória e quatro empates) para a vinda de Wesley Carvalho. Pouco depois, a cúpula optou por colocar o time titular no Paranaense. A medida fez com que houvessem trocas, com as saídas de Paulo Autuori e Ricardo Gomes.

Por outro lado, Alexandre Mattos tinha acabado de chegar. Ao todo, o departamento de futebol teve três reformulações entre janeiro e abril, com 13 saídas.

Dentro das quatro linhas, o Athletico terminou a primeira fase em terceiro e passou pelo Londrina nos pênaltis, nas quartas de final. O maior rival, Coritiba, entrou no caminho e o eliminou na semifinal com uma vitória (2 a 1, Arena da Baixada) e um empate (1 a 1, Couto Pereira) - esse último comandado por Lucho González.

Assim como em 2023, diante do River Plate, o Furacão não conseguiu o título inédito. Sob comando de Valentim, o time rubro-negro fez um bom jogo e empatou em 2 a 2, na Arena da Baixada.

A partida em Curitiba teve gol do meia Marlos, em sua estreia, e terminou com pênalti cometido pelo lateral-direito Marcinho no último lance. A jogada culminou em sua rescisão de contrato. Na volta, no Allianz Parque, a equipe atleticana teve um desempenho bem abaixo e perdeu por 2 a 0.

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Pressionado, Valentim estreou na Série A e foi goleado por 4 a 0 pelo São Paulo, no Morumbi, e caiu do cargo. O Athletico, então, contratou Fábio Carille para o cargo.

O período do novo treinador durou pouco: 21 dias, com sete jogos (três vitórias e quatro derrotas). Carille foi demitido após a goleada sofrida por 5 a 0 para o The Strongest, em Laz Paz, pela Libertadores.

Na época, o Furacão ocupava a 16ª colocação no Brasileirão e era o lanterna no grupo B da Libertadores. Para "corrigir o erro o mais rápido possível", como afirmou o presidente Mario Celso Petraglia, a solução foi o treinador Felipão, 73 anos, que também acumulou a função de diretor.

Com gestão de grupo e mudanças táticas, o experiente técnico corrigiu a rota. O time rubro-negro entrou no G-6 na 10ª rodada e não saiu mais até o fim da competição, ainda que tivesse flertado com a saída na reta final.

Na última rodada, o Athletico venceu o confronto direto diante do Botafogo em casa e terminou na sexta posição. A colocação o garantiu direto na fase de grupos da Libertadores, competição que participará pela quarta vez nos últimos cinco anos.

Após uma vitória, um empate e duas derrotas, Felipão pegou o time na lanterna do grupo B e precisava vencer os dois jogos seguintes para avançar, ambos em casa. Os triunfos contra o Libertad (2x0) e Caracas (5x1) o colocaram nas oitavas de final, como segundo colocado - a liderança não veio pelo saldo (2 a 1 para o time paraguaio).

A fase mata-mata passou a trazer emoção, com gols na reta final de jogadores vindos do banco e avanços na casa do adversário. O sorteio colocou o Libertad novamente à sua frente, com uma vitória (2 a 1, casa) e um empate (1 a 1, fora). O gol da classificação em Assunção foi nos acréscimos, com Rômulo.

💥Vale lembrar que Athletico não chegava nas quartas desde 2005. O adversário seguinte, contudo, foi o tetracampeão Estudiantes. O Furacão empatou sem gols na Baixada e buscou o gol salvador no fim, com Vitor Roque, em La Plata.

O maior desafio ficou com o atual bicampeão da Libertadores e tri no geral. O poderoso Palmeiras foi derrotado por 1 a 0 em Curitiba, com gol de Alex Santana. A volta teve o Verdão abrindo 2 a 0 e, com um a menos, levando a igualdade com Pablo e Terans.

A "glória eterna" novamente ficou no quase, como em 2005 no vice diante do São Paulo. O Athletico até encontrou a estratégia para assustar o Flamengo, mas a expulsão do zagueiro Pedro Henrique foi crucial para o vice, com Gabigol marcando o 1 a 0 logo em seguida.

O técnico Luiz Felipe Scolari anunciou, aos 74 anos, sua aposentadoria como treinador de futebol. A vitória por 3 a 0 do Athletico contra o Botafogo foi a última partida do comandante em um banco de reservas.

Multicampeão por clubes e seleções, Felipão encerrou a carreira e permanece no clube como diretor técnico do rubro-negro. Paulo Turra, braço direito do treinador, assume como técnico.

Bicampeão brasileiro e da Libertadores, tetracampeão da Copa do Brasil e campão mundial em 2002, Scolari acumulou 27 títulos na carreira como um dos principais treinadores da história do futebol brasileiro.

Foram mais de 40 anos na carreira como técnico, com passagens por 18 clubes e sete seleções, trabalhando em sete países. Ao todo, esteve em quase 1.700 jogos e conquistou mais de 800 vitórias.

A última grande conquista aconteceu em 2018. Pelo Palmeiras, Felipão conquistou o título de Campeão Brasileiro pela segunda vez.

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