Retrospectiva do Bahia em 10 atos: atentado, eliminações, acesso com emoção e nova era com Grupo City

O Bahia abre 2023 em um clima em que nada lembra o início de 2022. De volta à Série A e com o futebol comandado pelo Grupo City, o torcedor inicia o ano com o sorriso estampado no rosto e esperança de novos tempos. Mas basta um rápido exercício de memória para saber que a caminhada até esse ponto não foi nada simples.

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Diante de um ano tão agitado, o ge faz a retrospectiva do ano do Bahia com 10 acontecimentos marcantes ao longo da temporada 2022.

Retrospectiva do Bahia em 2022 — Foto: Arte / ge 1 de 9 Retrospectiva do Bahia em 2022 — Foto: Arte / ge

Retrospectiva do Bahia em 2022 — Foto: Arte / ge

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Ônibus do Bahia é atingido por artefato explosivo — Foto: Arquivo Pessoal 2 de 9 Ônibus do Bahia é atingido por artefato explosivo — Foto: Arquivo Pessoal

Ônibus do Bahia é atingido por artefato explosivo — Foto: Arquivo Pessoal

O Bahia e, sobretudo, a gestão Guilherme Bellintani iniciou a temporada sob pressão pelo rebaixamento para a Série B em 2023. E o começo de ano com mais baixos que altos dentro de campo não ajudou a melhorar o clima. O momento de maior tensão aconteceu em fevereiro, quando o ônibus do clube foi atacado a caminho de um jogo na Arena Fonte Nova.

Dois jogadores ficaram feridos, e Guilherme Bellintani concedeu uma entrevista tensa, com críticas duras à atitude criminosa contra o clube.

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Bahia venceu o Vitória da Conquista, mas não avançou ao mata-mata do Baiano — Foto: Celo Gil / FBF 3 de 9 Bahia venceu o Vitória da Conquista, mas não avançou ao mata-mata do Baiano — Foto: Celo Gil / FBF

Bahia venceu o Vitória da Conquista, mas não avançou ao mata-mata do Baiano — Foto: Celo Gil / FBF

Certo também é que os primeiros passos do Bahia em busca de uma temporada de maior calmaria em 2022 não funcionaram. Em um espaço de quatro dias, o time foi eliminado de forma precoce em duas competições: Campeonato Baiano e Copa do Nordeste.

No caso do Campeonato Baiano, o Tricolor caiu na primeira fase após 19 anos. Assim como no estadual, a eliminação na Copa do Nordeste aconteceu com o time vencendo o seu último jogo, mas ainda assim não avançando. Ao menos a equipe ficou três semanas sem jogos que serviram de preparação para a Série B.

Danilo Fernandes comemora vitória do Bahia — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação 4 de 9 Danilo Fernandes comemora vitória do Bahia — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação

Danilo Fernandes comemora vitória do Bahia — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação

E quem diria que um time nessa situação iria voar no início da Série B? O Bahia contrariou todos os prognósticos e foi arrasador em boa parte da Segundona. Nas primeiras rodadas, a equipe alcançou o melhor desempenho na competição em sua história.

A gordura construída com o grande início de Série B foi fundamental para o futuro do Bahia na competição. Na reta final, o Tricolor caiu de desempenho e, por pouco, não colocou tudo a perder. Mas esse é um assunto para daqui a pouco.

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Guto Ferreira foi demitido em junho — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação 5 de 9 Guto Ferreira foi demitido em junho — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação

Guto Ferreira foi demitido em junho — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação

Com rendimento questionável dentro de campo, o Bahia não demorou a oscilar na Série B. Por outro lado, o time sempre se manteve entre os primeiros colocados. E a demissão do técnico Guto Ferreira, em junho deste ano, não deixou de surpreender alguns torcedores, jornalistas e até jogadores, como apurou o ge.

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O substituto de Guto foi mais um velho conhecido da torcida tricolor, o tricampeão da Série B Enderson Moreira. E se a expectativa da diretoria era ter evolução de rendimento e resultado, o que se viu foi pouca mudança e mais uma troca surpreendente na reta final da Segundona.

Marcinho em treino do Bahia — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação 6 de 9 Marcinho em treino do Bahia — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação

Marcinho em treino do Bahia — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação

Nenhuma contratação do Bahia em 2022 deu mais o que falar que o lateral-direito Marcinho. Réu por ter atropelado e provocado a morte de dois professores no Rio de Janeiro, em 2023, o jogador chegou ao clube sob protestos de torcedores e bancado pelo diretor de futebol, Eduardo Freeland.

Dentro de campo, o lateral foi o titular dos treinadores que passaram pelo clube, mas emendou uma série de atuações discretas. Marcinho fez 14 partidas da Série B (11 como titular) e não marcou gols ou contribuiu com assistências.

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Embora no G-4 da Série B em toda competição, o Bahia poucas vezes conseguiu convencer dentro de campo. Assim como Guto Ferreira, Enderson Moreira não fez a equipe saltar de rendimento e, nas últimas partidas do time sob o seu comando, os resultados também não estavam mais acontecendo. O momento era tão delicado que o treinador chegou a bater boca com torcedor após uma das partidas.

Diante do risco de deixar escapar o acesso para a Série A, a diretoria do Bahia fez uma manobra arriscada e decidiu pela demissão de Enderson e contratação de Eduardo Barroca, a seis jogos para o fim da Segundona.

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Jogadores do Bahia comemoram acesso na chuva, em Maceió — Foto: Divulgação/Bahia 7 de 9 Jogadores do Bahia comemoram acesso na chuva, em Maceió — Foto: Divulgação/Bahia

Jogadores do Bahia comemoram acesso na chuva, em Maceió — Foto: Divulgação/Bahia

Após iniciar a carreira como treinador no Bahia, Eduardo Barroca retornou ao clube com um grande desafio em tiro curto: em seis jogos não deixar escapar um acesso que muitos vinham como certo diante da grande campanha do Tricolor em boa parte da Série B. Foi com emoção, mas funcionou.

O Bahia poderia ter conquistado o acesso diante do seu torcedor na Fonte Nova com duas rodadas de antecedência, mas decepcionou a torcida, que bateu recorde de público, e deixou tudo para o último jogo na Série B. Ainda assim, tudo deu certo diante do temporal na partida final contra o CRB.

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Ônibus do Bahia chega à Arena Fonte Nova cercado pela torcida — Foto: Divulgação/EC Bahia 8 de 9 Ônibus do Bahia chega à Arena Fonte Nova cercado pela torcida — Foto: Divulgação/EC Bahia

Ônibus do Bahia chega à Arena Fonte Nova cercado pela torcida — Foto: Divulgação/EC Bahia

Os jogadores do Bahia não podem reclamar da falta de apoio em 2022. Mesmo nos momentos de dificuldade e frustração com a equipe, o torcedor tricolor fez sua parte e lotou a Fonte Nova. Somente nesta Série B, os tricolores bateram o recorde de público no estádio em três oportunidades.

Contra Vasco, Vila Nova e Gurani, o Bahia teve média de público superior a 48 mil torcedores. O recorde foi no último jogo dentro de casa na Série B, contra o Bugre, quando levou 48.851 pessoas ao estádio, o maior registrado em uma partida entre clubes desde a inauguração da Arena, em 2013.

Atacante Biel é a contratação mais cara da história do Bahia — Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/E.C. Bahia 9 de 9 Atacante Biel é a contratação mais cara da história do Bahia — Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/E.C. Bahia

Atacante Biel é a contratação mais cara da história do Bahia — Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/E.C. Bahia

O acesso trouxe alívio, mas nada empolgou mais o torcedor tricolor que a venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) ao Grupo City. A promessa de investimento de R$ 1 bilhão ao longo de 15 anos coloca o clube em outro patamar e faz os tricolores terem esperança de novos tempos.

E, logo no início, a gestão do Grupo City já impacta. Com as compras do atacante Biel e do zagueiro Marcos Victor, o Bahia soma R$ 14,4 milhões em investimento para 2023. E tudo é apenas o começo.

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