Jogo entre AFE e Zumbi-AL, pela Copinha, simboliza luta antirracista

Lance da partida da Ferroviária pela Copa São Paulo de 2023 — Foto: Jonatan Dutra/Divulgação/Ferroviária S/A 1 de 3 Lance da partida da Ferroviária pela Copa São Paulo de 2023 — Foto: Jonatan Dutra/Divulgação/Ferroviária S/A

Lance da partida da Ferroviária pela Copa São Paulo de 2023 — Foto: Jonatan Dutra/Divulgação/Ferroviária S/A

A partida entre Ferroviária e Zumbi, nesta sexta-feira, na Fonte Luminosa, pode decidir o primeiro time a avançar à 2ª fase ou a primeira equipe a deixar a competição no Grupo 12. Contudo, além do esporte, o jogo simboliza a luta antirracista no futebol.

Em 2022, a Locomotiva criou uma Coordenação de Políticas Antirracistas com o objetivo de discutir, problematizar e conscientizar os funcionários do clube, e os torcedores afeanos. O departamento, liderado pela assistente social, Priscila Almeida, foi criado no mês de novembro, em parceria com o Centro de Referência Afro de Araraquara.

- O trabalho nesse âmbito é fundamental. Claro que não estamos falando só dos jogadores e jogadoras, mas sim de todos os funcionários da Ferroviária e da torcida. Precisamos ser mais que uma bandeira, é preciso criar ações propositvas, que mostrem nosso objetivo de chegar numa sociedade antirracista - disse a coordenadora no eveneto de lançamento do setor.

Priscila Almeida, assistente social e coordenadora de Políticas Antirracistas da Ferroviária — Foto: Jonatan Dutra/Divulgação/Ferroviária SAF 2 de 3 Priscila Almeida, assistente social e coordenadora de Políticas Antirracistas da Ferroviária — Foto: Jonatan Dutra/Divulgação/Ferroviária SAF

Priscila Almeida, assistente social e coordenadora de Políticas Antirracistas da Ferroviária — Foto: Jonatan Dutra/Divulgação/Ferroviária SAF

Uma pesquisa elaborada pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol indica que entre os anos de 2023 a 2023, mais de 200 casos de racismo, machismo, xenofobia ou LGBTfobia foram notificados envolvendo jogadores brasileiros.

Estreante na Copa São Paulo de Futebol Júnior, o Zumbi Esporte Clube carrega na instituição o nome do maior líder quilombola brasileiro, Zumbi dos Palmares. A sede do Pantera-Verde está localizada na União dos Palmares (78 quilômetros da capital Maceió), cidade onde foi criado o quilombo mais conhecido dos livros de histórias.

+ Veja a tabela da Copinha 2023

Zumbi durante disputa do Alagoano — Foto: Ascom/FAF 3 de 3 Zumbi durante disputa do Alagoano — Foto: Ascom/FAF

Zumbi durante disputa do Alagoano — Foto: Ascom/FAF

A comunidade surgiu no século 16 e abrigou 20 mil escravizados durante expedições portuguesas e holandesas. O local reunia negros que fugiram de engenhos na região de Pernambuco rumo à zona da Mata de Alagoas.

Em entrevista ao 💥️ge, o presidente do Zumbi, Djair Lucena de Araújo Neto, reforça o trabalho do clube no combate ao racismo, visto que há um compromisso com a origem e nome da instituição.

- Nosso time surgiu e foi moldado com base nele [no Zumbi]. Um guerreiro que deu o grito de liberade para a cidade que tem o maior quilombo, sede do maior refúgio de escravos e que teve os maiores líderes no combate à escravidão. Eles percorreram milhares de quilômetros para conseguirem escapar e claramente essa história inspirou o nome do nosso clube. Para nós, ele é o maior ídolo - disse o representante alagoano.

A partida entre Ferroviária e Zumbi acontece nesta sexta-feira, pela segunda rodada da Copinha, às 19h30, na Fonte Luminosa.

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