Edinho minimiza ausências no velório de Pelé e valoriza carinho dos torcedores: "Indescritível"

Filho de Pelé, Edinho falou em entrevista coletiva como técnico do Londrina, nesta sexta-feira, e aproveitou para agradecer por todo carinho recebido na despedida do Rei do Futebol, que foi sepultado na terça-feira.

Edinho também minimizou a polêmica por conta da ausência de jogadores da Seleção Brasileira durante o velório de Pelé. Somente dois atletas que disputaram Copas do Mundo pelo Brasil no século 21 compareceram ao funeral: Zé Roberto e Elano. Entre os campeões mundiais pela seleção, compareceram apenas dois ex-volantes: Clodoaldo (Copa de 1970) e Mauro Silva (Copa de 1994).

Por outro lado, Edinho fez questão de valorizar a presença dos torcedores que foram ao velório para deixar uma última homenagem ao Rei Pelé. Segundo estimativa do Santos, cerca de 230 mil pessoas foram à Vila Belmiro se despedir.

– Em relação aos comentários e algumas críticas eventuais de pessoas que não foram lá... eu prefiro valorizar muito as pessoas que foram lá, sim. E compreendo totalmente em relação às pessoas que não foram. É uma época complicada do ano para viajar, ninguém, claro, naturalmente se programou para isso. É compreensível. Eu tenho certeza de que, independentemente de ter ido lá ou não, havia muito carinho e muito amor, muito respeito – disse Edinho.

– É uma coisa que ganhou um corpo ali pela dinâmica de internet, de viralizar, mas eu e a família não focamos nisso, não absorvemos isso. Temos muita gratidão e carinho pelas pessoas que foram, principalmente pelo povo, foram 24 horas de uma fila interminável, não parou, uma coisa incrível. Me sinto privilegiado, honrado de estar lá representando ele, a família. Agora a gente segue em frente, busca dia após dia superar a dor. Realizar os meus objetivos pessoais dentro do futebol, tenho certeza de que isso vai trazer muita alegria para ele – completou.

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Pelé estava internado desde 29 de novembro no hospital Albert Einstein, em São Paulo. A internação ocorreu em virtude de uma infecção respiratória após ele contrair Covid-19 e para a reavaliação do tratamento de um câncer no cólon. Na tarde do dia 29 de dezembro, quinta-feira, o hospital anunciou a morte do Rei.

Por conta do final do ano, a família decidiu iniciar o velório no dia 2 de janeiro. No dia 3 de janeiro, o corpo de Pelé, o Rei do Futebol, foi sepultado no Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos, após um cortejo pelas ruas da cidade.

– Eu não vou mentir, foi um turbilhão. Desde os meses que antecederam a partida dele, foram muito difíceis, desgastantes e apreensivos. Claro, quando ele acabou nos deixado, e aquele hiato que a gente teve que aguardar o final do ano, um momento muito difícil e delicado para a família. Tudo o que a gente quer naquele momento é conseguir encerrar o cerimonial e conseguir recomeçar.

– Mas valeu a pena, foi um evento, uma ocasião mágica na Vila, uma coisa indescritível, difícil de buscar algum outro exemplo ou ocasião parecida. Uma pessoa de luz que trouxe tanta alegria para tanta gente. O calor que a gente recebeu do torcedor, do santista e, como todos sabem, o Pelé transcende bandeiras e camisas. Foi uma coisa muito maravilhosa – detalhou Edinho.

Edinho, em entrevista como técnico do Londrina — Foto: Luan Hewson/Londrina EC 1 de 1 Edinho, em entrevista como técnico do Londrina — Foto: Luan Hewson/Londrina EC

Edinho, em entrevista como técnico do Londrina — Foto: Luan Hewson/Londrina EC

Edinho retornou aos trabalhos no Londrina na quarta-feira e prepara o time para a estreia no Campeonato Paranaense, no dia 15 de janeiro, contra o Azuriz. Ele foi efetivado como treinador do Tubarão após comandar o sub-20 do clube na última temporada.

– O meu trabalho é o que mais me faz feliz, o que mais me preenche como ser humano. Ali eu vivo com maior intensidade, maior paixão, aquele é um remédio para mim. A retomada é natural, é a minha função, sou líder de um processo, uma responsabilidade muito grande, muitas pessoas que dependem de mim, tenho plena consciência disso. É foco total na missão.

– Minha missão sempre foi essa. Agora, com certeza, com a partida do meu pai, me sinto revigorado, sinto que a energia dele está em mim agora, uma motivação incrível para continuar nessa batalha, para honrar a família, o nome. E sim, revolucionar o futebol do nosso país – comentou.

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