Réplicas de taças, coleção de camisas e tijolos do antigo Palestra: torcedor monta "santuário do Palmeiras" no s
A coisa mais importante entre as menos importantes. É assim que o auxiliar contábil Adilson Rodrigues Junior, de 31 anos, define o espaço que o futebol ocupa em sua vida.
A paixão pelo Palmeiras, herança do avô paterno, é tão grande que pode ser vista nas paredes, no chão e até nas torneiras e pias da "caverna alviverde" que ele construiu no subterrâneo de casa especialmente para reunir pedaços da história do clube.
1 de 7 Palmeirense monta 'santuário' no subsolo de casa em Sorocaba — Foto: Arquivo pessoalPalmeirense monta 'santuário' no subsolo de casa em Sorocaba — Foto: Arquivo pessoal
O cômodo de cerca de 65 m², que fica no subsolo da residência onde Adilson mora com a esposa Bárbara, no bairro Alto da Boa Vista, em Sorocaba, no interior de São Paulo, foi carinhosamente apelidado pelos amigos de "santuário do Palmeiras".
As paredes são adesivadas com fotos dos grandes ídolos da história do Palmeiras, de elencos campeões e de momentos que o torcedor viveu e com os quais vibrou e se emocionou. O revestimento tem as cores da decoração do Allianz Parque e o banheiro também é temático, com torneira e pia verdes. O sofá ainda não chegou, mas o local já recebeu vários visitantes — palmeirenses ou não.
2 de 7 Espaço reúne camisas, souvenirs, fotos e réplicas de troféus — Foto: Arquivo pessoalEspaço reúne camisas, souvenirs, fotos e réplicas de troféus — Foto: Arquivo pessoal
No espaço também há algumas réplicas de taças do clube, como as do Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores da América, prateleiras com souvenirs do time que ele foi colecionando ao longo do tempo, além de uma televisão para assistir aos jogos do Verdão.
3 de 7 Foto do avô João e tijolos do antigo Palestra Itália estão em destaque no espaço — Foto: Arquivo pessoal
Foto do avô João e tijolos do antigo Palestra Itália estão em destaque no espaço — Foto: Arquivo pessoal
Em outra parede, Adilson guarda mais uma lembrança sentimental: dois tijolos do icônico Palestra Itália. Quando soube que o antigo estádio do Palmeiras seria demolido, em 2010, ele foi até o local com a tia Arlete e pediu ao porteiro da obra um pedaço qualquer da estrutura.
— Ele não entendeu muito bem e achou esquisita aquela situação, mas veio com uma sacola, alguns pedaços de concreto, pedras e dois pedaços de tijolos, que hoje enfeitam a parede do meu espaço. Na época, ninguém deu bola, todos achavam que aquilo era uma grande bobeira, mas eu queria ter algum pedaço daquele antigo estádio para mim.
4 de 7 Adilson exibe com orgulho uma coleção com cerca de 450 camisas — Foto: Arquivo pessoal
Adilson exibe com orgulho uma coleção com cerca de 450 camisas — Foto: Arquivo pessoal
No meio de tanto verde e branco, também há espaço para outras cores. No "santuário palmeirense", Adilson exibe com orgulho uma coleção com cerca de 450 camisas de seleções e times do mundo todo.
— Comecei quando pequeno, incentivado pelo meu tio. A primeira foi uma do São Bento, como tinha que ser, né? E a segunda do Palmeiras. Gosto de comprar as camisas, e às vezes gasto mais do que devo. Também é comum ganhar de amigos e familiares que viajam e já trazem na mala alguma camisa do time do lugar onde estiveram. É quase uma regra — explica.
5 de 7 Algumas camisas foram compradas e outras Adilson ganhou de presente — Foto: Arquivo pessoal
Algumas camisas foram compradas e outras Adilson ganhou de presente — Foto: Arquivo pessoal
O item mais valioso da coleção do sorocabano é justamente a camisa do São Bento, adversário do Palmeiras na estreia do Campeonato Paulista, no próximo dia 14 de janeiro, às 20h30, no Allianz Parque. O avô materno dele ganhou a camisa de presente de um amigo que trabalhava no clube, no final da década de 70.
Por influência dos dois avôs (um palmeirense e outro são-bentista e são-paulino), Adilson tem o coração dividido: uma metade é verde e a outra azul. Tanto é que, quando o caminho de Palmeiras e São Bento se cruzam, fica difícil escolher para quem vai a torcida.
— Geralmente avalio o contexto de cada jogo para definir a torcida. Por exemplo, no dia 14, por ser a primeira rodada, torcerei pelo São Bento. O motivo é bem simples: para o São Bento, cada ponto é fundamental. Para o Palmeiras, haverá outras oportunidades de se recuperar no campeonato — decreta.
6 de 7 Adilson começou a acompanhar o Palmeiras nos anos 90 por influência do avô — Foto: Arquivo pessoal
Adilson começou a acompanhar o Palmeiras nos anos 90 por influência do avô — Foto: Arquivo pessoal
Adilson começou a acompanhar o Palmeiras nos anos 90, uma das épocas mais vitoriosas da história do clube, o que fez com que ele se apaixonasse com mais facilidade pelo Alviverde. Mas foi nos anos 2000, durante a fase de rebaixamentos e campanhas ruins, que o amor aumentou e ele se apegou ainda mais ao time do coração.
Entre os ídolos do passado, o auxiliar contábil cita o goleiro Marcos e o técnico Felipão, que, para ele, representam a "expressão máxima do que é ser palmeirense" por serem intensos, sinceros e darem a vida pelo clube. Já no presente, o atacante Dudu e o técnico português Abel Ferreira estão no topo da lista.
— Gosto tanto de ambos que estou "negociando" com a minha esposa (e, até agora, diga-se sem sucesso) que, quando tivermos um filho, se for menino, gostaria de chamá-lo de Eduardo Abel, em homenagem a esses dois ídolos. Até agora não consegui convencer, mas quem sabe ela não cede? — brinca.
7 de 7 Adilson durante jogo do Palmeiras no Allianz Parque — Foto: Arquivo pessoalAdilson durante jogo do Palmeiras no Allianz Parque — Foto: Arquivo pessoal
Uma das recordações que estão eternizadas no "santuário" do palmeirense é a da partida entre Palmeiras e Fluminense pela semifinal da Copa do Brasil, em 2015, o jogo mais especial ao qual Adilson assistiu no estádio. Como o time carioca havia ganhado o primeiro jogo no Rio, o Palmeiras precisava fazer no mínimo dois gols de diferença para avançar à final.
Para a temporada 2023, as expectativas do sorocabano são as melhores possíveis. Na opinião dele, além de o time estar pronto sob o comando de Abel Ferreira, o clube tem uma gestão eficiente e equilibrada financeiramente.
— Com dois ou três reforços, creio que o Palmeiras, junto com o Flamengo, continuará sendo protagonista do futebol brasileiro e da América do Sul. Também temos a melhor categoria de base do Brasil, e muitos jovens talentos deverão subir para reforçar o time profissional. A expectativa é de muitos títulos e muitas alegrias, porém, palmeirense é desconfiado. Confia desconfiando. Avanti Palestra! — completa.
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