Hoje no Santos, Odair já enfrentou Riquelme na Seleção, faturou ouro olímpico e sofreu grave acidente
A temporada 2023 começa neste sábado para o Santos, às 20h30, contra o Mirassol, na Vila Belmiro. Depois de dois anos seguidos na luta contra o rebaixamento na competição, o Peixe tem por missão fazer bonito no Campeonato Paulista e igualar forças com seus rivais da capital. A responsabilidade e os holofotes deste desafio estão sobre o técnico Odair Helllmann.
Revelado pelo Internacional, o comandante foi jogador durante os anos 1990 e 2000, mas precisou encurtar sua carreira por conta de um grave acidente. Na função de treinador, passou pelo próprio Colorado, pelo Fluminense e pelos Emirados Árabes antes de assinar com o Peixe.
Abaixo, o 💥️ge te conta cinco curiosidades sobre Odair Hellmann.
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Odair Hellmann, técnico do Santos — Foto: Divulgação/Santos FC
Nascido no interior de Santa Catarina em janeiro de 1977, Odair Hellmann começou a carreira no Internacional. Volante com características de passe e boa batida na bola, o hoje técnico do Santos se destacou na base do Colorado pelo perfil de liderança e visão de jogo.
Na transição da adolescência para a vida adulta, participou das campanhas da seleção brasileira no Sul-Americano e no Mundial Sub-20. Em ambas as competições, o Brasil caiu para a Argentina, que via o aparecimento de nomes importantes como Riquelme, Aimar, Cambiasso, Samuel e Lionel Scaloni - técnico que conquistou a Copa do Mundo do ano passado, no Catar.
2 de 4 Odair Hellmann com uniforme da seleção brasileira — Foto: Arquivo PessoalOdair Hellmann com uniforme da seleção brasileira — Foto: Arquivo Pessoal
Apesar do início promissor de Odair Hellmann, a carreira não decolou conforme o esperado. O volante sofreu com lesões, não conseguiu se firmar nos profissionais do Internacional e não demorou para deixar o Rio Grande do Sul para defender as cores do Fluminense.
Em 1999, o Tricolor das Laranjeiras vivia o pior ano de sua história e disputava a Série C do Brasileirão. O hoje técnico do Santos fez parte daquela equipe e, inclusive, chegou a marcar um gol que decidiu uma das vitórias do Fluminense ainda na fase de grupos da competição contra o Dom Pedro II (hoje Real Brasília), equipe na época formada por bombeiros do Distrito Federal.
Como meio-campista, Odair rodou o país e defendeu equipes como América-RN, América-RJ, Remo e CRB. Também jogou no futebol sueco e em Hong Kong antes de retornar ao Rio Grande do Sul para defender o Brasil de Pelotas. Em janeiro de 2009, o volante foi uma das 31 pessoas envolvidas no acidente que matou três pessoas e marcou a história do Xavante.
Em 2023, em participação no programa "Mesa Redonda", da TV Gazeta, Odair falou sobre a experiência e explicou que o fato foi determinante para o fim de sua carreira como atleta.
3 de 4 Acidente ônibus Brasil de Pelotas — Foto: Nauro Júnior/Agência RBSAcidente ônibus Brasil de Pelotas — Foto: Nauro Júnior/Agência RBS
– Aquilo mudou a minha vida porque tive que fazer escolhas. Eu era jogador, atleta com 32 para 33 anos. Saí muito machucado do acidente, não conseguia caminhar e três meses depois do acidente, eu ainda era ajudado pela minha esposa para conseguir levantar da cama. Durante esse tempo eu fiz uma leitura da minha carreira como jogador e do meu futuro.
– Eu tinha três filhos já e esposa. Não queria parar com 32 anos e ser um ex-jogador de futebol. Eu queria me qualificar e usar o plus de ex-jogador para que isso me ajudasse como treinador. Pedi ajuda para o Fernando Carvalho (ex-presidente do Internacional), morava na casa dos meus sogros de favor, o futebol não tinha me dado dinheiro. Tomei a decisão de parar, fiz um projeto de vida com a minha família e procurei me qualificar. Prometi que iria trabalhar e estudar, mas precisava de um salário. O Fernando me deu uma oportunidade.
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De volta ao Colorado, Odair passou por praticamente todas as categorias de base do clube gaúcho e trabalhou até mesmo nas avaliações com os garotos que sonham em ser jogador de futebol. Com Dunga, ganhou uma oportunidade na comissão técnica fixa do time principal e foi assistente de mais de dez técnicos que passaram por lá, inclusive Paulo Roberto Falcão - responsável pela sua indicação ao Santos.
Em 2016, recebeu um telefonema de Rogério Micale e foi convidado para trabalhar na comissão técnica da seleção brasileira que disputaria a Olimpíada daquele ano no Rio de Janeiro. A campanha começou mal, o Brasil correu o risco de cair ainda na fase de classificação, mas no fim a equipe faturou a até então inédita medalha dourada.
4 de 4 Odair Hellmann abraça Neymar antes de treino da Seleção — Foto: Raphael Zarko
Odair Hellmann abraça Neymar antes de treino da Seleção — Foto: Raphael Zarko
Na Granja Comary, Odair fez amizade com Neymar e outros jogadores daquela Seleção. A relação foi tão boa que, cinco anos depois, o craque o convidou para um estágio rápido no Paris Saint-Germain. O treinador acompanhou todo o trabalho do clube francês por oito dias e estreitou ainda mais a relação com nomes consagrados como Marquinhos, Daniel Alves e Thiago Silva.
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