Torcedor folclórico, Papa Bicolor surge após perda de filho: "Paysandu é motivo para viver"

Papa Bicolor marcou presença no jogo-treino entre Paysandu e seleção de Barcarena — Foto: Nicksson Melo/ge Pará 1 de 2 Papa Bicolor marcou presença no jogo-treino entre Paysandu e seleção de Barcarena — Foto: Nicksson Melo/ge Pará

Papa Bicolor marcou presença no jogo-treino entre Paysandu e seleção de Barcarena — Foto: Nicksson Melo/ge Pará

Vários torcedores paraenses conhecem a figura do "Papa Bicolor", folclórico torcedor que sempre marca presença nos jogos do Papão, mas poucas pessoas sabem da história de quem está por trás da caracterização. O nome de batismo do Papa do Paysandu é José Antônio da Silva, que tem 66 anos de idade. A fantasia surgiu após uma grande perda e virou um símbolo de esperança para José.

“Papa” há três anos, ele viaja pelo estado paraense para acompanhar seu time do coração e “benzer” os torcedores. Para ele, o Paysandu não é apenas um time, é o grande motivo para seguir em frente após a morte de um dos seus filhos, Antônio Rogério da Silva, que faleceu há seis anos.

- Ele me acompanha em todos os jogos. Comecei a me fantasiar por causa dele. É uma questão de fé, pois eu queria tirar a minha vida. Aquilo que chamou: “sai da cama”. Eu ficava o tempo inteiro chorando. Eu tinha um pano, peguei ele e costurei à mão. Cortei em várias partes, vesti e fiquei em frente ao espelho. Vi que eu estava parecendo um anjo.

Morador de Belém, o Papa Bicolor estava presente no jogo-treino que o Paysandu realizou em Barcarena, município que fica no nordeste do Pará, realizado no último domingo, contra a seleção local. José já é aposentado, mas segue trabalhando todas as madrugadas na Pedra do Peixe, no mercado Ver-o-Peso, para continuar bancando os custos das viagens.

O Papa Bicolor — Foto: Tarso Sarraf 2 de 2 O Papa Bicolor — Foto: Tarso Sarraf

O Papa Bicolor — Foto: Tarso Sarraf

José diz que seu outro filho até se surpreende ao saber que o pai está no interior do estado para acompanhar o Paysandu.

- Meu filho falou: “pai, o senhor está em casa?”. Eu respondi que estava em Barcarena. Ele se surpreendeu. As coisas que ficam na minha cabeça saem um pouco quando eu estou com o Paysandu. Eu fico alegre quando saio por aí.

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