SAF do Atlético-MG: R$ 800 milhões por 51%, Menin com fatia e gestão compartilhada é modelo em pauta
O Atlético-MG se aproxima de, enfim, se transformar em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), e tem como investidor encaminhado o norte-americano Peter Grieve. O 💥️ge apurou detalhes sobre as tratativas, que estão em fase de diligência - avaliação de números e da situação do clube, o que precede a proposta vinculante, que será votada pelo Conselho Deliberativo.
A direção do Atlético tem mantido contato direto com Grieve, que deve investir algo em torno de R$ 800 milhões por 51% do clube. Ele será, portanto, o acionista majoritário, mas não o único.
A família Menin (Rubens e Rafael), empresários que mais investiram no Galo nos últimos anos, tem um crédito a receber do clube. E esse valor tende a ser transformado em uma “fatia” da futura SAF. De acordo com a apuração da reportagem, os Menin terão, a princípio, algo em torno de 17% das ações. Os dois empresários aceitariam essa troca, desde que seja uma demanda direta do futuro investidor e aprovada no Conselho. Seria uma forma de aliviar a dívida global do Galo.
1 de 1 Sede do Atlético-MG — Foto: GloboSede do Atlético-MG — Foto: Globo
O restante, pouco mais de 30%, tende a ficar com o próprio clube, o que é simbólico também no que diz respeito à gestão atleticana a partir do fechamento do negócio e da implementação do novo modelo: ela será compartilhada. Pela lei da SAF, a associação civil é obrigada a manter no mínimo 10% das ações.
Grieve vai, naturalmente, reestruturar uma parte do clube a partir da compra, mas não totalmente. A ideia de ambas as partes é que a estrutura atual (especialmente de futebol) seja preservada. Boa parte das diretorias e dos profissionais atuais deve ser preservada, evitando uma quebra drástica no processo de profissionalização que, na avaliação interna, tem sido bem conduzido nos últimos anos.
Nos bastidores do Atlético, a expectativa é que a proposta vinculante de Peter Grieve (e respectiva votação no conselho) aconteça ainda no primeiro semestre, entre os meses de março e maio, período que também vai marcar a inauguração da Arena MRV, novo estádio do Galo. No cronograma divulgado pelo clube, os valores da proposta vinculante serão confirmados em janeiro, e todo o tema será submetido ao Conselho entre fevereiro e março.
No orçamento de 2023 já aprovado pelo Conselho, e tendo o cenário de SAF no Atlético, há a previsão de o clube-empresa repassar pouco mais de R$ 100 milhões à associação para o pagamento de dívidas históricas. É dito também que há uma previsão de os repasses da SAF irem diminuindo, "com reversão dos resultados negativos nos próximos dois, três anos".
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