Agora no Voltaço, Gilson reencontra Botafogo e lembra lance polêmico na Liberta: “Infelizmente, não tinha VAR”
Uma disputa de bola polêmica dentro da área em que o árbitro mandou seguir poderia ter mudado a história da Libertadores de 2017. Era o jogo de ida das quartas de final entre Botafogo e Grêmio, no Nilton Santos.
No primeiro minuto do segundo tempo, o atacante Roger deu um passe de letra que deixou Gilson na cara do gol, mas Edilson chegou atrasado na jogada e derrubou o lateral-esquerdo botafoguense.
Lance em que Edilson derruba Gilson na área na Libertadores de 2017 — Foto: Reprodução/Sportv
Durante a transmissão do jogo na Globo, o comentarista de arbitragem Paulo César de Oliveira disse que o pênalti deveria ter sido marcado:
Replay do lance em que Gilson é derrubado na área — Foto: Reprodução/TV Globo
Um daqueles "e se..." que não saem tão fácil da memória.
— Passei na frente e quando eu ia chutar, fui tocado no tornozelo e me desequilibrei. O juiz acabou não dando o pênalti. Aquele lance é comentado até hoje pelos torcedores. Infelizmente, não tinha o VAR naquela época – lamentou.
A ida terminou empatada em 0 a 0. Na volta, o Grêmio venceu por 1 a 0 e acabou eliminando o Botafogo, adversário mais duro na caminhada que terminou com o título.
1 de 2 Gilson em campo pelo Botafogo — Foto: André DurãoGilson em campo pelo Botafogo — Foto: André Durão
Hoje no Volta Redonda, Gilson vai enfrentar o Botafogo nesta quinta-feira, em jogo pela segunda rodada do Campeonato Carioca. Um reencontro com gostinho especial pelas boas memórias do tempo em que atuou pelo Alvinegro, entre 2017 e 2023.
Uma delas é o último título carioca do Botafogo, conquistado em 2018, em uma final dramática contra o Vasco, em um enredo com direito a gol no último minuto e decisão nos pênaltis.
— Um jogo muito emocionante, onde conseguimos reverter um resultado negativo no último minuto, levando a decisão para os pênaltis. Tive uma participação direta, cobrei o terceiro pênalti do Botafogo e tenho as melhores lembranças desse momento que foi muito especial e acredito que para todos os botafoguenses também – lembrou com carinho.
2 de 2 Gilson em campo pelo Volta Redonda — Foto: Raphael Torres
Gilson em campo pelo Volta Redonda — Foto: Raphael Torres
O momento é de recomeço. Aos 36 anos, Gilson passou por um drama durante a pandemia: perdeu a esposa para a Covid-19. Sem jogar desde 2023, ele aceitou o convite para vestir a camisa do Voltaço nesta reta final da carreira.
Foram 770 dias desde que havia entrado em campo pela última vez, em 2023, pelo Botafogo-SP, até a volta aos gramados no último sábado, no empate entre Volta Redonda e Nova Iguaçu.
— Não pensei duas vezes em aceitar a proposta, até pelo projeto e ambição do clube de crescimento. Era uma oportunidade que eu vinha pedindo muito para Deus. Se fosse a vontade d’Ele, que abrisse as portas para poder retomar a minha carreira e encerrar de uma maneira diferente do que estava se desenhando. Sou muito grato ao clube por isso – agradeceu.
Gilson foi titular na estreia e será novamente nesta quinta-feira. Volta Redonda e Botafogo se enfrentam às 19h30, no estádio Raulino de Oliveira. O jogo terá cobertura em Tempo Real pelo ge.
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