Diniz vê evolução do Fluminense contra o Madureira, mas diz: "Jogo que a gente cedeu mais chances"
Único time com 100% de aproveitamento no Campeonato Carioca, o Fluminense fez mais uma vítima na noite deste domingo: venceu o até então invicto Madureira por 1 a 0, em partida realizada no Kleber Andrade, em Cariacica (ES). Apesar do placar magro, o técnico Fernando Diniz valorizou o resultado, que manteve o Tricolor na vice-liderança do Estadual, mas apontou erros a corrigir:
- Acho que o time fez um primeiro tempo, até os 30, 35 minutos, excelente. Depois a gente cedeu alguns espaços que não deve ceder ao Madureira, e eles tiveram mais chances do que deveria, no primeiro e no segundo tempo. Esse é o ponto negativo do jogo. A produção ofensiva foi muito boa, mas cedemos alguns espaços que não pode ceder.
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1 de 1 Fernando Diniz em Madureira x Fluminense — Foto: Jorge Rodrigues/AGIFFernando Diniz em Madureira x Fluminense — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
Com a vitória, o Fluminense chegou aos nove pontos e manteve o segundo lugar, com um ponto e um jogo a menos do que o líder Flamengo. O Tricolor volta a campo na próxima quinta-feira, quando receberá o Boavista às 21h10 (de Brasília), no Maracanã.
- Não, não é a defesa. É o sistema defensivo, né? Quase sempre acontecem as coisas lá atrás que a gente chama de defesa, é a linha de quatro, mas quase nunca o problema está ali. O problema principal do primeiro tempo não foi a defesa estar mais adiantada, foi a gente não conseguir na frente, em determinados momentos, pressionar a bola. Ou tomava drible que não era para tomar ou deixava os zagueiros com a defesa mais alta ficar à vontade, achando que os caras não iam acertar os lançamentos. No segundo tempo achei que o time já ficou um pouco mais distante, então a defesa às vezes tinha que ter subido mais.
- A defesa andar para frente não é problema, o problema é a gente na frente não conseguir ajudar para que a defesa possa ficar mais confortável naquela situação de linha mais alta. Se a gente não se dedicar como tem que ser para pressionar a bola, para não tomar drible lá na frente, aí a defesa tem que voltar mais. E se a defesa voltar mais, o time tem que voltar. Então no segundo tempo acho que aconteceu uma certa distância entre os setores. São coisas para corrigir, mas com uma certa normalidade por ser início de temporada.
- Eu atribuo um pouco à produção ofensiva. Isso é uma coisa que todo time que tem posse e cria muito tem que tomar cuidado sempre, porque você vai criando, não vai fazendo e começa a ter um certo relaxamento que não pode ter. E não é o relaxamento da defesa, é o relaxamento do time. O time acha que de repente vai fazer o gol no momento que quer e não é assim. Ganhamos de 1 a 0, só que foi o jogo que a gente cedeu mais chances ao adversário. E foi o primeiro jogo que produzimos o triplo dos outros jogos. Esse equilíbrio a gente tem que ter, não ficar só preso no resultado do jogo.
- Acho que a gente tem que corrigir essa questão de ceder chances. Tem duas duas maneiras de ceder chances: ou você cede porque comete algumas falhas, ou as chances acontecem porque o adversário conseguiu elaborar bem o jogo e tem qualidade. Todos os adversários têm, o Madureira também tem, mas a maioria das chances hoje do Madureira foi por algum descuido nosso.
- Correspondeu. É um jovem, a vinda do Giovanni lembra um pouco o que aconteceu em 2023 com o Caio Henrique, o Alan, que pouquíssima gente conhecia. Jogador que saiu muito precocemente do Brasil, e no Ajax não conseguiu nesse primeiro momento se firmar na equipe principal lá e retornou muito bem indicado. Acabamos assistindo aos jogos que ele fez lá, principalmente no Ajax B, e pela perspectiva que tinha dele aqui no Brasil, quando jogava no Santos, a gente resolveu trazer. E tem se mostrado um grande acerto. A tendência dele é de evolução, é um menino que também tem as características que se assemelham àquilo que produz em Xerém, jogador técnico, versátil. A perspectiva para ele é de ter um futuro bastante positivo aqui.
- A ideia no início da temporada é colocar todo mundo para jogar, para todo mundo ganhar ritmo, pegar um pouco mais de entrosamento. A gente vai ganhar o entrosamento daquilo que eles têm que fazer no novo sistema. Tem muita gente nova que chegou. Eu gosto de repetir time, em determinado momento vamos começar a repetir, mas eu não sei precisar quando. A estratégia desse momento, é um período ainda para mim de pré-temporada. A pré-temporada ainda não terminou.
- Mas não estamos usando os jogos para fazer a pré-temporada, estamos colocando os melhores times para vencer as partidas. Nesse momento, para colocar o mesmo time para jogar no meio da semana, não ia poder treinar, teria que descansar, terminar de descansar na terça e na quarta daria para treinar só um pouquinho para jogar. Então a gente consegue descansar um pouco e começar a treinar, dar mais conteúdo tanto para os jogadores que jogaram hoje como aqueles que devem jogar na quinta.
- A principal coisa é o comparecimento da torcida. É uma torcida que torna diferente por conta que o time fazia seis anos que não vinha aqui. Então foi muito carinhosa, calor humano muito grande. E na questão do campo, tem as perfeitas condições para jogar. O estádio também ofereceu as condições que a gente precisava, não tem nada para se queixar, muito pelo contrário. Agradecer tanto a estrutura física como principalmente o acolhimento da torcida do Fluminense conosco aqui.
- Pergunta difícil de responder, não sei se é o melhor momento. Para mim o melhor momento é todo dia, a gente conseguir ir melhorando o time. Eu acho que os jogadores têm se empenhado muito, todos eles. Tem alguns erros que a gente cometeu nas partidas passadas que foram mais uma questão de ordem tática e física. Hoje que foi um erro mais de comportamento da equipe, mas vai ajustando. Eu acho que a gente tem que estar na cabeça que tem sempre que melhorar, independentemente do resultado. O Fluminense tem muita margem para melhorar.
- Não estou me apegando muito ao resultado, que é extremamente importante, mas para início de temporada a equipe tem produzido bem. Sempre construir é mais difícil do que destruir. Acho que a equipe hoje está de parabéns por aquilo que construiu. A minha queixa é hoje essa coisa do comportamento, é uma coisa que a gente sabe que não pode vacilar. Estamos treinando para poder fornecer time competitivo em todos os campeonatos que disputar durante o ano todo. Então tem que ir corrigindo sempre o quanto antes as falhas que acontecem nos jogos.
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