Análise: começo de ano do Palmeiras mostra que é preciso ter mais Dudu em campo

O Palmeiras ficou no 0 a 0 com o São Paulo no último domingo, no Allianz Parque, em um clássico sonolento. Com um adversário fazendo de tudo para a bola rolar o menos possível, a equipe de Abel Ferreira entrou na pilha e não conseguiu jogar.

O resultado, claro, fez voltar a discussão sobre a falta que Danilo e Gustavo Scarpa fazem ao time palmeirense. Mas, neste começo de temporada, é difícil dizer se é o ritmo de jogo ou a ausência da dupla as razões do desempenho até agora.

Uma coisa, porém, é certa: falta mais de Dudu no Palmeiras. Neste começo, para além de pegar no tranco fisicamente, falta ao time a objetividade e a ousadia do camisa 7 palmeirense, o melhor no Choque-Rei.

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A ausência de ousadia, principalmente no ataque, vem sendo motivo de conversa entre comissão técnica e elenco. Gabriel Menino confidenciou um papo que Abel Ferreira teve com o grupo após o empate contra o São Paulo.

Dudu disputa bola com Rafinha em Palmeiras 0 x 0 São Paulo — Foto: Marcos Ribolli 1 de 2 Dudu disputa bola com Rafinha em Palmeiras 0 x 0 São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

Dudu disputa bola com Rafinha em Palmeiras 0 x 0 São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

– No último terço, igual o professor falou para nós na roda, temos que ter mais calma e ousadia para definir melhor as jogadas e matar o mais rápido possível o jogo.

Contra equipes que querem diminuir o ritmo, é necessário aumentar a velocidade da partida, seja invertendo bolas de maneira mais rápida ou nos lances individuais. No gol de Rony, anulado por impedimento, Dudu recebeu na direita, tirou do marcador adiantando e ajeitou para Endrick, já projetando o atacante na linha de fundo para o cruzamento.

O que não pode ser confundido é essa ousadia com falta de paciência. É preciso ter um equilíbrio entre isso. Na coletiva, por exemplo, o treinador do Verdão falou sobre o que prejudicou a equipe no Choque-Rei válido pelo Paulistão.

– Os jogadores têm que entender: nós somos verticais para roubar a bola, mas para construir precisamos circular a bola, criar espaços circulando com a posse da bola.

– Quando estamos organizados atrás da linha da bola, em processo ofensivo, precisamos ter mais paciência. Não dá para ir na mesma velocidade. Ataque posicional precisa trabalhar melhor a bola, tocar atrás – completou.

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Palmeiras x São Paulo, Abel Ferreira — Foto: Marcos Ribolli 2 de 2 Palmeiras x São Paulo, Abel Ferreira — Foto: Marcos Ribolli

Palmeiras x São Paulo, Abel Ferreira — Foto: Marcos Ribolli

Entre as respostas de Abel não há como não lembrar de Danilo e Scarpa, jogadores que tinham um posicionamento inteligente em campo, uma certa calma para jogar e qualidade no passe. Mas as giradas de Danilo no meio-campo já não existem, tanto como os lançamentos de Scarpa.

Enquanto os substitutos não chegam, ou Gabriel Menino não assume de vez e vira essa reposição caseira para o meio de campo, o Palmeiras terá que buscar essa paciência para voltar a desempenhar aquele futebol que vimos muitas vezes nos últimos anos.

Enquanto os substitutos prontos que Abel quer não chegam, ou as reposições caseiras não comecem a entregar, Palmeiras e torcida terão que buscar um equilíbrio: a paciência até a equipe se reorganizar após saídas importantes e resultados, como a Supercopa do Brasil no próximo fim de semana.

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