Análise: Bahia vence clássico de boas chances no primeiro tempo e queda de ritmo na etapa final

Uma leve superioridade em campo foi o suficiente para o Bahia vencer o primeiro clássico da temporada. Com o apoio da torcida, o Tricolor não teve uma grande exibição e ainda viu o Vitória ser ostensivo na marcação alta e perigoso nos contra-ataques. Mas foi o necessário para que, com gol de Kayky, o time de Renato Paiva levasse os três pontos.

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O resultado deixa o Bahia na liderança do torneio estadual, com 12 pontos, enquanto o Vitória segue longe da zona de classificação, com quatro pontos e no oitavo lugar.

Ba-Vi na Fonte Nova — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia 1 de 3 Ba-Vi na Fonte Nova — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Ba-Vi na Fonte Nova — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Mandante no jogo e com o apoio da torcida, o Bahia foi a campo com Cicinho como novidade na lateral direita. O técnico Renato Paiva optou por um jogador mais experiente no lugar de Douglas Borel, formado no clube. No Vitória, João Burse manteve o time que havia vencido o Doce Mel, na rodada anterior.

O primeiro tempo teve um Bahia mais agressivo, mas com o Vitória também perigoso ofensivamente. Na defesa, muitos erros de ambas as partes; só quem aproveitou foi o Tricolor.

A primeira chegada do Bahia trouxe algo que já é comum da temporada 2023: Rezende como alternativa ofensiva. O volante recebeu passe de Goulart, após bom pivô do meia-atacante, para realizar a primeira finalização do jogo.

Enquanto isso, um cauteloso Vitória, de postura menos agressiva e com linha de cinco na defesa (com Léo Gomes recuado), mas em busca dos contra-ataques e de desarmar o adversário na saída para o jogo, chegou inicialmente em uma enfiada de bola de João Lucas para Osvaldo, que não teve continuidade.

Vitória se defende em linha de cinco na Fonte Nova — Foto: Tiago Lemos / ge 2 de 3 Vitória se defende em linha de cinco na Fonte Nova — Foto: Tiago Lemos / ge

Vitória se defende em linha de cinco na Fonte Nova — Foto: Tiago Lemos / ge

Mas a linha de cinco do Vitória não conseguiu evitar o gol tricolor após lançamento em profundidade para Kayky. Ainda deu tempo de o atacante driblar Dalton antes de tocar para a rede. O mérito também veio do lançamento calibrado de Acevedo para quebrar a compactação rubro-negra.

O Vitória manteve a alternativa de jogo e quase chegou ao empate com Rafinha, após desarme em Acevedo, na saída de jogo tricolor, um dos pontos fracos da equipe de Renato Paiva no Ba-Vi. Na cara do gol, no entanto, o atacante rubro-negro escorregou ao finalizar e mandou para fora.

O Bahia mantinha o ímpeto ofensivo, em meio a triangulações rápidas e trocas de posicionamento de seus atletas, mas o Vitória não ficava atrás e trocava jogadas de ataque com o mandante no clássico.

No momento "bola parada" do primeiro tempo, Gegê cobrou falta da direita, mas Léo Gomes, sozinho na pequena área, errou o cabeceio. Já Rezende acertou a trave de Dalton, após escanteio cobrado para Cicinho cruzar da intermediária lateral.

O Bahia ainda teve dois cruzamentos de Biel não aproveitados por Kayky (primeiro) e Goulart (segundo), e o Vitória perdeu chance na cara do gol, com Tréllez, que roubou a bola, após erro de Raul Gustavo, e chutou rasteiro para defesa de Marcos Felipe.

Kayky comemora o gol no Ba-Vi — Foto: Renan Oliveira/AGIF 3 de 3 Kayky comemora o gol no Ba-Vi — Foto: Renan Oliveira/AGIF

Kayky comemora o gol no Ba-Vi — Foto: Renan Oliveira/AGIF

O Vitória voltou à segunda etapa com Nicolás Dibble na vaga de Rafinha, apagado no primeiro tempo. As alternativas de jogo das equipes, no entanto, mudaram pouco, com o Rubro-Negro mais forte pelo lado esquerdo. O Bahia continuou explorando a velocidade de Biel e Kaky, além das rápidas trocas de passes perto da área adversária. Além disso, o clássico caiu de ritmo em relação ao primeiro tempo.

A outra alternativa de João Burse para mudar o cenário da partida foi Alisson Santos em substituição a Osvaldo. Neste momento, Dibble migrou para a direita e para o centro, e o novato no jogo se posicionou no lado esquerdo do ataque rubro-negro. O treinador também apostou na volta de Railan à lateral direita, após lesão. Com isso, Zeca fez o lado esquerdo e João Lucas deixou o jogo.

Por novo fôlego no Bahia, Renato Paiva colocou Jacaré, Diego Rosa, e, logo em seguida, Everaldo, nos lugares de Kayky, Rezende e Ricardo Goulart, respectivamente.

Mesmo assim, o jogo perdeu em criatividade e em possibilidades de gol. Tanto que os goleiros Marcos Felipe e Dalton tiveram pouco trabalho, e nenhuma grande chance foi criada no segundo tempo.

O Bahia saiu vencedor do clássico, mas mostrou uma fragilidade defensiva que pode prejudicar o andamento da temporada, principalmente na saída de bola.

Já o Vitória parece ter evoluído em relação aos jogos anteriores, mas ainda dá espaços quando é contragolpeado e precisa treinar a marcação alta para não oferecer tanta liberdade às costas da defesa como aconteceu no gol de Kayky.

Resta saber se a evolução rubro-negra acontecerá a tempo de garantir a classificação no Campeonato Baiano. Em situação mais confortável, o Tricolor pode trabalhar com maior tranquilidade nos ajustes defensivos.

Agora, o Bahia vai a campo contra o Doce Mel, no Estádio Mário Pessoa, em Ilhéus, nesta quarta-feira, às 21h30 (horário de Brasília). Na quinta, o Vitória recebe o Jacobinense, às 19h15, no Barradão. Os dois jogos são válidos pela sexta rodada do Campeonato Baiano.

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