SAF do Atlético-MG: Rafael Menin fala sobre investidor, dívidas e próximos passos
O Atlético-MG já tem assinada uma proposta não vinculante com um fundo de investimentos avançado para se tornar o sócio majoritário do clube-empresa no qual o Galo irá se transformar em 2023. O nome do líder desse fundo não é revelado, por cláusula contratual, mas Rafael Menin comentou alguns aspectos e o perfil do futuro sócio majoritário alvinegro.
1 de 3 Rafael Menin, VP do Conselho do Atlético-MG — Foto: Bruno Sousa / AtléticoRafael Menin, VP do Conselho do Atlético-MG — Foto: Bruno Sousa / Atlético
O 💥️ge apurou que se trata de Peter Grieve, dono da FootballCo, que cria esse novo fundo que captará recurso através de outras empresas, para comprar ao menos 51% da SAF do Atlético. A associação civil pretende permanecer com pouco menos de 40%, até pela representatividade no conselho de administração.
A proposta não-vinculante precisa se transformar no chamado "memorando de entendimentos", e ser apreciado pelo Conselho Deliberativo, que aprova ou não a venda. A "valuation" do Galo também não é confirmada. Mas caminha para ser R$ 800 milhões aportados em troca de 51% das ações.
A ideia do Atlético é de ter um ataque direto à dívida onerosa, que está na casa dos R$ 600 milhões, e que gera um custo anual acima de R$ 100 milhões aos cofres.
2 de 3 Peter Grieve (à direita) na época como proprietário de clube do Zimbabué — Foto: ReproduçãoPeter Grieve (à direita) na época como proprietário de clube do Zimbabué — Foto: Reprodução
A entrevista com Rafael Menin, que é membro do órgão colegiado do Atlético, e foi vice-presidente do Conselho Deliberativo, vai ao ar na próxima sexta-feira, e aborda temas como a situação financeira do clube, a venda do Diamond Mall, e a chegada da Arena MRV.
- É um fundo de investimento que foi fundado para gerir dinheiro, alocar dinheiro em esporte. É um fundo americano. Toda transação de aquisição, o levantamento de capital para o fundo é normal. Esses fundos fazem rodadas de investimento para alocar capital novo naquela oportunidade. É um modelo normal. Não é uma pessoa que tem um dinheiro parado. Ela tem um recurso, e no modelo de investimento é de os fundos irem ao mercado e trazem outros investidores a reboque. Funciona assim quando se vai comprar gasoduto da Petrobrás ou empresa brasileira. É o modus operandi do mercado. Há um fundo que lidera e capta dinheiro para participar da transação.
3 de 3 Os 4 R's do Galo: Rafael e Rubens Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG
Os 4 R's do Galo: Rafael e Rubens Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG
- A gente tem um investidor mais avançado, mas como conversamos com muita gente, naturalmente outros investidores que o "timing" não casou, ou o modelo não foi adequado, alguns voltaram e perguntaram se o processo poderia ser retomado. Eu diria que nós temos o plano A, mas temos plano B e plano C.
- No momento atual, o Atlético terá pouco menos de 40%. Além de ter cadeiras (no conselho de administração da SAF), tem outro aspecto importante. Daqui cinco anos, por exemplo, o futebol brasileiro mudou de patamar, as valuations mudaram muito, você pode fazer novas rodadas de investimento. Quem vendeu tudo agora, e o limite é vender 90%, é muito mais complicado para fazer nova rodada de investimento. O Atlético, com esses 40%, pode fazer uma nova operação daqui 5 anos, por exemplo.
- O dinheiro da nossa SAF é perto do valor que todo mundo vem falando. É um "cheque" mesmo, com prazo de pagamento relativamente curto, eu diria. E parte desse dinheiro vai para pagar dívida, e parte vai para investimento no futebol.
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