O futebol é o que é por causa de Pelé

Neste domingo completou-se um mês da morte do maior jogador de todos os tempos, do brasileiro mais reconhecido em todas as partes do planeta. À medida que infelizmente o tempo agora corre sem Pelé conosco, felizmente sua Majestade vai aos poucos sendo reconhecido não apenas pelo que fez em campo, mas por tudo o que ele - e, é claro, sua obra - simbolizam e significam. Quando das muitas homenagens assim que ele partir naquela 29 de dezembro, muitos deram depoimentos reforçando que a paixão de cada um de nós pelo futebol tem, direta ou indiretamente a digital de Pelé. Ou porque muitos o viram em ação nos gramados, ou porque o futebol atingiu com ele o status de arte e mesmo quem não o viu atuar ama o jogo que ele transformou.

Um bom exemplo foi dado na edição do último dia 20 do programa Redação Sportv. O querido amigo e jornalista Emanuel Castro desenvolveu um tema que certamente será desenvolvido nos livros da história do futebol. Ele lembrou o fato de que o futebol sul-americano dominou o futebol mundial no século a partir do momento em que Pelé se recusou a jogar na Europa. Ele não via sentido em jogar em algum lugar que não o Santos, com companheiros que não fossem os da Vila Belmiro. Além disso, Pelé sempre buscou com muita mais intensidade o desenvolvimento do futebol do que seu crescimento pessoal ou o mero cumprimento do calendário oficial. Por várias vezes o Santos abriu mão de disputar a Libertadores, ou deixou as competições nacionais em segundo plano para excursionar pelo mundo, levar sua arte a cada canto do planeta. Pelé e seus apóstolos jogaram nos rincões mais improváveis da África, da Ásia, da América Central, da Oceania...

E foi nessa batida que o futebol se tornou o esporte mais popular e admirado da Terra. Não fosse Pelé, ou a modalidade não teria o tamanho que tem, ou demoraria muito mais para tê-lo. E ainda há quem caia na versão enviesada da história de que foi a Fifa quem popularizou o futebol e o levou a todos os países. Não há dúvida de que a gestão do brasileiro João Havelange tornou o negócio do futebol em algo planetário e incluiu na festa mais países do que a ONU. Mas esses países não pediram ou aceitaram filiar-se à Fifa e participar de suas competições porque a Fifa é bonita ou porque tem muito dinheiro. As nações queriam disputar o jogo que aprenderam com Pelé. Os jogadores querem jogar o jogo de Pelé, as crianças querem ser Pelé...

Há de chegar logo o dia em que a história jogará luz em outros aspectos da vida de Pelé, que hoje são objeto até de críticas e preconceito com ele. Como sua visão de que era preciso que o Brasil e o mundo cuidassem melhor das crianças, como sua dica que os brasileiros deveriam ter mais consciência na hora de votar, e por aí vai. Óbvio que nem tudo foi perfeito, sequer tudo foi certo em sua passagem dele pela Terra. Mas aí era o Édson. Pelé acertou todas - até quando a bola não entrou contra Tchecoslovaquia, Inglaterra e Uruguai em 1970...

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