Ponte é punida com transfer ban por dívidas antigas e fica impedida de registrar novos jogadores
Sem pagar quase R$ 2 milhões em dívidas antigas, a Ponte Preta foi punida com dois "transfer ban".
A decisão da CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas), em vigência desde a última quinta-feira (2 de fevereiro), impede o clube de registrar novos jogadores até que as pendências sejam resolvidas. Outros clubes sofreram com isso recentemente, como Santos, Cruzeiro e Atlético-MG.
Os casos envolvem ações do técnico Eduardo Baptista (atualmente no Novorizontino) e do zagueiro Nathan (hoje no Atlético-MG) que, somadas, dão cerca de R$ 2 milhões (R$ 1,7 milhão de Eduardo Baptista e R$ 300 mil de Nathan).
A Ponte ainda está sujeita a um novo "transfer ban" em um processo movido pelo técnico Marcelo Chamusca no valor aproximado de R$ 300 mil. As três ações são oriundas de dívidas da gestão José Armando Abdalla (entre 2018 e fim de 2023). O diretor financeiro da época era Gustavo Valio, que também ocupa o cargo na administração atual.
1 de 1 Dívidas antigas causam "transfer ban" na Ponte — Foto: Diego Almeida/ PontePressDívidas antigas causam "transfer ban" na Ponte — Foto: Diego Almeida/ PontePress
O atual presidente da Macaca, Marco Antonio Eberlin, se posicionou sobre a situação via assessoria de imprensa:
- Este é apenas mais um de tantos e tantos casos oriundos de gestões anteriores que precisam – E SERÃO – solucionados pela atual Diretoria Executiva da Associação Atlética Ponte Preta. O principal foco dentro do clube hoje continua sendo a conquista do acesso ao Paulistão.
A Ponte passou a correr risco de "transfer ban" assim que expirou o prazo estipulado pela CNRD para iniciar o pagamento das dívidas, em 30 de janeiro.
No caso da ação de Nathan, por exemplo, a Ponte estava condenada a pagar desde maio de 2023, mas conseguiu que a CNRD acatasse, em 21 de dezembro de 2022, um pedido de parcelamento, determinando que o clube pagasse 30% do valor da dívida até 30 de janeiro e o restante em seis parcelas mensais, entre fevereiro e julho deste ano.
A Ponte ganhou tempo para buscar recursos, mas foi avisada que o descumprimento geraria aplicação imediata do "transfer ban". Nathan é defendido pelo advogado Vinicius Lucilio, sócio do escritório de direito desportivo PVBT Law.
Como a Ponte não honrou o acordo, a outra parte acionou a CNRD para que o "transfer ban" fosse executado. O mesmo aconteceu no processo de Eduardo Baptista e pode ocorrer a qualquer momento com Marcelo Chamusca também.
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A Ponte já tinha conseguido evitar que o "transfer ban" atrapalhasse novos registros no fim do ano passado, em uma ação do lateral-direito Arnaldo, mas desta vez não foi possível.
Para voltar a ter condições de registrar novos jogadores, a Ponte precisa realiza o pagamento integral dos valores devidos, o que derrubaria o "transfer ban" imediatamente, ou tentar novos acordos com as partes envolvidas para homologá-los na CNRD. Diante do cenário, o interesse no atacante Gustavo Coutinho fica em "stand by".
Já atletas que estão regularizados e ainda não estrearam, como o lateral-direito Mailton, o volante Matheus Jesus e o meia-atacante Everton, não serão afetados pela medida.
Com a documentação já publicada no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF - o nome de Mailton, aliás, apareceu na última quarta-feira, um dia antes da punição do "transfer ban", o trio pode ser inscrito na Série A2 do Paulista sem restrição.
Em campo, a Macaca lidera a Série A2 de forma isolada, com 15 pontos em 18 possíveis. Depois derrota por 3 a 0 para o Novorizontino, na última quarta-feira, acabar com o aproveitamento de 100% e também a invencibilidade, o próximo compromisso do time está marcado para domingo, às 15h, contra o Juventus, no Majestoso.
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