Real Madrid confiou demais em seu elenco curto e chega juntando cacos ao Mundial de Clubes
- Não fomos ao mercado de inverno porque não precisamos. Se você planeja bem seu elenco no verão, então não precisa usar o mercado de inverno. Quando você assina com algum jogador em janeiro quer dizer que algo aconteceu.
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A explicação de Carlo Ancelotti para a falta de ação do Real Madrid na última janela de transferências faz sentido quando se tem um elenco de qualidade e que vem de uma temporada extremamente vitoriosa. O que o técnico não contava - e ninguém pode prever - era com uma sequência de problemas físicos logo no início de 2023, que, em meio a uma queda de rendimento, faz com o que o time chegue juntando cacos ao Mundial de Clubes.
1 de 2 Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid — Foto: EFECarlo Ancelotti, técnico do Real Madrid — Foto: EFE
As mudanças do Real Madrid campeão da Champions sobre o Liverpool em maio do ano passado para o que se prepara para o Mundial parecem sutis, mas não são. Tchouaméni e Rüdiger chegaram como bons reforços, mas o time perdeu um pilar crucial para o processo de renovação do meio-campo: Casemiro, que foi vendido ao Manchester United por 70 milhões de euros aos 30 anos.
Do trio histórico, ficaram Kroos e Modric - com o auxílio luxuoso de Valverde, que estava voando no fim de 2022. Aos 37 anos, porém, o croata passa por um processo natural de precisar de mais descanso, algo que é reiterado pelo próprio treinador em entrevistas coletivas.
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No período pós-Copa, Modric nunca foi titular por duas partidas consecutivas. Formaram-se então, em determinados momentos, duas lacunas. E preenchê-las com um elenco curto virou algo problemático.
2 de 2 Modric e Kroos em treino do Real: meias só começaram jogando juntos em quatro dos 11 jogos em 2023 — Foto: Antonio Villalba/Real Madrid via Getty ImagesModric e Kroos em treino do Real: meias só começaram jogando juntos em quatro dos 11 jogos em 2023 — Foto: Antonio Villalba/Real Madrid via Getty Images
Primeiro porque Valverde muitas vezes passou a ser atacante e vencer as concorrências de Rodrygo e Asensio por uma vaga no time titular. Depois - e mais recentemente -, Camavinga precisou ser deslocado para a lateral esquerda com as ausências de Mendy e Alaba - sendo que o austríaco hoje já é muito mais zagueiro que lateral. Ambos conseguem cumprir bem as funções, mas o time fica como um cobertor curto. Algo ilustrado pelo fato de Ancelotti não repetir a mesma escalação nenhuma vez em 2023.
Não que fossem necessárias contratações com valores exorbitantes, mas o Real Madrid poderia ter olhado com mais cuidado, por exemplo, para o seu ataque. Vini Jr e Benzema formam uma das duplas mais eficientes do futebol europeu hoje, mas as reposições deixam a desejar.
Além de um terceiro nome não se firmar na briga entre Asensio e Rodrygo, dois só fazem número no elenco: Eden Hazard e Mariano Díaz. Na ausência do atual dono da Bola de Ouro, mais uma improvisação acaba sendo necessária.
É claro que os problemas muitas vezes fogem da alçada - caso de Courtois, mais novo integrante do departamento médico -, mas confiar demais em seu elenco enxuto pode custar caro ao Real Madrid nesta temporada. Com apenas 14 pontos conquistados nas últimas nove rodadas do Espanhol, o time merengue já vê o Barcelona abrir uma larga vantagem, isso depois de perder a Supercopa da Espanha para o maior rival.
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Ainda restam Copa do Rei, onde enfrenta o próprio Barcelona na semifinal, e Champions, onde encara o Liverpool pelas oitavas. Tudo isso tendo antes um Mundial, que pode ser o momento de retomada ou o combustível para aumentar a crise.
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