Análise: empate expõe riscos para Ponte na sequência da Série A2
O começo soberano da Ponte Preta na Série A2 do Paulista parece ter ficado para trás. A Macaca ainda é superior no papel, mas já não tem mais sobrado em campo como aconteceu nas rodadas iniciais.
Primeiro, perdeu o aproveitamento de 100% e a invencibilidade com a derrota por 3 a 0 para o Novorizontino. Agora, teve dificuldades diante do Juventus em casa: ficou duas vezes atrás do placar e só evitou o revés nos minutos finais.
A oscilação é natural, principalmente quando mudanças passam a acontecer por desgaste ou suspensão, com jogadores que estão entrando ainda sem ritmo - casos de Matheus Jesus, Everton e Mailton, que estavam há um bom tempo sem atuar.
Mas o empate por 2 a 2 com o Juventus expôs riscos para a Ponte na sequência da Série A2 - já de olho no mata-mata, uma vez que a classificação na primeira fase parece ser mera formalidade.
Com seis novidades entre os titulares, a Macaca até que tentou começar em cima, mas o time não se achou em campo.
O meio, com a volta de Léo Naldi e a entrada de Matheus Jesus, mas sem Felipe Amaral, deu espaços para o Juventus e também teve problemas na criação. Faltou a intensidade que era o diferencial do setor.
Por consequência, a linha defensiva ficou exposta e voltou a apresentar falhas coletivas e também individuais. Já são nove gols sofridos em sete partidas. Em quatro delas, a Ponte saiu atrás do marcador.
1 de 1 Jeh em lance de Ponte x Juventus — Foto: Karen Fontes/PontePressJeh em lance de Ponte x Juventus — Foto: Karen Fontes/PontePress
Ao contrário do que se imaginava, foi o Juventus quem ditou o ritmo do jogo. Conseguiu neutralizar a criação de Elvis e explorou os espaços entre as linhas alvinegras. Não fosse Caíque, com três defesas, o prejuízo poderia ter sido grande no primeiro tempo.
Hélio dos Anjos voltou com Ramon no lugar de Léo Naldi. O substituto buscou organizar a saída de bola, mas o meio perdeu ainda mais poder de marcação. Em nova desatenção de Thiago Oliveira e Mateus Silva, Bruno Moraes voltou a marcar - o atacante só não fez 3 a 1, porque a trave salvou a Macaca.
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O técnico tentou mudar o cenário com Jean Carlos no lugar de Thiago, passando Artur para a zaga, e Gui Pira na lateral direita na vaga de Mailton. Não houve evolução tática, nem técnica, mas a Ponte acabou empurrando o Juventus para trás ao natural.
Foi na individualidade que arrancou o empate, em cruzamento de Elvis na medida para Matheus Jesus marcar de cabeça, aos 41 minutos do segundo tempo.
Para o desempenho do time como o todo, o empate até que ficou de bom tamanho. Por ter mais qualidade que a maioria dos adversários, às vezes a Macaca vai conseguir um resultado mesmo sem merecer tanto. Mas é preciso que o grupo tenha tenha em mente que nem sempre as coisas vão acontecer quando quiser.
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