Com lançamentos de Tom Brady, volante da Portuguesa Santista é destaque da Série A2 do Paulistão; VÍDEO
O volante Judá, de 24 anos, é um dos atletas que mais atuaram pela Portuguesa Santista neste Campeonato Paulista da Série A2. Titular absoluto, o jogador amazonense joga pela primeira vez no futebol paulista.
Presente em todas as partidas da Briosa, o camisa 8 é peça chave no esquema de jogo montado pelo técnico Sérgio Guedes. Em conversa com o 💥️ge, o jogador conta como tem sido atuar no que ele considera a ‘nata’ do futebol brasileiro.
1 de 3 Judá é o motor da Portuguesa Santista e um dos destaques da equipe na Série A2 do Paulistão — Foto: Douglas Teixeira/Agência BriosaJudá é o motor da Portuguesa Santista e um dos destaques da equipe na Série A2 do Paulistão — Foto: Douglas Teixeira/Agência Briosa
– Quando eu e meu empresário decidimos vir para São Paulo nós já sabíamos e esperávamos pela dificuldade do Campeonato Paulista. Aqui é o centro do futebol no Brasil, onde a maioria dos jogadores mais qualificados está. Toda essa expectativa serviu de alerta para eu me preparar e me dedicar ainda mais. Tive que ir além do que sempre treinei para estar em um nível maior. Procuro sempre evoluir para estar à altura dos demais.
A Portuguesa Santista briga pela liderança rodada a rodada com a Ponte Preta. O jogador analisa a campanha da Briosa e enaltece o grupo formado pelo treinador Sérgio Guedes.
– Nossa campanha se deve ao comprometimento de todos. Desde a apresentação, o grupo se comprometeu e fechou em busca dos objetivos da Portuguesa. A gente vem demonstrando isso, nosso time é muito focado e centrado no que quer. Temos ciência das nossas qualidades e não somos vice-líderes por acaso. É o resultado do trabalho de todos os atletas e comissão técnica.
O meio-campo formado por Judá, Nonato, Danilo, Carlos Alberto e Diogo Carlos tem chamado a atenção pela qualidade e entrosamento. De acordo com o volante, o estilo de jogo e as características dos atletas contribuem para o ótimo desempenho.
2 de 3 Judá enaltece o entrosamento do grupo da Portuguesa Santista — Foto: Douglas Teixeira/Agência BriosaJudá enaltece o entrosamento do grupo da Portuguesa Santista — Foto: Douglas Teixeira/Agência Briosa
– Jogar com eles é fácil, são jogadores inteligentes e dinâmicos. Nosso entrosamento melhora a cada treino e jogo. Além do que o Sérgio trabalha, nós também combinamos jogadas nos treinos e antes dos jogos, um passe por dentro, um lançamento e uma movimentação podem surpreender o adversário. Nós cinco somos muito próximos e conversamos muito sobre o jogo, o que podemos fazer e agregar para cada situação da partida. Cada jogo é uma história diferente e estamos cada vez mais visados. Por isso precisamos buscar melhorar para surpreender e quebrar a marcação, com uma bola trabalhada ou um bom lançamento.
💥️Tom Brady💥️ da Briosa
Especialista em bolas longas, Judá é uma espécie de quarterback da Portuguesa Santista. O volante tem números defensivos e ofensivos muito bons. O jogador de 1,84m de altura é um dos líderes de passes certos e lançamentos, além de ter duas assistências para gol na Briosa 💥️.
– Fui camisa 10 na base e assim comecei minha carreira. Com o passar do tempo eu fui baixando para segundo volante e volante, até por ser versátil e atuar em várias funções no meio-campo. Meu pai foi jogador profissional e sempre me incentiva a evoluir diariamente. Tenho uma boa saída de bola e me cobro demais para errar o mínimo de passe possível. Trabalho lançamento, finalização e tudo que treino é para me aproximar o máximo da perfeição. Fico muito agoniado quando erro, me incomodo mesmo. É impossível ser perfeito, mas trabalho para errar o mínimo.
Judá tem 674 minutos jogados, com duas assistências, 266 passes certos (86% de aproveitamento), 28 passes longos certos (57%), 105 duelos ganhos (55%), 24 interceptações e 34 duelos ofensivos ganhos (50%). Tirando os minutos jogados, os números levantados são referentes aos sete primeiros jogos. Fonte: Diego Blanco, analista de desempenho da Briosa.
Com passagens por Princesa-AM, Fast Clube-AM, Nacional-AM e Operário-AM, Judá foi um dos destaques do Amazonas na campanha que culminou no acesso da equipe para a Série C do Campeonato Brasileiro de 2023. Fã de Tony Kroos e Luka Modric, o volante tem no pai a maior inspiração no futebol e espera realizar todos os sonhos no esporte.
3 de 3 Judá é fã de Luka Modric e Toni Kroos, jogadores do Real Madrid — Foto: Fabrizio Neitzke/Agência BriosaJudá é fã de Luka Modric e Toni Kroos, jogadores do Real Madrid — Foto: Fabrizio Neitzke/Agência Briosa
– Minha inspiração no futebol é o meu pai Lico, ex-jogador no Amazonas. Desde criança, quando passei a acompanhá-lo nos estádios, tive a percepção de que seria jogador de futebol. Nunca foi fácil, ainda mais no Amazonas, onde o percentual de se tornar jogador profissional é muito baixo. Por isso tenho meu pai como herói. No futebol atual me espelho nos jogadores da minha função, Tony Kroos e Modric. Presto muita atenção na forma como eles atuam, se movimentam, passam e lançam a bola. Meu sonho é ter uma carreira de muitas conquistas, quero dar exemplo e deixar meu legado por onde passar. Na Portuguesa não é diferente, quero escrever minha história e realizar sonhos – revela o atleta, que faz questão de lembrar que sonhar é de graça.
– Todo jogador sonha disputar a Série A do Brasileiro, atuar na Europa e vestir a camisa da seleção brasileira. Não custa nada sonhar, o sonho é a dádiva da vida e quem não sonha não vive. Eu acredito no meu potencial e sei que posso conquistar os meus objetivos. Se Deus quiser e me abençoar, espero construir uma carreira bonita, atuando em grandes clubes.
‘Fominha’, o volante explica como é atuar em todos os jogos em uma função que exige muita entrega em campo e sempre está na ‘mira’ dos árbitros.
– Eu quero jogar todos os jogos, mas tem o cansaço e o desgaste que uma hora podem surgir, além da suspensão - que todo volante é sujeito. Nossa equipe é bastante ofensiva e os volantes às vezes ficam expostos, o que é normal num time que propõe o jogo. Mas sou um cara que me cuido muito fisicamente e não gosto de perder jogo. Quero estar à disposição para ajudar a Portuguesa sempre. Sei que uma hora a suspensão pode ocorrer, não tem como alguém ficar muito tempo sem receber cartão. Minha função é de pegada, a gente chega junto quando necessário e o árbitro pode entender que uma entrada é mais forte do que imaginamos.
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