A hora de Arthur: joia "pega atalho" no Fluminense com fim do sub-23 e se vê em adaptação ao Dinizismo
Em semana de clássico contra o Vasco, o escolhido para falar com a imprensa no Fluminense foi o jovem Arthur. O meia de 17 anos encarou a sua primeira entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira no CT Carlos Castilho. Mas o jogo, apesar do aspecto decisivo na briga pela classificação para a semifinal do Campeonato Carioca, ficou em segundo plano, até porque as chances do garoto jogar contra o rival ficam para os minutos finais.
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1 de 2 Arthur em ação no treino do Fluminense — Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FCArthur em ação no treino do Fluminense — Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC
Desde os nove anos no Fluminense e jogador mais jovem a jogar no time principal (estreou com 16 anos em 2023), Arthur acumula mais de 100 gols na base, já foi convocado para as seleções sub-15 e sub-17 e internamente é considerado a joia de maior potencial de Xerém dos últimos tempos. Nos planos do clube, o garoto nesta temporada seria aproveitado no sub-23, mas a categoria foi cancelada. Com isso, ele pegou um "atalho" para o profissional e vem sendo relacionado e entrando nas partidas com frequência pelo técnico Fernando Diniz. E está se adaptando à intensidade do Dinizismo:
- É um processo de adaptação, né? O professor Diniz não deixa o cara ficar na zona de conforto, isso é muito bom porque o jogador acaba evoluindo. Estou em um processo de adaptação, estou evoluindo, só que é mais complicado. Chegar em casa um pouco cansado, quer dar uma descansada, acaba que consegue fazer só três ou quatro refeições. Igual agora, se eu chegar em casa vou almoçar e dormir porque é um processo de adaptação e fica bem cansado - comentou Arthur na coletiva.
- Momento muito especial na minha carreira. O Diniz vem conversando diariamente comigo, me dando vários conselhos e me deixando bem à vontade, falando para fazer meu estilo de jogo, não ter medo de nada, se tiver que errar tem que errar. Estou bem confiante, feliz e trabalhando para em breve conseguir minha oportunidade.
- É um pouco diferente, sim, mas desde cedo sempre joguei em uma categoria acima, então é bem mais tranquilo para se acostumar. É bom para minha evolução, estou aprendendo cada dia mais. É continuar assim.
- Tudo tem o seu momento. Como sou tratado aqui sou normal, só que no dia a dia o Ganso, que é da mesma posição, tem me dado muita moral e me ajudado, como o André. Quando eu descer para o sub-20 tenho que ir com a mesma humildade, porque como eles estão me ensinando aqui também posso ajudar lá. O Felipe Melo, esses jogadores mais cascudos sempre conversam comigo e me ajudam da melhor maneira possível para evoluir.
2 de 2 Arthur em sua primeira entrevista coletiva no Fluminense — Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FCArthur em sua primeira entrevista coletiva no Fluminense — Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense FC
- Acho que é um sonho de todo jogador, né? Jogar um clássico, ainda mais fazer gol. Mas o professor Diniz sabe a hora que vai ter que me usar, ele está me preparando para o melhor momento que achar para eu entrar e dar conta do recado.
- Diniz não conversou comigo ontem nem hoje, mas semana passada, antes do jogo contra o Audax, ele conversou comigo e me deu bastante confiança. Falou para prestar atenção nas preleções, em tudo que ele estava falando, que a qualquer momento poderia entrar. Então estou me preparando bem nos treinos, prestando atenção em tudo porque a qualquer momento posso jogar.
- Grupo vem trabalhando muito forte, é um grupo muito unido e muito amigo. Estamos fazendo uma semana muito boa para se Deus quiser ganhar esse clássico e ficar bem no campeonato.
- Tenho lembrança sim na base, já ganhei em São Januário, em Laranjeiras, e agora se Deus quiser ganhar no Maracanã.
- Já vinha treinando aqui no ano passado, não como estou treinando agora, mas todos os jogadores têm o mesmo estilo. Tem uns que são mais na dele, uns que são mais resenha. Eu divido quarto com o Ganso quando viajo, então ele vem me ajudando bastante. Mas tem o Felipe Melo que parece ser um cara sério mas dá bastante moral para quem está vindo do sub-20. Então não tem ninguém que é maluco, não (risos), é todo mundo bem tranquilo.
- Estrada é longa, só eu e minha família sabemos o que nós passamos para chegar nesse momento. O jogo do Boavista foi bem emocionante para os meus pais, porque voltei a jogar de novo no profissional. A gente vem vendo que as coisas vem acontecendo, tenho que agradecer ao professor Diniz também, que é um cara que conversa bastante, me dá moral, me cobra quando tem que cobrar, mas me elogia. Agradecer aos companheiros também que me dão bastante moral e me ajudam, nesse momento de adaptação.
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