Abel é novamente perguntado sobre Endrick, brinca e abraça repórter: "Não vou responder"

O Palmeiras venceu o Água Santa por 1 a 0, na manhã deste domingo, em Diadema, pela oitava rodada do Campeonato Paulista, mantendo a invencibilidade e a liderança na classificação geral. Rony, no segundo tempo, marcou o gol da vitória fora de casa.

Abel Ferreira promoveu cinco mudanças no time titular. Entraram Mayke, Luan, Jailson, Fabinho e Giovani. A vitória e a manutenção da invencibilidade no estadual parecem não iludir o treinador na sequência da temporada.

– Isso não significa nada, é uma vantagem e nada a mais do que isso. Nós continuamos tendo uma boa atitude competitiva, sendo onde e contra quem for, com chuva ou sol, gramado bom ou ruim, mantermos nosso comportamento e trocar jogadores dando dinâmicas à equipe. É muito gostoso ser treinador dessa equipe, poderíamos perder o jogo aqui, mas se mantivermos essa atitude o orgulho que tenho deles é o mesmo, somos uma equipe competitiva, mas não vamos ganhar sempre e cada jogo que passa sinto essa vontade dos adversários de nos derrotarem. É notório pela quantidade de faltas que o Água Santa fez, mas temos que estar preparados para isso. Nossos adversários irão dar a vida e temos que manter essa atitude.

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Abel Ferreira foi novamente perguntado sobre o desempenho de Endrick. Ao contrário da última entrevista coletiva, quando se irritou com o repórter, o técnico pediu um abraço ao jornalista antes de dizer que não gostaria de responder a pergunta.

– Pode me cumprimentar, as pessoas dizem que sou arrogante quando não quero responder, vem cá me dar um abraço. As pessoas aqui ficam ofendidas com coisas que me deixam triste perceber, não é porque eu não respondo uma pergunta que devem se ofender, eu tenho direito a minha opinião como você tem direito a sua. Não são fatos, são opiniões. Me perdoe, mas não vou responder essa pergunta.

1 de 1 Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Água Santa — Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Água Santa — Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Agora com 20 pontos em oito rodadas, sendo seis vitórias e dois empates, o Verdão segue com 100% de aproveitamento como visitante.

Na próxima rodada, o Palmeiras jogará novamente fora de casa, desta vez contra o Corinthians, na quinta-feira, às 21h30 (de Brasília), na Neo Química Arena.

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– Posso lhe dizer que no meio disso tudo o mais prejudicado é o Zé Rafael, um jogador que logicamente em função da posição que está vai chegar menos na área, é um jogador que gosta de chegar e vai ter que chegar em uma segunda linha. É um jogador que nos dá uma tranquilidade muito grande, consegue preencher o espaço e sabe o momento que precisa guardar. O Menino e o Jailson são jogadores de mais pegada, que gostam de sair mais para o jogo. O Zé, muito pela maturidade e competência competitiva que tem, agradeço por esse sacrifício em função da equipe. O clube vai saber reconhecer esse esforço, a equipe precisa de algo que ele não gosta tanto de fazer, mas verdade é que entre os que temos neste momento, eles são jogadores que precisamos rodar para buscar opções, mas precisamos ter um jogador nessa estrutura de equilíbrio. O Fabinho entrou e jogou bem, fico feliz por ter jogadores que querem ser proganonistas no meio-campo e que entram para ajudar.

– Determinados jogadores mudam as características do jogo, o Giovani é mais agudo e o Tabata é um armador mais por fora, é um jogador que ataca a profundidade. O Dudu jogando com Navarra, López ou Endrick, são jogadores que dão coisas diferentes ao time. Nossa estrutura não varia muito, mas somos criativos o suficiente para fazermos coisas diferentes. Os jogadores olharem e entenderem o que o jogo está a pedir e pensar como treinadores dentro do próprio campo, mostra a maturidade dessa equipe. Nos nos garante nada, mas como disse, podemos perder o jogo, mas a atitude e empenho tem que ser esse.

– Foi um incidente rápido no campo, mas as duas comissões e os jogadores entenderam que ali ficou tudo resolvido e a vontade de ganhar muitas vezes tem isso. O capitão e a equipe deles foi muito agressiva, lembro de uma falta que fizeram no Dudu que poderia ser vermelho, mas quando tu permite deixa o jogo mais agressivo. São coisas que acontecem e rapidamente ficam resolvidas.

– Os treinadores costumam dizer que são boas dores de cabeça, melhor ter opções do que não ter. Quando não se tem é mais complicado. Eu teria que falar muito sobre isso, um dia que não for mais treinador do Palmeiras, estiver desempregado eu falo com vocês sobre isso, nós temos casas e espaços. Se tivermos espaços ocupados, temos que entender que há uma responsabilidade dentro do jogo. Essa equipe pensa o mesmo o tempo todo, o difícil em uma equipe que está em construção dentro das características do jogo. Eles entendem isso, têm a mente e o coração abertos. Quando querem comer a cereja do bolo, mas entendem que só vai ter um canudinho. Muitas vezes os jogadores pensam o que é preciso fazer para se destacar, digo que quando fizerem o que for preciso para ajudar a equipe. Vejam o Dudu, que entende que precisa defender e atacar. Hoje estava vendo um resumo do PSG e vimos o resultado, perguntei a eles se era apenas falta de talento. Não é só falta de talento, mas fico por aqui.

– Nós chegamos no intervalo e mostramos imagens do jogo, hoje a tecnologia é extraordinário e o clube nos dá tudo que pedimos. Eles entenderam o que era necessário, Dudi e Giovani abrir para os lados e puxar os três jogadores para ganharmos espaço. Muitas vezes é fazer isso, em outros momentos nos bloquearam bem, gosto de equipes que nos geram dificuldades e isso nos faz crescer.

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