Ceni valoriza vitória, mas lamenta excesso de lesões no São Paulo: "Podemos render mais"
O técnico Rogério Ceni valorizou muito a vitória do São Paulo por 3 a 1sobre o Santos, neste domingo, no Morumbi, em meio a um mar de lesões no elenco.
O São Paulo começou o jogo sem 12 jogadores à disposição, já contando Rodrigo Nestor e David, os últimos da lista. Além disso, durante o clássico, ainda teve preocupações com Alan Franco, Welington e Orejuela, que têm dores e serão reavaliados durante a semana. Para Ceni, são fatores que dificultam uma melhor sequência do Tricolor.
– Quando tenho todos, como no jogo contra o Palmeiras, contra uma equipe grande, fizemos bom jogo. Quando não temos à disposição, fica difícil. Eu peço características de jogadores, e a direção traz o jogador com a característica que eu preciso. Assim é montado o elenco. Quando pede jogadores que são importantíssimos para o teu sistema, as vezes não consegue jogar, improvisar. Nathan fez dois treinos e jogou. Belem subiu agora e precisou jogar. Estou satisfeito com o empenho e dedicação, e lamento as lesões. Amanhã podem ser 15 ou 16 fora, isso foge do controle, ai se torna mais difícil. Pelo que precisa de resultado.
– No geral, podemos render mais, mas para render temos que ter todos aptos a treinar. Teremos concorrência maior, qualidade maior. Sem isso, Calleri tem que jogar dois, três jogos, e corre risco de lesão. Vai correr risco de lesão, a falta de sorte que tivemos foi ter muitos jogadores lesionados – destacou Ceni.
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Rogério Ceni em São Paulo x Santos — Foto: Marcello Zambrana/AGIF
Neste domingo, por exemplo, o técnico teve de promover a estreia do garoto Matheus Belém, único zagueiro que estava à disposição no banco de reservas, mesmo sem sentir que o garoto de 19 anos estava 100% apto.
– Se tivermos os jogadores do departamento médico com chance de treinar, vamos ter um time mais compacto, completo, time que vai entregar mais. Se não recuperarmos, a tendência é que oscile mais. Se Welington machucar, fica com jogador improvisado. Terminamos o jogo com Caio Paulista, Belém, Beraldo e Nathan. Defesa nova e que nunca treinou junta, é normal ter oscilação. Se tiver Diego, Arboleda de volta, junto com Alan e Beraldo, tenho como treinar. Não consigo treinar a defesa.
– Amanhã tenho um zagueiro para treinar, o Belém. Pelo número de lesionados, não temos como treinar. Não conseguimos. Se eu tiver oito jogadores para trabalhar amanhã é muito. (...) É o elenco que nós temos. Não dá para trabalhar muito, tem que tentar classificar primeiro e recuperar jogadores. Obtendo a classificação, temos que ter o time mais inteiro. Se não tivermos o time mais inteiro, a chance de não conseguir passar é maior. Foi importante a vitória, a briga pela segunda posição, decidir a semifinal no seu domínio, é importante.
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Agora, o São Paulo volta a campo na quarta-feira, quando recebe a Inter de Limeira no Morumbi, às 21h35 (de Brasília), pela 9ª rodada do Paulistão.
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– Temos uma dupla de zaga, os dois zagueiros jogam todos os jogos. Alan tirei porque a perna estava pesada, preferi não arriscar. (...) Para contatar jogador do dia para noite, não é tão simples. Quase todos os jogos, Araraquara encharcado, hoje encharcado de novo. Corinthians também. Estamos jogando em campos pesados e com poucas trocas. Linha de defesa temos poucas trocas. Vamos ter no ataque. Tendência é de que as lesões aumentem. Precisamos ganhar quarta, se repetir os jogadores, mais lesões vão acontecer.
– Lembro de jogar para 300, 900 pagantes. Estou falando de 20 anos atrás, nem chegamos no Cilinho. O pós-pandemia mudou. As pessoas perderam esse contato, as pessoas aproveitam mais, desfrutam mais. Momento difícil aproxima o torcedor do time. O momento que ganha sempre, chama a atenção. Antigamente, jogava clássico com 15 mil pessoas, 12 mil, em horários ruins como hoje, com chuva. Essa relação mesmo na dificuldade, no momento difícil do clube, foi talvez o maior ganho que o clube teve. Os caras estão ali e é reconhecimento que temos.
– Não conseguimos às vezes entregar o que esperam, vem dificuldade de formação de elenco, dificuldades. Torcedor vem sendo parceiro nosso. Tem sido o maior ganho a presença do torcedor, em jogos que não têm tanto valor em um campeonato regional, ele está aqui e firme, forte.
– São caras que gosto muito de trabalhar. É um grupo tranquilo. O grupo em comportamento é muito bom. Quando perde, o ambiente é sempre bom, todo mundo fica chateado, claro. Com raríssimas exceções, não vai estar com a cara tão boa de quem jogou. Gabriel Neves estava no vestiário, disse que estava triste por não escalá-lo. Nada pode se sobrepor à alegria do grupo e ao resultado. Não pode jogador sair chateado com a vitória. Tem que cada um dar sua colaboração.
– Existe essa rotação. Espero arrumar uma vaga para o Neves no próximo jogo. É natural ter alguém mais insatisfeito. Nenhuma insatisfação pode se sobrepor a alegria de uma conquista. A grande maioria do elenco é ótima, são bons meninos. Ferraresi está lá todos os dias, brinco com ele todo dia se não vai voltar para quarta. Esse ambiente é bom. Ele optou por esses amigos próximos, que não deixa de estar junto com ele. Mesmo lesionado tem sido um cara alegre e que agrega bastante ao grupo.
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