Análise: dependente de Renato Augusto, Corinthians precisa resolver problemas antes de Dérbi

O resquício de empolgação do torcedor neste começo de temporada do Corinthians parece ter ido todo pelo ralo depois de dois jogos muito aquém do esperado. A derrota para o São Bernardo seguida de um empate sonolento com a Portuguesa por 0 a 0 frearam os mais otimistas.

O Corinthians até tem boas notícias para o Dérbi da próxima quinta-feira, contra o rival Palmeiras, mas precisará corrigir uma série de coisas para conseguir vencer um time que está melhor organizado.

O volante Maycon pode voltar a ser relacionado para o clássico, o lateral-direito Fagner retorna depois de cumprir suspensão, Fausto Vera voltou a jogar 90 minutos... Mas nada suficiente para devolver ao torcedor a pitada de otimismo que chegou a reluzir quando o Timão embalou três vitórias seguidas.

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Portuguesa x Corinthians — Foto: Ana Canhedo 1 de 2 Portuguesa x Corinthians — Foto: Ana Canhedo

Portuguesa x Corinthians — Foto: Ana Canhedo

Contra o São Bernardo, Renato Augusto, que havia sido preservado, fez uma enorme falta ao meio-campo do Corinthians, que pouco mostrou diante de um rival dominante no estádio 1º de maio. A derrota, na ocasião, mostrou que o time precisaria do jogador para vencer a Lusa em Brasília.

O jogo no Mané Garrincha chegou, e a titularidade voltou para o meia. Um pouco fora de ritmo, Renato sentiu o começo do jogo, e o lado esquerdo, por onde gosta de jogar, pouco funcionou. O camisa 8 saiu de campo furioso, decepcionado e voltou para o segundo disposto a jogar bem mais.

O Corinthians pouco fez na etapa inicial. Alguns lampejos de Yuri Alberto, alguns bons lances de Fausto Vera, mas, no geral, muitos erros individuais, pouca criatividade coletiva e um jogo sonolento para os mais de 26 mil presentes.

Renato melhorou, cresceu na partida, trocou para o lado direito, se movimentou no meio-campo, orientou Róger Guedes, Adson, inverteu bolas, apareceu na área, mas nada foi suficiente para que, mesmo com a ajuda do cérebro em funcionamento do time, o coletivo andasse.

O Corinthians é absolutamente dependente da lucidez de seu meio-campista. Quando Renato pensa, o Timão pensa. Quando ele para, o time para.

Renato Augusto em Portuguesa x Corinthians — Foto: Mateus Bonomi/AGIF 2 de 2 Renato Augusto em Portuguesa x Corinthians — Foto: Mateus Bonomi/AGIF

Renato Augusto em Portuguesa x Corinthians — Foto: Mateus Bonomi/AGIF

O Corinthians tem pequenas missões para o Dérbi. A primeira delas é dar uma resposta após duas partidas ruins fora de casa. Se longe da Neo Química Arena o Timão joga mal, dentro dela tem a obrigação de mostrar um futebol melhor, principalmente diante de seu arquirrival.

Lázaro também pode pensar em voltar com Roni para o time. O volante estava pendurado e não atuou diante da Portuguesa. "Cão de guarda" da defesa, vive uma fase melhor do que a de Du Queiroz e, estando em campo, possibilita a Fausto Vera atuar com mais liberdade, como segundo volante.

Conseguir fazer o jogo virar mais também é uma pequena missão a ser cumprida, que pode ser facilitada com o retorno de Fagner. É comum as viradas de jogo de Renato da esquerda para direita para achar o lateral com facilidade para chegar ao ataque.

Contra a Lusa, Rafael Ramos passou longe de corresponder. Equilibrar as forças entre o time titular e os reservas quando precisam ser acionados também será importante, não só para o Dérbi, mas para a sequência do ano, já que Lázaro diz estar feliz e satisfeito com o elenco que tem em mãos.

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Dentre os já citados, a principal missão talvez seja impedir que o lado esquerdo seja neutralizado como foi no primeiro tempo pela Portuguesa. Quem explicou foi o próprio técnico da Lusa, Gilson Kleina, depois da partida. Sem o lado esquerdo funcionando, o Corinthians de Lázaro fica pobre.

– A bola quando entra no Renato Augusto ou no Róger Guedes a gente sabe que vem com leitura diferenciada dos dois. Sabem fazer inversão, tem o um para um, como o Guedes, se aproximam para fazer conexão e então finalizar. Neutralizamos esse lado, então o jogo passou a ser um pouco mais para o lado de Yuri Alberto e Adson, que jogou de fora para dentro. Quando encaixamos a marcação, tivemos uma transição e uma tomada de decisão melhores – explicou Kleina.

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