Análise: Fluminense conta com brilhos de Cano e Fábio e tem mais sorte que juízo no clássico

O golaço de Cano já está sacramentado na história dos clássicos entre Fluminense e Vasco e ninguém tira isso do artilheiro tricolor. Só que o lance no fim da partida quase esconde que o time de Fernando Diniz foi para o intervalo no lucro ao ver o 0 a 0 no placar e levou sufoco no segundo tempo. Fábio salvou o Flu com três defesas difíceis (duas no primeiro tempo) e Cano acertou duas das cinco finalizações que tentou e 💥️resultaram no 2 a 0.

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Na entrevista coletiva, o técnico tricolor reconheceu que 💥️a escolha para escalar Arthur no lugar do poupado Ganso foi equivocada. Ele, aliás, classificou o primeiro tempo como um dos piores que já teve desde que voltou ao Fluminense. No primeiro jogo do garoto de 17 anos como titular na equipe principal, parece que ele sentiu. O clássico pegado não deu espaço para uma das joias de Xerém. Atuando apenas na etapa inicial, ele errou seis passes, metade de Arias, que foi quem mas teve passes incompletos no lado tricolor.

Mas essa análise não quer e nem vai focar somente no jovem. O Fluminense, como um todo, não ameaçou o Vasco no primeiro tempo e só teve uma finalização, de Keno, que saiu mascada e a zaga cortou antes mesmo de a bola chegar na pequena área.

Do outro lado, o rival colocou a defesa tricolor para trabalhar e chegou com perigo quatro vezes, com Fábio defendendo duas e outras duas que passaram perto. Por mais que tivesse mais posse de bola, o Fluminense não agredia e novamente faltou à equipe ataques mais contundentes, além de ter dado espaço nas costas da defesa, numa das armas que o Vasco tinha para a partida: transição.

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Cano comemora vitória do Fluminense sobre o Vasco — Foto: André Durão 1 de 2 Cano comemora vitória do Fluminense sobre o Vasco — Foto: André Durão

Cano comemora vitória do Fluminense sobre o Vasco — Foto: André Durão

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A entrada de Lima no lugar de Arthur deu mais consistência ao meio de campo tricolor. A bronca de Diniz no intervalo surtiu efeito e o Flu passou a tentar atacar mais pelo lado direito. Apesar de ainda sofrer com as investidas vascaínas, o time não foi dominado como no primeiro tempo, até porque conseguia ameaçar também.

O próprio camisa 45 teve a primeira chance mais perigosa após belo passe de letra de Martinelli. O volante, aliás, mostrou bom futebol no clássico, ajudando a distribuir o jogo, principalmente no segundo tempo. Aí veio o gol.

Arias tocou para Samuel Xavier na ponta direita, lado que teve bastante protagonismo em 2022. O lateral cruzou, Keno tentou o domínio mas a bola escapou e sobrou para Cano, que, livre, não teve pena. A partir daí, o Fluminense buscou ter mais controle do jogo e Diniz lançou Yago Felipe no lugar do machucado Keno.

Léo Jardim, goleiro do Vasco, no momento do gol do Cano para o Fluminense — Foto: André Durão 2 de 2 Léo Jardim, goleiro do Vasco, no momento do gol do Cano para o Fluminense — Foto: André Durão

Léo Jardim, goleiro do Vasco, no momento do gol do Cano para o Fluminense — Foto: André Durão

O Vasco voltou a ter chances de perigo, Fábio precisou fazer mais uma defesa difícil em chute de Nenê e duas bolas quase beliscaram a trave. O Flu foi segurando, até que o evento histórico aconteceu.

Felipe Melo roubou a bola na linha da grande área e ela ficou com Martinelli, que tentou encontrar André de primeira, mas De Lucca chegou antes. Ele tocou de cabeça para trás e Rodrigo passou para Miranda. O volante pegou o zagueiro no contrapé e ficou tudo perfeito para Cano, que olhou para o goleiro rapidamente e, sem nem dominar, emendou um balaço de canhota. Daqueles lances que você lembra exatamente onde estava quando aconteceu.

Claro que o gol de Cano tem que ser glorificado e vai servir para muita zoação entre os torcedores. Mas considerar que a vitória é a única coisa que importa num time de Fernando Diniz - que tanto encantou em 2022 - não é algo a ser feito. O Flu pecou bastante no primeiro tempo e o técnico mesmo comentou que a culpa da etapa inicial deve ser creditada a ele. A equipe foi dominada e teve sorte em sair sem levar gol, o que serve de aprendizado. Às vezes também se precisa de sorte para construir um time vencedor e é sempre melhor aprender ganhando.

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Agora, o Fluminense vai ter um respiro. A vitória no clássico dá uma tranquilidade maior para Fernando Diniz trabalhar pelos próximos 12 dias sem jogos do Tricolor. A equipe se reapresenta na quarta-feira, quando treinará pela manhã, em preparação para o jogo com a Portuguesa, marcado só para o dia 25 de fevereiro, no sábado depois do Carnaval. O Flu é o segundo na Taça Guanabara, mas ainda pode ver a posição na tabela mudar já que os adversários tem um ou dois jogos a menos.

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