Paiva diz que expulsão não justifica goleada para o Sport e avalia trabalho no Bahia: "Tranquilíssimo"

O Bahia teve uma noite desastrosa em Recife e perdeu por 6 a 0 para Sport, nesta quarta-feira, pela 5ª rodada da Copa do Nordeste. O Tricolor teve o lateral-esquerdo Ryan expulso logo aos 14 minutos, sofreu o primeiro gol na sequência e viu o adversário aumentar o domínio na partida para ampliar o placar💥

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Renato Paiva, técnico do Bahia, em entrevista coletiva — Foto: Gabrielle Gomes 1 de 1 Renato Paiva, técnico do Bahia, em entrevista coletiva — Foto: Gabrielle Gomes

Renato Paiva, técnico do Bahia, em entrevista coletiva — Foto: Gabrielle Gomes

Na entrevista coletiva após a partida, o técnico Renato Paiva avaliou que o adversário soube se adaptar melhor ao jogo, realizado em um gramado encharcado pela forte chuva que atingiu Recife.

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- Jogo fácil de explicar. Uma equipe que se adaptou de imediato ao estado do terreno, jogou com bolas longas e superou nosso meio de campo. E outra equipe que quis jogar como se joga, apesar dos avisos, dentro do terreno, que é impossível jogar desta forma e fomos trazendo a pressão do adversário para cima de nós. Não conseguimos jogar com bolas longas. Mas os jogadores têm que perceber, e foi alertado antes e depois do aquecimento, que as condições não estavam favoráveis ao nosso jogo. O Sport adaptou-se melhor ao terreno e começou a tomar conta do jogo.

- Depois, aos 15 minutos, em situação de coisa que não se deve fazer e não se treina...Mas temos que estar preparados para os erros de jovens. E a partir da expulsão o adversário começou a jogar no nosso erro. E depois, segunda situação, outro erro, e o pênalti, e a partir daí a equipe se desencontrou e nunca mais se acertou. O adversário tomou conta do jogo, com qualidade e experiência, fez três gols de bola parada, dois de bola jogada. Num jogo onde nós nunca estivemos, pois a expulsão condicionou bastante, mas que não sirva de desculpa, antes da expulsão não estávamos bem no jogo - completa.

Apesar do peso da expulsão de Ryan, o técnico do Bahia reconheceu que a saída do lateral não justifica o placar elástico sofrido pela equipe tricolor.

- É claro que estamos com dificuldades defensivas, é claro que em situações mais adversas, em que há mais experiência do outro lado, a equipe sofre. Nós começamos bem a temporada, com jogadores mais experientes. Neste momento estamos jogando com jovens. Neste momento, jogos de três em três dias. Jogamos com laterais mais rápidos porque o Sport joga muito por fora, com quatro, cinco jogadores na nossa última linha. Mas tudo precisa de tempo, tem que ter tempo. O problema é quando não se aprende com os erros. O Bahia não deve sofrer resultados como esse, temos que continuar a trabalhar, estamos conscientes dos problemas defensivos e vamos continuar a trabalhar.

Com o resultado, o Leão da Ilha repetiu um placar que só havia ocorrido duas vezes na história do confronto, ambas a seu favor: em 1959 pela Taça Brasil e em 1956, no Torneio Pernambuco-Bahia. Também foi a derrota mais dura na carreira de Renato Paiva, que comentou sobre continuidade do trabalho no clube.

- Tranquilíssimo sempre e equilibrado. Consciência do meu trabalho é que me define, estamos fazendo o que podemos e sabemos para melhorar a equipe. Temos que saber viver com essas goleadas, foi a maior da minha carreira como treinador, sofri 5 a 0 pelo Independiente contra o Palmeiras. Temos que tirar lições delas. Não gostamos, mas há uma coisa que é certa, quando o Renato Paiva sentir que é um problema, vai embora. No México eu pedi demissão porque senti que naquelas condições eu não ia ser a solução. Como eu sinto que eu não sou o problema, vou continuar. Vamos fazer essa avaliação amanhã [sobre time que vai enfrentar o Itabuna], como chegam e estão os jogadores, olhar a distância para o jogo da Copa [do Brasil], e vamos tomar uma decisão.

Após o duro resultado, o Bahia volta a concentrar as atenções no Campeonato Baiano. Neste domingo, o Tricolor enfrenta o Itabuna, pela última rodada da primeira fase, às 16h (de Brasília), no Estádio Ribeirão, em Canaã.

💥️Mudanças no time
- Equipe técnica trabalha num contexto que não é fácil, que é novo, em construção, equipe muito jovem e inexperiente e que está a fazer seu caminho. Erros que fazem parte no crescimento. Depois, tiramos Everaldo para jogar com mais mobilidade com Biel, jogador rápido, procurar o espaço. E mesmo assim, nós mantemos a bola no chão ao invés de buscar o espaço como nós tínhamos pedido. Queríamos mobilidade com o Kayky e Biel, exatamente para procurar o espaço, não conseguimos, somamos erros. Chegamos com alguma qualidade na primeira parte, mas na segunda parte piorou. Tinha que tirar jogadores que tinham amarelo. A partir daí as opções foram essas, Diego Rosa para concentrar mais o meio em nível defensivo, o Mugni igual, mas chega a um determinando momento que se percebe que a equipe está perdida, que não consegue responder, a partir daí é tentar tranquilizar ao máximo possível e esperar que o jogo acabe.

💥️Pressão fora de campo
- Não funciono de fora para dentro. Funciono com as minhas convicções, minhas ideias e com as ideias da estrutura. O torcedor reage às vitórias ou às derrotas. O torcedor hoje crucifica o Ryan, mas já disse que era o melhor. Sentimos as derrotas, analisamos, sentimos o que passou, mas não vou crucificar em função da opinião. Quando ganha é muito bom, quando perde é muito bom. Peço desculpas, mas isso para mim não conta. O torcedor tem direito a tudo. Pedem volantões, hoje o Miqueias jogou de volantão como joga o Rezende porque sentimos que era importante estancar uma zona por causa do Vagner Love e do Jorginho, que flutuam ali. E o Miqueias treinou muitas vezes assim. O Cauly foi sua estreia, o torcedor não está habituado. Não vou entrar nesse espiral, esse não é o nosso trabalho.

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