Em crise de confiança, Flamengo finaliza menos do que os rivais dos quatro jogos grandes de 2023

O Flamengo vive crise de confiança e isso está exposto em semblantes após fracassos e no repetido discurso "de que é preciso fazer mais". Internamente, os atletas têm admitido o quanto cada ataque adversário provoca intranquilidade em toda a equipe. 💥E curiosamente nos quatro confrontos "à vera", os que valeram alguma coisa de fato em 2023, o time foi superado em finalizações.

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Apesar de ter marcado nove gols no recorte citado anteriormente - contra Palmeiras (3x4), Al Hilal (2x3) e Al Ahly (4x2), o time pouco machucou o adversário. Foram apenas 💥39 finalizações no quarteto de duelos decisivos da temporada: 💥️12 diante dos paulistas, 💥️10 contra sauditas e egípcios (cada) e apenas 💥sete no confronto disputado na terça-feira de Carnaval.

Na derrota por 1 a 0 para o Independiente del Valle, o Flamengo sofreu um verdadeiro bombardeio: segundo o scout da TV Globo, 💥foram 25 finalizações dos equatorianos.

Independiente del Valle x Flamengo Recopa — Foto: EFE/ José Jácome 1 de 1 Independiente del Valle x Flamengo Recopa — Foto: EFE/ José Jácome

Independiente del Valle x Flamengo Recopa — Foto: EFE/ José Jácome

💥️Bola queimando no pé dos rubro-negros

Chamou atenção também a posse de bola do Flamengo em Quito: 43%. Por repetida vezes no segundo tempo, os rubro-negros rifavam a saída, ora em tentativas de ligação direta ora em simples erros de comunicação, por exemplo.

Em entrevista após a vitória sobre o Al Ahly na disputa do terceiro lugar do Mundial de Clubes, vitória esta aliás conquistada com atuação bem abaixo do esperado, Gabigol sugeriu exatamente 💥a posse de bola como um caminho para o 💥Flamengo💥 atenuar esse momento total instabilidade defensiva.

- Acho que é como um todo, não é só a parte de trás. É também a parte da frente. Dependendo do time que a jogue contra, a gente tem que ajustar melhor isso. Na minha opinião, um jeito de marcar menos é ter mais a bola. Ter a bola, trabalhar de um lado para o outro, como já fizemos em alguns momentos, e vamos poder sofrer menos - afirmou o camisa 10 no último 11.

Não só na primeira partida da Recopa Sul-Americana o Flamengo foi tímido na posse de bola. Contra Palmeiras, Al Hilal e Al Ahly teve 57%, 55% e 50% respectivamente. Ou seja, em nenhum desses jogos conseguiu colocar rivais na roda, algo que fez em boa parte das temporadas pós-2019.

Se Gabigol tem um ponto para se cansar menos com ataques adversários, Everton Ribeiro pede reflexão ao grupo para descobrir o que tem feito o time sofrer tanto. Ao analisar o péssimo segundo tempo da equipe contra o Del Valle, disse ser urgente a identificação do problema, que, em sua visão, segue em aberto.

- A equipe deles conseguiu nos neutralizar e nos colocar para perto do nosso gol. Isso é perigoso. A gente conseguiu ficar vivo ainda para o jogo em casa, poderia ser pior o resultado. Mas a gente tem que ver o que está acontecendo para poder acertar logo. Temos condições, mas sabemos que temos que fazer melhor - afirmou o capitão.

💥️O contraponto de VP se aplica às partidas decisivas?

. Com essas palavras, Vítor Pereira amenizou o grande número de finalizações do Independiente del Valle - 25 contra 7 do Flamengo.

A análise do treinador é coerente e se aplica a praticamente a todos os quatro jogos decisivos. Contra o Palmeiras, por exemplo, o placar de chances claras ficou em 5 a 3 para o Flamengo. Diante do egípcios do Al Ahly, 5 a 2 para os rubro-negros. Na última terça-feira, 2 a 1 para os cariocas. A exceção foi o jogo com o Al Hilal, em que os sauditas tiveram quatro, e o Fla, três.

Os números acima foram retirados do site Sofascore.com.

Leitura correta à parte, o que o Flamengo precisa urgentemente é acertar seu sistema de jogo. São 12 jogos, um mês e meio de trabalho, e um time sem identidade. Ainda não tem a cara de Vítor Pereira e também já se desconectou do que fazia com Dorival Júnior. Como disse o capitão Everton Ribeiro, não há espaço para a desculpa "de que não há tempo". 💥A obrigação rubro-negra é óbvia e direta: vencer e convencer. Triunfos sem padrão não apagarão a desconfiança da torcida.

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