Análise: Derrota para o CRB expõe fragilidades, e sequência medirá aonde o Santa Cruz pode chegar

A derrota para o CRB, em Maceió, quebrando uma invencibilidade de 12 jogos, nem de longe seria impensável para o Santa Cruz. Afinal, há discrepâncias técnicas e financeiras relevantes entre um time que figura, hoje, no porão do futebol brasileiro, a Série D, e outro que está duas divisões acima.

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CRB x Santa Cruz — Foto: Francisco Cedrim/AGIF 1 de 1 CRB x Santa Cruz — Foto: Francisco Cedrim/AGIF

CRB x Santa Cruz — Foto: Francisco Cedrim/AGIF

Dito isso, o revés no Rei Pelé, embora não seja um ultimato, traz consequências - e questionamentos - a longo prazo para o técnico Ranielle Ribeiro. Como, por exemplo, a sustentação do seu trabalho após a dura e decisiva sequência de jogos que o time terá fora de casa. Dos próximos cinco, apenas um em mando de campo tricolor, o Arruda.

Sendo dois deles, diga-se, vitais para o calendário 2024 e para o bolso do Santa Cruz no ano. O primeiro, contra o Retrô, já neste sábado, pelo Estadual; o outro, contra o Democrata-GV, pela primeira fase da Copa do Brasil, três dias depois, e que vale R$ 900 mil pela classificação.

O Tricolor ainda encara Sampaio Corrêa (em casa), Ferroviário (fora) e o clássico contra o Sport (fora).

Mas, ainda que natural se pensar no médio e longo prazo, o momento presente deve ser o farol de correção. Porque após um bom início de temporada, o Santa Cruz tem mostrado, hoje, mais fragilidades que virtudes.

Não que não possa estar suscetível a oscilações - seria cobrar demais para um time na Série D -, mas porque pouco evoluiu desde as apresentações positivas no começo do ano, à altura do que o clube necessita.

O Santa Cruz construiu sua invencibilidade por mérito, claro, mas também (e sobretudo) a duras penas, com muitos empates - sete em 12 jogos - e algumas intervenções importantes de Geaze. A exemplo das defesas no jogo contra o Vitória e no minuto final da partida com o Petrolina, quando o duelo terminou em 0 a 0.

Diante do CRB, entretanto, o cenário foi de choque de realidade contra um adversário que fez valer a superioridade por estar em uma Série B de Brasileiro. O time pernambucano, passivo, sequer jogou no primeiro tempo, concentrando as escassas ações ofensivas em Pipico.

Em pouco mais de 30 minutos, por exemplo, os donos da casa chegaram 12 vezes ao gol tricolor, que nada fez. Ranielle reconheceu.

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- Não podemos repetir esse comportamento, principalmente no sábado, já que o Pernambucano hoje é a nossa principal competição, ainda mais contra um adversário direto e muito forte, o Retrô. E ainda mais na próxima terça-feira, no jogo em Governador Valadares, pela Copa do Brasil - completou.

A despeito das adversidades, o Santa Cruz precisa mostrar, ainda, sua melhor versão. Dentro das limitações, entregar mais, ao passo que a torcida eleva o tom nas cobranças - da diretoria à comissão técnica.

Na busca por uma solução, pode, inclusive, olhar para o próprio retrovisor como alternativa: o segundo tempo diante do CRB, quando encontrou o gol, teve oportunidades para chegar ao empate, e quis o jogo. Há tempo para isso, mas é a sequência dos próximos jogos que vai ditar aonde o Santa Cruz pode chegar.

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