Luís Castro reclama de arbitragem de Botafogo x Flamengo: "Peça de teatro"
As reclamações sobre a arbitragem do clássico contra o Flamengo seguem repercutindo no Botafogo. Ao falar sobre a derrota por 1 a 0 para o rival, o técnico Luís Castro criticou o comportamento do árbitro e chamou a partida de "peça de teatro".
- Não fomos tratados de forma igual. Porque o árbitro fugiu dos jogadores do Flamengo não dos meus. Venha alguém aqui e explique. Por que só falam dos meus jogadores? Meus jogadores precisam de psicólogo. Só eles? Porque quem comanda o futebol não precisa? Não vim aqui só pra ganhar meu dinheiro e dizer nada - disse.
- Acho que o jogo tinha que ter acabado aos 5 minutos. Porque vi o árbitro correr a frente dos jogadores do Flamengo. Não vi ele correr dos meus jogadores, vi ele enfrentar. Pra mim foi uma peça de teatro aquele jogo. No fim teve um pênalti que não foi marcado e nem vi o VAR marcar. Comportamentos geram comportamentos - emendou.
1 de 1 Luís Castro em treino do Botafogo — Foto: Giba PerezLuís Castro em treino do Botafogo — Foto: Giba Perez
Apesar da bronca com a organização do jogo, o treinador também assumiu responsabilidade pelos erros da equipe, que prometeu evoluir para o restante da temporada. A começar pelo próximo desafio, a estreia na Copa do Brasil.
O Bota encara o Sergipe, fora de casa, em jogo eliminatório, na próxima quinta-feira, às 20h (de Brasília). Castro colocou a competição como uma das prioridades do clube nessa temporada.
- Jogo perigoso, os estaduais têm mostrado isso em todo Brasil. Favoritismo é uma palavra que não existe. Temos que jogar e vencer. A Copa do Brasil é uma competição muito importante para o Botafogo e para todo o Brasil. Sabemos que é um jogo muito importante para nós.
💥️Lado psicológico da equipe
Aproveito o momento para agradecer a torcida, pela forma que tem nos puxado em momentos muito difíceis. Tem sido uma ajuda preciosa. Também agradecer a todos os jogadores pela forma como lutaram. Mesmo com nove conseguimos um pênalti que não foi marcado a poucos segundos do fim. Fruto de um trabalho e uma vontade enorme de vencer.
Comportamento gera comportamento, contexto gera contexto e contexto gera comportamento. Acho que o jogo tinha que ter acabado aos 5 minutos. Porque vi o árbitro correr à frente dos jogadores do Flamengo. A partir daí estava claro que ele não tinha competência para apitar aquele jogo. Não vi ele correr dos meus jogadores, vi ele enfrentar. Pra mim foi uma peça de teatro aquele jogo. Vi a peça terminar com um pênalti sobre o Matheus Nascimento que não foi marcado que nem percebi ser o VAR avaliou.
Comportamentos, geram comportamentos. No meio de tudo isso, eu até pensei que a polícia jogaria contra o Flamengo. Vi tantos policias em campo que pensei que era um time de 11 que iria jogar. Meus jogadores não tinham esse histórico até o jogo do Vasco. Até aí, tínhamos o melhor psicológico do mundo, o melhor coaching do mundo porque tinhamos comportamento exemplar. Em dois jogos isso não aconteceu, mas vocês vão atrás e vejam o que aconteceu nos jogos.
Não fujo do problema. Internamente resolvemos as coisas. Quando nós temos objetivo, sabemos que caminho percorrer para chegar até ele. Quando não temos, pegamos qualquer caminho. Sabemos que o crescimento do Botafogo é algo que é resultado de muitas pessoas. E sabemos que as vezes isso é reflexo de alguns comportamentos.
Eu tenho direito de pensar o que quiser dos últimos clássicos. Sei o que trabalhamos, o que lutamos. Uma coisa, ninguém pode contestar: os jogadores trabalharam até o último minuto. Trabalharam como nunca que às vezes falaram até que fomos além dos limites nos nossos comportamentos. Às vezes fomos. Mas será que outros não foram?
Será que fomos tratados de forma igual? Será que um jogador do Flamengo não reclamou da mesma forma que os meus? Por que os meus foram expulsos e os dele não? Porque o árbitro fugiu dos jogadores do Flamengo não dos meus? Venha alguém aqui e explique. Por que só falam dos meus jogadores? Meus jogadores precisam de psicólogo. Só eles? Porque quem comanda o futebol não precisa?
Não vim aqui só pra ganhar meu dinheiro e dizer nada. Não estou no Botafogo só para ganhar meu dinheiro. Eu não pedi para vir para o futebol brasileiro, foram lá me contratar. Já sabiam qual era meu perfil. Faço minhas reflexões e falo o que penso. Não estou aqui para ver as coisas acontecerem e só acenar que sim com a cabeça para agradar a todos. Eu sei que vou ter um fim aqui um dia, até lá eu vou ser agradável quando tiver que ser agradável e vou ser desagradável quando tiver que ser desagradável. Mas vou ser sempre verdadeiro. Eu sou o responsável por perder os últimos dois jogos.
Eu só estou falando da arbitragem porque fui perguntado se tínhamos alguém cuidando da nossa mente. O contexto levou a imprensa a achar que todos nós estamos doente mentalmente. Foram só os árbitros? Não, nós deveríamos ter agido de forma diferente, sido mais competentes. Mas eu já assumi isso.
Mas não venha a imprensa criticar a parte mental do Botafogo e poupar a arbitragem, a falta de luz nos vestiários, um gramado ruim que causou a lesão do Patrick de Paula. Os erros do Botafogo não servem para mascarar outros problemas. Há muito além. Ou pensam que eu sou um atrasado mental que estou aqui e tenho que comer tudo que me enfiam?
Sobre a parte da polícia, é realmente uma vergonha. Não somos assassinos, não somos selvagens. O povo brasileiro não é selvagem. Não precisa de todo esse aparato policial. Não posso falar com o árbitro? Tem duas opções, ou falo com o árbitro ou vou preso. Tenho 50 anos no futebol e só no futebol brasileiro isso aconteceu. SOmos todos o quê? Estão tratando o ser humano como o quê?
💥️Avaliação da defesa
O momento defensivo está entregue a todo time. Em determinados momentos existem batalhas individuais. Vão havendo duelos, a somatório desses duelos é que faz a equipe ter sucesso ou não. Sabemos olhar e ver os erros que cometemos nesses momentos.
Nós, treinadores, não desistimos de nenhum jogador. Todo mundo tem dias ruins, e os jogadores também. Há jogadores meus que às vezes estão em dias menos bons. Temos trabalhado sempre e vamos continuar a trabalhar. Já percebemos que temos algumas dificuldades e vamos trabalhar para melhorar eles.
💥️Clássico influencia na Copa do Brasil?
Meu papel como treinador do clube é defender meus jogadores, o clube e dar paz ao clube. Eles precisam ter certeza que estamos preparados para os desafios à frente. Está para trás o que aconteceu, foco total no jogo contra o Sergipe e confiança total no que estamos fazendo. Já está querendo saber a equipe, não vou dizer. Tenho 26 jogadores para escalar e 11 serão escolhidos.
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