Análise: Bahia ameniza crise com jogo tranquilo contra o Jacuipense, mas ainda precisa se provar

Era evidente que depois da goleada sofrida para o Sport e dos protestos da torcida o Bahia tinha a obrigação de dar uma resposta rápida ao seu torcedor. E ela veio com goleada por 4 a 1 sem sustos e soberana contra o Jacuipense, na noite desta quarta-feira, pela primeira fase da Copa do Brasil💥️

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Também eram esperadas mudanças no time tricolor após a goleada pela Copa do Nordeste. Elas vieram no atacado nesta noite, com cinco trocas na equipe titular: Gabriel Xavier, Cicinho, Matheus Bahia, Rezende e Biel nos lugares de Raul Gustavo (machucado), Borel, Ryan, Miqueias e Kayky. Escolhas que se mostraram acertadas nesta noite. Algumas delas, atrasadas.

1 de 1 Jogadores do Bahia celebram gol marcado contra o Jacuipense — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Jogadores do Bahia celebram gol marcado contra o Jacuipense — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Das novidades de Paiva, o retorno de Rezende veio em boa hora. O treinador ganhou em imposição física e poder de marcação, algo que nenhum outro jogador conseguiu durante a ausência do camisa 5.

Também ficou claro que Matheus Bahia é, com sobras, a melhor opção disponível e deveria já ser titular há tempos. Por outro lado, a insistência com Cicinho, mesmo com retorno de André, se mostrou mais uma vez sem sentido.

Em campo, Acevedo era o principal responsável por fazer a saída de bola de três e começar as jogadas. Cauly, mais à vontade que na estreia contra o Sport, circulava pelos dois lados e mostrou melhor participação na construção. Ele também foi bem como elemento surpresa pisando na área. Mas as principais jogadas do time passavam por Biel (pelo lado direito) e Jacaré (lado esquerdo).

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Ficou claro que o Bahia não só esteve como tornou o jogo confortável. E não só por "jogar em casa" em Pituaçu e contra um adversário baiano. O Tricolor teve o domínio da posse de bola e soube cadenciar o jogo no seu ritmo, acelerando nos momentos que deveria. Principalmente no primeiro tempo, faltou traduzir volume em chances e mostrar repertório mais apurado.

Embora o placar dê uma outra impressão, o Bahia não amassou o adversário do início ao fim. No primeiro tempo, o Tricolor se impôs e atacou em bloco, mas teve dificuldade no acabamento das jogadas. Para abrir vantagem, teve competência para aproveitar as falhas do adversário.

No primeiro gol, Jacaré salvou uma jogada que parecia perdida e encontrou Biel livre entre os marcadores para completar. No segundo, a cobrança de escanteio de Cauly contou com falha de Jean Drosny na saída que resultou no gol contra de Raphinha. Resultado justo para o Tricolor, que abriu larga vantagem pela classificação e teve cenário ainda mais favorável na etapa final.

A larga vantagem do Bahia obrigou o Jacuipense a sair mais e ter alguma atitude no segundo tempo. Como consequência, os espaços ficaram mais claros para o Tricolor, principalmente nas jogadas em velocidade pelos lados, sempre buscando a referência na área. Foi assim que o time não demorou a construir goleada e matar a partida com Jacaré e Cauly.

A classificação encaminhada deu a Renato Paiva o luxo de poupar alguns jogadores ao longo da etapa final e promover a estreia de Yago Felipe. O Tricolor, consequentemente, baixou o ritmo e viu o Jacuipense ameaçar mais e até fazer gol de honra no fim.

No fim das contas, o Bahia fez o que se esperava e conquistou classificação como se pede aos fovoritos, com domínio e sem sustos. Também dá mais tranquilidade para Renato Paiva trabalhar às vésperas do segundo Ba-Vi no ano. Mas está longe de ser suficiente. O Tricolor ainda precisa dar melhores respostas em jogos mais duros. Que o jogo desta noite seja a largada para um novo momento.

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