"Querido e eterno Luis": Simeone homenageia Aragonés antes de bater seu recorde no Atlético de Madrid

Neste sábado, o técnico Diego Simeone, um dos nomes mais marcantes da história do Atlético de Madrid, 💥️vai se tornar o treinador com mais partidas à frente do clube, 613, superando o recorde de uma lenda e inspiração para o próprio Simeone: Luis Aragonés.

1 de 2 Diego Simeone, técnico do Atlético de Madrid — Foto: Twitter/Atlético de Madrid

Diego Simeone, técnico do Atlético de Madrid — Foto: Twitter/Atlético de Madrid

Na véspera de alcançar a marca histórica, 💥️Simeone publicou uma carta aberta para Aragonés nas redes sociais, enaltecendo o antigo treinador espanhol, que faleceu em 2014, aos 75 anos . Simeone foi dirigido por Aragonés quando atuava no Sevilla, na década de 90, curiosamente o mesmo adversário da partida deste sábado, pela 24ª rodada do Espanhol.

Na carta, Simeone relembra um episódio da sua passagem pelo Sevilla, quando recebeu o incentivo de Aragonés para trocar o clube andaluz pelo Atlético de Madrid.

"Muito me custa acreditar que amanhã vou superar o número de jogos, 612, que hoje dividimos dirigindo o nosso querido Atleti. É um dia que, garanto, nunca esquecerei. Como nunca esquecerei aquele outro dia que, conversando durante nossa etapa juntos no Sevilla, você como treinador e eu como jogador, comentei que queria assinar com o Atlético de Madrid. Sua resposta foi rápida: "E o que está esperando para ir?". Passaram-se quase 29 anos, Luis, mas já então podia sentir esse amor e essa paixão que tinha por este clube e que, graças a pessoas como você, tantos e tantos herdamos depois", escreveu.

Como jogador do Atlético, Simeone conquistou um título espanhol e uma Copa do Rei, ambos na temporada 1995/96. Mas foi como treinador que o argentino de 54 anos ganhou status de ídolo da torcida. Há 11 anos no cargo, completados em dezembro passado, ele ganhou oito títulos: dois espanhóis (2014 e 2023), uma Copa do Rei (2013), uma Supercopa da Espanha (2014), duas vezes a Liga Europa (2012 e 2018) e duas Supercopas da Uefa (2012 e 2018). Ainda levou o Atlético duas vezes ao vice-campeonato da Champions League, em 2014 e 2016.

Já a relação de Aragonés com o clube foi construída ao longo de quase quatro décadas. Foram dez anos como jogador, com cinco taças levantadas - três títulos espanhóis (1966, 1070 e 1973) e duas Copas do Rei (1965 e 1972) - e o recorde ainda intacto de maior artilheiro da história da equipe (172 gols). Em 16 temporadas como técnico, em quatro passagens entre 1974 e 2003, Aragonés levou o Atleti a sete conquistas, incluindo a maior glória internacional do clube, o Mundial Interclubes de 1974.

2 de 2 Luis Aragonés é um dos maiores ídolos do Atlético de Madrid — Foto: Leonardo Miranda

Luis Aragonés é um dos maiores ídolos do Atlético de Madrid — Foto: Leonardo Miranda

O Atlético foi o último clube de Aragonés como jogador. Encerrou a carreira em 1974, como vice-campeão europeu, e no mesmo ano virou técnico do time. Como o Bayern de Munique, vencedor da Copa dos Campeões (hoje Champions League), desistiu de disputar o Mundial Interclubes, o Atlético enfrentou o Independiente, da Argentina, na decisão em dois jogos: perdeu em Avellaneda por 1 a 0, mas ficou com o título em Madri com uma vitória por 2 a 0.

Também marcou presença nos momentos ruins: em sua última passagem como treinador, assumiu o time em 2001, um ano após o rebaixamento para a segunda divisão espanhola, com a tarefa de levá-lo de volta à elite. Missão cumprida, com o título da Segundona.

Aragonés marcou época também como o treinador que iniciou o período áureo da seleção espanhola no início do século. Assumiu a Fúria após a Eurocopa de 2004. A Espanha caiu nas oitavas na Copa do Mundo de 2006, derrotada pela França, mas conquistou a Euro de 2008, encerrando um jejum de 44 anos sem conquistas. Já sob o comando de Vicente del Bosque, seu sucessor, a Espanha ganhou em sequência sua primeira Copa do Mundo, em 2010, e sua terceira Eurocopa, em 2012.

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