Análise: erros defensivos e falhas no último passe custam caro, e Bahia amarga empate no clássico
Não foi apenas a fragilidade defensiva do Bahia o fator crucial para o empate no Ba-Vi do último domingo, em 1 a 1, pela sexta rodada da Copa do Nordeste. Na Arena Fonte Nova, o Tricolor teve uma pequena melhora após um início de jogo desastroso e igualou o marcador com Jacaré, mas os erros no último passe impediram a virada da equipe comandada por Renato Paiva💥️.
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Além disso, em alguns momentos, o time comandado por Renato Paiva ficou perto de levar o segundo gol e sair com um resultado ainda mais amargo. O Tricolor chegou a cinco pontos em seis rodadas e está no penúltimo lugar do Grupo B, uma campanha que traduz bem o futebol inconstante da equipe.
1 de 3 Jacaré e Thiago Lopes em Bahia x Vitória — Foto: AgifJacaré e Thiago Lopes em Bahia x Vitória — Foto: Agif
O Bahia foi a campo com duas mudanças em relação ao time que goleou o Jacuipense pela Copa do Brasil, no último jogo. Por opção técnica, André foi titular da lateral direita no lugar de Cicinho; no meio, Yago Felipe fez seu primeiro jogo entre os onze iniciais em razão da suspensão de Acevedo.
Dentro de campo, porém, o que se viu foi um Tricolor perdido na saída de bola e surpreendido com um Vitória agressivo, que jogava no 4-2-4 na fase ofensiva. O zagueiro Gabriel Xavier, por exemplo, tentou três lançamentos nos minutos iniciais e não acertou nenhum.
A primeira boa chance do jogo, inclusive, foi do adversário, que explorava o poderio ofensivo do lateral Railan na ponta direita. Marcos Felipe evitou o gol rubro-negro, após desorganização da segunda linha de marcação do Tricolor, na grande área.
E quando o Bahia atacou com algum perigo pela primeira vez, a defesa não suportou o contra-ataque adversário. Na cobrança de escanteio para o Tricolor, a defesa rubro-negra afastou, e Yago Felipe não matou a jogada antes de a bola chegar a Thiago Lopes, que lançou Osvaldo na cara do gol para abrir o placar. André ainda parou na jogada para pedir impedimento.
2 de 3 Osvaldo comemora gol marcado contra o Bahia, na Arena Fonte Nova — Foto: AgifOsvaldo comemora gol marcado contra o Bahia, na Arena Fonte Nova — Foto: Agif
A partir daí, o Bahia não melhorou defensivamente, mas começou a achar caminhos para atacar o adversário. E o lado direito parecia ser o mais procurado. Primeiro, em cabeçada perigosa de Rezende após cruzamento de André; depois, em chegada de Jacaré com espaço pela direita, após bola roubada na intermediária ofensiva e passe de Ricardo Goulart.
Outra jogada perigosa do Tricolor surgiu após boa troca de passes pelo meio (algo pouco explorado no primeiro tempo) e finalização de André da entrada da área. A bola parada também foi uma alternativa explorada por Jacaré, mas a bola bateu na trave, após defesa de Lucas Arcanjo.
Na parte final do primeiro tempo, o Bahia já era "dono" do jogo. Além da melhora ofensiva do time comandado por Renato Paiva, o adversário passou a ser menos agressivo.
Mas a saída de bola ainda era uma preocupação, e muitas vezes Yago Felipe ficava sozinho, cercado pelos quatro homens de meio-campo do Rubro-Negro, enquanto Rezende fazia a linha de três com os zagueiros (algo que serviu para melhorar o primeiro passe) e todos os outro jogadores subiam ao ataque. Nessas ocasiões, um pequeno erro poderia custar caro.
O jogo se manteve no mesmo ritmo, com o Bahia em busca de alternativas para balançar a rede. E foi pelo lado esquerdo, setor menos explorado até então, que o Tricolor chegou ao empate, já nos acréscimos do primeiro tempo. A jogada teve passe de Matheus Bahia e briga de Cauly para ficar com a bola e passar para a conclusão de Jacaré.
Depois de um início com roteiro trágico, o Bahia soube reagir e ter tranquilidade para alcançar o empate. A volta para a disputa do segundo tempo, inclusive, contou com os mesmos onze que haviam iniciado a partida.
3 de 3 Bahia x Vitória, Arena Fonte Nova — Foto: Felipe Oliveira/EC BahiaBahia x Vitória, Arena Fonte Nova — Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia
Mas o Bahia não evoluiu o suficiente para conquistar a virada. As chances de atacar vinham na bolas paradas. Em uma dessas tentativas, uma finalização bloqueada na área do Vitória virou contra-ataque do adversário após perda de bola de Biel. Ponto para Matheus Bahia pelo bote certeiro para evitar o pior.
Em busca da virada, o Bahia tentava posicionar cinco, seis jogadores na linha de ataque para gerar superioridade numérica no adversário e melhores oportunidade de gol, mas a estratégia não surtiu efeito.
E com as subidas ao ataque, os espaços na defesa voltaram a aparecer. Uma bola perdida por Chávez, por exemplo, rendeu contra-ataque perigoso às suas costas. Mais uma vez, a defesa tricolor evitou o gol adversário graças a um bom lance individual de Gabriel Xavier.
O Bahia continuou perigoso no ataque, mas os erros no último passe prejudicavam . Talvez por isso, Renato Paiva tenha apostado em Everaldo no lugar de Goulart e Mugni no lugar de Jacaré. As trocas, porém, pouco ajudaram.
Ter um jogador a mais no meio-campo serviria, também, para controlar um setor cada vez mais povoado pelo Vitória. Isso até aconteceu, mas Mugni entrou mal e perdeu a "bola do jogo", no final, ao demorar para dar um passe que poderia ser decisivo após desarme no ataque.
O justo empate na Fonte Nova mostrou um Bahia que apresenta muita vulnerabilidade em seu sistema defensivo e oscila no ataque. Agora, o Tricolor tem que vencer os dois jogos restantes e torcer por uma combinação de resultados para passar de fase, mas a busca pela vaga parece ainda mais difícil diante das inconstâncias da equipe.
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