Análise: Vitória muda postura, vê efeito em empate ruim no Ba-Vi e ganha um norte para Série B

Um empate ruim, mas que pode dar ao Vitória um norte para o restante da temporada. É assim que o Rubro-Negro pode encarar o 1a 1 diante do Bahia, neste domingo, na Arena Fonte Nova, pela Copa do Nordeste 💥. Eliminado na terceira competição disputada no ano, o time comandado por Léo Condé apresentou, aos trancos e barrancos, algumas soluções que podem ser úteis no futuro. Mas há muito a se fazer.

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Já pelas escalações era possível constatar a situação distinta em que as equipes foram para o clássico. Se o Bahia fez apenas duas mudanças no time titular em relação à goleada por 4 a 1 sobre o Jacuipense (uma obrigatória por suspensão), o Vitória de Léo Condé teve cinco novidades no Ba-Vi. Ficou claro que o Rubro-Negro tentava mostrar alguma mudança depois da eliminação para o Nova Iguaçu.

Vitória fica no empate com o Bahia na Fonte Nova — Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia 1 de 2 Vitória fica no empate com o Bahia na Fonte Nova — Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Vitória fica no empate com o Bahia na Fonte Nova — Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Nas trocas de Léo Condé, chamou a atenção quem entrou e também quem foi barrado. Entre as novidades, estavam as entradas de Marco Antônio como volante e Railan adiantado como atacante. Quanto às saídas, os medalhões Dankler (então capitão do time) e o atacante Léo Gamalho perderam posição. Foi a primeira vez que a dupla começou um jogo no banco de reservas do Leão.

O Vitória cheio de mudanças começou bem, mas caiu de ritmo ao longo do jogo. O Rubro-Negro se organizou no 4-4-2 na fase defensiva e 4-2-4 no momento do ataque, com Railan se adiantando à frente. A equipe surpreendeu no início, com imposição física e pressão a partir do seu campo, complicando ainda mais a saída de bola do Bahia, notadamente problemática.

O time não só conseguiu circular a bola no ataque, como também foi perigoso no contra-ataque até abrir o placar com Osvaldo. Acontece que o Rubro-Negro não sustentou o jogo por muito tempo. Ao longo da etapa inicial, cedeu campo ao adversário e correu riscos, até mesmo com faltas próximas da área.

E o grande erro surgiu já no último minuto do primeiro tempo. Em boa parte do jogo, o Vitória marcou a partir do meio-campo, dando pouco espaços para o Bahia trabalhar no ataque. Contudo, naquele último momento da etapa inicial, o Rubro-Negro adiantou as linhas de forma desorganizada para marcar a saída de bola de Marcos Felipe. Sem dificuldade, a bola chegou a Biel, que contou com bote errado de João Victor em disputa com Cauly. E foi questão de tempo até o gol de Jacaré.

Equipes tiveram boas chances de marcar na etapa final — Foto: Agif 2 de 2 Equipes tiveram boas chances de marcar na etapa final — Foto: Agif

Equipes tiveram boas chances de marcar na etapa final — Foto: Agif

Se, na etapa inicial, o Vitória não conseguiu sustentar a posse de bola nem oferecer perigo ao adversário por muito tempo, o jogo mudou de figura no segundo tempo. O Rubro-Negro seguiu vendo o Bahia rondar a sua área, sobretudo com a série de cruzamentos, porém, conseguiu também responder na frente e fazer um jogo franco.

Não foi, portanto, por falta de chance que o Vitória não conseguiu marcar o gol do triunfo. O Rubro-Negro conseguiu conectar dois contra-ataques com superioridade numérica, porém, falhou no último passe ou na finalização. Um deles com Léo Gamalho, principal esperança de gols do time e que entrou no segundo tempo sem agregar muito ao que já vinha sendo feito.

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Defensivamente, o Vitória repetiu erros do primeiro tempo ao dar ao Bahia certa facilidade para chegar à linha de fundo e fazer o cruzamento. Instável na bola aérea, o Rubro-Negro conseguiu se segurar, mas correu riscos. Ainda assim, foram do time de Léo Condé as principais chances de gols no segundo tempo.

Em termos de competição, o empate não ajuda em nada o Vitória na temporada e só reforça o começo de ano decepcionante e preocupante do clube. Contudo, em termos de desempenho, talvez tenha dado uma esperança de que o time pode e deve fazer mais. Mas não pode ficar só nesse jogo. O trabalho de Léo Condé segue imenso e agora só uma competição no radar.

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